Educação Ambiental é discutida em seminário na UFSC

05/08/2004 17:14

Começa dia 9 de agosto o primeiro Seminário Internacional sobre Gestão Social de Bacias Hidrográficas. O evento será realizado em dois locais diferentes: primeiro em Urubici, no Urubici Park Hotel, e dois dias depois em Florianópolis, no Auditório do Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina (CTC/UFSC).

Na ocasião, pesquisadores de países como México,

Estados Unidos e Costa Rica trocarão experiências com os estudiosos brasileiros sobre o cuidado com os rios e seus afluentes. A

entrada será gratuita.

De acordo com uma das organizadoras do seminário, a mestranda em Engenharia Ambiental Raquel Catalano, um dos objetivos do

evento é “empoderar as comunidades, apresentando projetos de estudantes de graduação e de pós-graduação em Engenharia

Ambiental.”

Mas essa não é a primeira ação dos pesquisadores do CTC em busca da educação ambiental e da sustentabilidade. Trabalhos de

conscientização da comunidade vêm sendo realizados pela equipe do professor do Departamento de Engenharia Sanitária e

Ambiental Daniel da Silva junto ao Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Canoas. Assessorado por estudantes de

pós-graduação, ele capacitou um grupo de pessoas que, a partir daí, criou um plano estratégico no qual são propostos trabalhos

como o desenvolvimento de campanhas com a população ou a elaboração de banco de dados e de um sistema de informações.

O pesquisador Márcio Cláudio Cardozzo da Silva foi um dos responsáveis pelas aulas ministradas nas oficinas. Antes disso, no

entanto, ocorreu uma etapa chamada de “mobilização”, quando os estudiosos procuraram dialogar com pessoas de várias regiões

da Bacia do Rio Canoas. Uma das explicações para essa iniciativa é dada pelo próprio Márcio: “As questões ambientais não

podem mais ser levadas no improviso, elas demandam estratégias”.

A Bacia Hidrográfica do Rio Canoas é, de acordo com Raquel Catalano, uma das principais do Estado. Lá, existem áreas

desprotegidas que necessitam ser transformadas em unidades de conservação. Pesquisadores da UFSC e do Instituto Autopoiésis

Brasilis trabalham há cerca de 4 anos na região em parceria com prefeituras e organizações não governamentais (ONGs) com o

intuito de preservar as nascentes.

O Rio Canoas passa, atualmente, por uma série de problemas ambientais, entre os quais a utilização excessiva de agrotóxicos na

agricultura, a eliminação de resíduos por parte de indústrias e as grandes áreas de plantação de Pinus. “As araucárias foram

derrubadas e foi introduzida uma espécie exótica, que abalou o ecossistema da região”, fala Raquel. Além disso, o Pinus impede

que outras espécies cresçam nas suas proximidades e produz substâncias que poluem os rios.

Algumas ações realizadas em outros países podem servir como exemplo para o Brasil. Na Costa Rica, por exemplo, o governo

paga para que os proprietários de terras nativas conservem a mata ciliar ao invés de a desmatarem. No México, há um exemplo

negativo: o agrobussiness foi o responsável pelo secamento dos rios de algumas regiões.

Informações com o professor Daniel da Silva – danieljs@ens.ufsc.br

ou 331 77 36 professor Daniel ou pesquisadora Raquel Catalano, ou com o pesquisador Márcio Cardozzo da Silva mcardozzo@pop.com.br

Para saber a programação do evento: www.caminhodasaguas.ufsc.br

Departamento de Engenharia Sanitária em Ambiental: www.ens.ufsc.br

Fonte: Núcleo de Comunicação do CTC/ Por Amanda Miranda