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Será realizado nesta segunda-feira, 18 de agosto, o I Encontro da Rede Semente Sul sobre Legislação Florestal. O evento inicia às 8h30min, no Hotel Faial, em Florianópolis, e tem como tema os limites e possibilidades na produção de sementes da Mata Atlântica. O projeto Rede Semente Sul é uma iniciativa da UFSC e pretende estabelecer um comércio de sementes florestais nativas, além de capacitar produtores para a venda das sementes. O programa existe desde 2001 e engloba os Estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.

Entre os assuntos que serão abordados no encontro estão ‘Instrumentos jurídicos que balizam o setor de produção florestal’, ‘Potencialidades e limitações da legislação para o desenvolvimento do setor de sementes e mudas’, ‘O sistema nacional de unidades de conservação e a produção de sementes’ e ‘Os sistemas estaduais de unidades de conservação na área de abrangência da Rede Semente Sul’. Estarão presentes representantes do Ministério do Meio Ambiente, IBAMA, FATMA , Rede Semente Sul, entre outros.

Objetivos

Santa Catarina tem apenas cerca de 15% da mata original. A Rede é uma tentativa de conservar os recurso genéticos e vegetais da Mata Atlântica, além de ser uma alternativa econômica para o uso racional da mata. João de Deus Medeiros, um dos coordenadores do projeto, acredita que os produtores são estimulados a preservar a floresta e aumentá-la. Para ele as vendas irão incentivar outros produtores a integrar o projeto.

O professor explica que no Brasil há falta de sementes florestais nativas. As que existem à venda no mercado não oferecem qualidade e a quantidade é insuficiente para suprir a procura. O grande objetivo do grupo já foi alcançado, que é a formação da Rede Semente Sul. O número de parceiros e participantes surpreende a coordenação. Alguns núcleos já contam com mais de 90 integrantes. Com a rede de cooperação montada, a produção e comércio das sementes será conseqüência desse passo. “Nosso objetivo não é nos transformarmos em uma empresa de venda de semente, mas permitir que cada produtor se torne dono de seu negócio. O produto deles terá credibilidade no mercado”.

Parceiros

Financiado pela Fundação Nacional do Meio Ambiente (FNMA), o projeto já conta com inúmeros parceiros nos três estados. As universidades, como a Furb e a Unoesc, e os institutos de pesquisa, como a Embrapa, além de técnicos das ONGs integrados à Rede, dão aos produtores a orientação técnica. As agências do governo federal, estadual e municipal prestam orientações em relação à parte burocrática da comercialização das sementes. Também integram a rede os produtores e proprietários rurais e organizações não-governamentais.

Resultados

Os resultados já são sentidos pelo grupo. Com o andamento dos trabalhos, o número de interessados em integrar a rede, entre produtores e prefeituras, aumenta a cada dia. O projeto faz parte do objetivo do FNMA de criar redes em todo o país. Os sistemas de informação na região sul já são desenvolvidos de uma maneira que possam, no futuro, se interligarem com as outras regiões. A previsão é de que se comece a produzir e comercializar as sementes no segundo semestre de 2004.

Informações: 331-8546 ou www.sementesul.ufsc.br