Colégios Agrícolas da UFSC expõem na 4ª SEPEX
Os Colégios Agrícolas de Araquari e Camboriú expuseram seus projetos em estandes e trouxeram seus produtos para venda em uma feirinha.
Os Colégios Agrícolas de Camboriú e de Araquari montaram uma feirinha com produtos orgânicos e naturais, até sábado, na 4ª SEPEX. Legumes e folhas cultivados com adubo orgânico, iogurte natural, carne de coelho e marreco, doces caseiros, queijo colonial são uma amostra dos produtos produzidos e oferecidos em Araquari.
A renda obtida é aplicada na compra de material e maquinário utilizado na escola. A feirinha de Camboriú, ao lado, também vende hortaliças cultivadas de maneira orgânica por alunos com orientação dos professores. Legumes em conserva e mel de eucalipto também são oferecidos. “Em média por dia, incluindo gasto e lucro, a feirinha lá em Camboriú arrecada uns 1,5 mil” contabiliza Walmor José B. Filho funcionário do colégio.
O aluno Fábio Fabris, do terceiro ano de Técnico em Agropecuária do colégio de Camboriú, trabalhando na feira, comenta “as aulas que tenho são na maioria práticas”. E acrescenta “o que eu aprendi já utilizo na fazenda do meu pai. Principalmente na conservação do solo e na pastagem.”
A presença dos Colégios Agrícolas também está em estandes e baners.
Os cartazes do estande do colégio de Araquari mostram como funcionam as produções de alevinos e minicrustáceos, o cultivo da bananicultura (plantação de banana nanica), como é feito o beneficiamento do leite, o aproveitamento de resíduos para a produção de compostagem (adubo orgânico) e alguns dos projetos da escola. Um deles, “Implantação de coletores de sementes de ostras no rio Parati” é um projeto que propõe maximizar a eficiência na produção de ostras partindo desde captação da semente. No estande está um exemplo de Lanterna de Ostras, ou seja, o recipiente onde se cultivam as ostras. “Você chega pensando que só vai aprender a montar aquários de cultivo de camarão e aprende desde incubar ovos e manejar alevinos até defumar peixes” comenta Bárbara Priscila aluna de Técnico em Aqüicultura.
O trabalho dos professores de Camboriú, Rogério Luiz e José Daniel, “Implantação do Pastoreio Voisin, na Unidade Didática de Gado Leiteiro” mostra que diferentes formatos e profundidades dos bebedouros de gado, seja circular ou quadrado, e o tamanho do pasto influenciam diretamente na produção leiteira.“Não é o gado que deve se adequar ao pasto, e sim o pasto se adequar ao gado” Comenta Karine Castellain, 17 anos, aluna do 3º ano de Técnico em Agropecuária, curso concomitante ao ensino médio oferecido em Camboriú.
Por Anderson Porto/bolsisita de jornalismo da Agecom
Fotos: Paulo Noronha