Piscicultura em Santa Catarina e diversidade de peixes é tema do projeto Papo Sobre Ciência

16/10/2002 16:25

Desde 1995 LAPAD estuda piscicultura

Desde 1995 LAPAD estuda piscicultura

Responsável por 19% da produção nacional de peixes de água doce, Santa Catarina conta com cerca de 20 mil famílias envolvidas com a piscicultura. No entanto, mais de 95% dessa produção está baseada no cultivo de espécies exóticas como carpas, tilápias e bagre americano, enquanto as espécies de peixes migradores do rio Uruguai apresentam preço de mercado 4 a 6 vezes maior do que das exóticas.

Em busca de alternativas para manutenção da biodiversidade e incremento do cultivo de peixes de água doce em Santa Catarina, o Laboratório de Biologia e Cultivo de Peixes de Água Doce (LAPAD), ligado ao Departamento de Aquicultura da UFSC, desenvolve pesquisas desde 1995. Um dos estudos recentes está permitindo o monitoramento de peixes migradores na Bacia do Rio Uruguai a partir da técnica de biotelemetria. Essa tecnologia consiste na implantação de radiotransmissores na cavidade abdominal dos peixes, permitindo sua localização por meio de estações de recepção.

Para falar sobre esse e outros projetos envolvendo a piscicultura em Santa Catarina, assim como a diversidade de peixes de água doce, o projeto Papo Sobre Ciência recebe na próxima segunda-feira, 21/10, o professor Evoy Zaniboni Filho. O encontro acontece a partir de 14h, na sala 5 da Fapeu.

O projeto Papo Sobre Ciência é uma iniciativa da Agência de Comunicação, com apoio da Pró-Reitoria de Extensão da UFSC, e tem o objetivo de aproximar jornalistas e pesquisadores, contribuindo para a melhoria da cobertura sobre o desenvolvimento científico e tecnológico em Santa Catarina. Entre os temas já abordados estão Biotecnologia/Genoma, Inteligência Artificial, Astrofísica, Fitoterapia e Populações Indígenas. Os encontros são mensais, gratuitos e abertos a todos os jornalistas interessados. Informações 331 9323

Saiba Mais

A PISCICULTRUA EM SANTA CATARINA:

•19% da produção nacional

•20.000 famílias envolvidas na atividade

•90% da produção baseada em espécies exóticas

•Principal sistema de cultivo: policultivo consorciado com suínos

BIOTELEMETRIA

A biotelemetria começou a ser aplicada no Brasil, em projetos de pesquisa com peixes, há apenas dois anos. Mas em outros países já é utilizada em larga escala em estudos de migração de peixes, como no caso dos salmões, na América do Norte e Europa. Essa tecnologia consiste na implantação de radiotransmissores na cavidade abdominal dos peixes, permitindo sua localização por meio de estações de recepção. Com toda essa tecnologia, a equipe de pesquisadores do Laboratório de Biologia e Cultivo de Peixes de Água Doce (LAPAD) está estudando o deslocamento de três espécies de peixes migradores do rio Uruguai: o dourado, a piava e o grumatão.