Alunas de Enfermagem da UFSC orientam mulheres sobre sexualidade
As formandas do curso de enfermagem da UFSC desenvolvem o projeto de educação sexual ‘Mulher no Exercício da Sexualidade’. O objetivo é fazer com que a mulher conheça o seu próprio corpo e que mitos, tabus e valores incorporados por uma cultura machista sejam esclarecidos. As consultas, abertas à comunidade, são feitas no Ambulatório C de Tocoginecologia do Hospital Universitário. As interessadas devem agendar a consulta até o dia 12 de junho, das 8h às 12h.
O programa surgiu a partir da insatisfação feminina com relação à vida sexual, constatada durante a realização de exames preventivos do câncer cérvico-uterino (o papanicolau) e de mama. Entre as principais queixas encontravam-se a dispareunia (dor na penetração), a ausência de lubrificação vaginal, a anorgasmia (falta de orgasmo) e a falta de apetite sexual. A orientadora do projeto é a professora Olga Regina Ziguelli Garcia, que estuda sexualidade há 12 anos. No ano passado outro grupo de estudantes de enfermagem também executou o programa.
Segundo uma paciente, a orientação sexual é muito importante, mas a maioria dos profissionais não aborda a questão da sexualidade durante os exames. A curiosidade também é um dos fatores que leva mulheres a procurar o serviço. Das 16 pessoas atendidas desde o início das atividades, no dia 9 de abril, duas não tinham queixas quanto à vida sexual, apenas vontade de saber mais sobre o assunto.
Praticamente todas as mulheres atendidas gostariam que o parceiro acompanhasse as orientações. A presença dele durante a consulta é estimulada, mas até agora sem sucesso. “A cultura machista faz com que os homens não aceitem que o problema possa estar com ele”, diz Caroline de Oliveira, uma das responsáveis pelo projeto. Ela lembra que há a possibilidade de o parceiro ser atendido individualmente, se assim preferir. “No início a intenção era desenvolver um projeto de orientação sexual para casais. Mas isso foi mudado por causa das dificuldades de trazer os homens para o consultório.”
A influência da mídia sobre as mulheres que buscam o corpo perfeito também é um dos assuntos abordados. Para Caroline, o modelo de mulher perfeita divulgado pela mídia, magra, sem celulites e estrias, só aumenta a insatisfação com relação ao próprio corpo.
Informações e agendamento de consultas: 331-9137

































