Representante do Itamaraty divulga carreira diplomática para estudantes da UFSC

Fotos: Paulo Noronha / Agecom
Em palestra dirigida aos estudantes da UFSC e realizada nesta quinta-feira, 26/11, no auditório do Centro de Ciências Jurídicas, Della Giustina abordou aspectos da carreira diplomática no Brasil e no exterior, o processo de formação dos diplomatas brasileiros, e a forma de acesso. O uso de Ações Afirmativas para seleção de diplomatas representou outro aspecto destacado na divulgação, com oferta de vagas voltadas a afro-descendentes.
O diplomata mostrou satisfação e muito bom humor na explanação e conversa com os estudantes. Brincou a respeito das diversas confusões que são feitas em relação à profissão e procurou mostrar que não se trata de um trabalho destinado a gênios. Pelo contrário, todo brasileiro, com formação em nível superior em qualquer área do conhecimento, domínio da língua inglesa, idade superior a 18 anos, em dia com as obrigações do serviço militar e com as de eleitor, e com bons antecedentes, pode concorrer à vaga.
A forma de ingresso se dá através de concurso para o Instituto Rio Branco, órgão pertencente à estrutura do Itamaraty, responsável pela seleção e treinamento de diplomatas. Os aprovados passam por um estágio de dois anos nesta instituição. Nesse período exploram temas variados, como segurança e paz, normas de comércio e relações econômicas, laços de cooperação e amizade com outros paises, tráfico de drogas. Conforme o interesse do país, temas considerados bizarros, como a pimenta, por exemplo, são esmiuçados.
“Interessante é a jornada. A atividade em si é muito interessante”, disse Della Giustina. Ele definiu como requisito fundamental para a carreira encontrar prazer no estudo, em sua opinião, a principal característica da profissão. O diplomata necessita estar sempre estudando e é cercado por pessoas que também se dedicam a esta atividade, o que garante um convívio profissional de alto nível.
Aprovado em concurso realizado este ano, o diplomata é natural de Florianópolis, com graduação e mestrado em Engenharia de Controle e Automação pela UFSC. A palestra representou sua primeira missão oficial. É o ponto de partida para um profissional a quem compete representar o Brasil perante a comunidade de nações; colher as informações necessárias à formulação da política externa; participar de reuniões internacionais e nelas negociar em nome do país; assistir às missões no exterior, proteger os compatriotas e promover a cultura e os valores do povo brasileiro; e dar opiniões ao Presidente da República sobre assuntos que venham a ser solicitados.
Outras informações com a Coordenadoria do Curso Relações Internacionais, telefone (48) 3721-6785. Contatos com Rafael Della Giustina Leal pelo e-mail rgiustina@mre.gov.br.
Por Mara Paiva / Jornalista da Agecom