Planalto adia indicação de novos integrantes do Conselho Nacional de Educação
A escolha dos novos integrantes da Câmara de Educação Superior do CNE (Conselho Nacional de Educação) é apontada como o motivo para o adiamento da divulgação dos nomes, prevista inicialmente para a sexta passada. O mandato de seis membros da Câmara de Educação Básica e seis de ensino superior terminou no sábado. São 24 conselheiros ao todo. Os novos nomes para a educação básica já estariam definidos.
Segundo o jornal Folha de São Paulo, a lista enviada pelo Ministério da Educação ao Palácio do Planalto para o ensino superior não incluiría o nome do ex-reitor da Universidade Federal do Maranhão Aldy Mello de Araújo. Ele seria uma indicação do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Sarney tem colaborado para evitar abertura de CPI no Congresso para apurar o caso Waldomiro Diniz.
Araújo confirma que é amigo da família Sarney, mas ressalta que a indicação foi da Associação Nacional dos Centros Universitários. O nome de Araújo consta entre os 41 candidatos das entidades para as vagas da Câmara de Educação Superior. Outros 53 foram indicados para o ensino básico.
A partir dessa lista, o ministro Tarso Genro (Educação) escolheu 12 nomes e encaminhou ao Planalto. Até a conclusão desta edição, o resultado não havia saído. O MEC só vai se manifestar após a assinatura do presidente Lula. Tarso teria encaminhado ainda, segundo a Folha apurou, o nome do reitor da Universidade Federal do Pará, Alex Fiúza de Mello, que não consta na lista. A reportagem não conseguiu falar com ele.
O governo pode escolher nome fora da lista, desde que não represente mais de 50% dos novos conselheiros. A professora da USP Marilena Chauí, indicada para a Câmara de Educação Básica, teria sido incluída na superior. O conselho assessora o MEC em suas decisões e no cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação.
Informações: Folha de São Paulo, enviadas pela assessoria da Andifes