UFSC participa do projeto Genoma do Camarão
A UFSC está participando do `Projeto Genoma EST do Camarão Litopenaeus vannamei`, que vai mapear as cerca de 300 mil seqüências de genes da espécie nos próximos três anos. Através do Laboratório de Protozoologia, do Centro de Ciências Biológicas (CCB), a instituição faz parte de uma rede de laboratórios espalhados pelo país, composta por mais de 11 universidades e centros de pesquisa, coordenados pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Na UFSC participam do projeto os professores Edmundo Grisard e Mário Steindel, do Departamento de Microbiologia e Parasitologia (MIP/CCB), além de alunos da graduação e pós-graduação.
Na primeira fase do projeto, está sendo preparado o material biológico que será estudado. Esse trabalho é realizado no laboratório central do projeto, no Departamento de Genética e Evolução da UFSCar. As seqüências de RNA produzidas a partir do código genético do camarão branco são inseridas em bactérias (clonadas) que serão distribuídas nas instituições participantes do projeto para serem seqüenciadas.
Na fase seguinte, quando já se possui uma amostragem do código genético do camarão, ou seja, da informação genética que geram as proteínas necessárias ao seu desenvolvimento, estas informações serão analisadas através de bioinformática com o objetivo de identificar a função biológica de cada uma das seqüências obtidas. Segundo o professor Edmundo Grisard, com o mapeamento genético do camarão será possível desenvolver tecnologias para o setor produtivo brasileiro através da identificação de genes relacionados a características de interesse econômico.
Esse conhecimento poderá ser aproveitado, por exemplo, na produção de linhagens resistentes a doenças ou de melhor e maior crescimento, aumentando a produtividade da espécie. O projeto também visa formar uma base de conhecimento que ficará disponível aos diferentes setores de pesquisa, desenvolvimento e produção no Brasil. Tais informações deverão subsidiar um futuro Programa de Melhoramento Genético da Espécie, visando a obtenção de linhagens de maior produtividade. Além disso, o conhecimento obtido poderá ser usado como modelo para futuras investigações no genoma de outras espécies de camarão.
A espécie L. vannamei é originária do Pacífico Americano e, desde sua introdução no Brasil, vem se destacando como a principal espécie de cultivo no país, totalizando uma produção acima de 40 mil toneladas anuais. O tamanho do genoma de camarões desse grupo é de aproximadamente dois-terços do genoma humano, ou seja, cerca de 2 milhões de pares de bases.
O projeto foi aprovado em janeiro pelo CNPq e já teve uma parcela de R$ 400 mil do financiamento liberada no começo de fevereiro, quando iniciaram os trabalhos. No total, está previsto um investimento de R$ 2,5 milhões. Os participantes do projeto pretendem realizar parcerias com as agências de fomento estaduais e com a iniciativa privada para buscar recursos adicionais. Maiores informações podem ser obtidas através de link disponível no site do Laboratório de Protozoologia da UFSC (www.proto.ufsc.br). Informações pelos telefones 331 5164 ou 331 9512 com os professores Edmundo Grisard e Mário Steindel.





























