Pesquisadores alertam na UFSC contra o Mal de Parkinson
Para comemorar o Dia Internacional da pessoa com Mal de Parkinson, a Universidade Federal de Santa Catarina realizou hoje (11) o “2º Encontro Catarinense sobre a Doença de Parkinson”. O evento serviu também para reunir familiares, profissionais e interessados no assunto. O Mal de Parkinson, doença neurodegenerativa, é um fenômeno que não tem prevenção. Somente quando começam a aparecer seus sintomas é que sua presença será diagnosticada, o que provoca depressão e vem preocupando os pesquisadores da UFSC na busca de respostas preventivas. O evento envolveu vários setores da UFSC, a Associação Parkinson de Santa Catarina (APASC) e a Associação Brasil Parkinson de São Paulo.
Contra o Mal de Parkinson não há prevenção, mas existem muitos alertas que podem ser observados, levando-se em conta que o envelhecimento populacional aumentou consideravelmente e a incidência maior para o aparecimento da doença é a partir dos 50 anos. Há também os componentes ambientais como os agrotóxicos, já comprovados por pesquisas realizadas com pessoas de vida rural. O estresse moderno e oxidativo e a alimentação com vitamina E e betacarotenos, organismos oxidativos, podem aumentar o envelhecimento dos neurônios.
“Não se sabe a causa primária. É uma doença multifatorial. Pode-se dizer que tem uma pré-disposição genética. Mas pessoas antes mesmo dos 30 anos também podem ser portadoras”, afirma o professor Rui Daniel Prediger, do Departamento de Farmacologia da UFSC e que estuda há três anos elementos que possam inibir o aparecimento da doença. Em testes realizados em laboratórios, o uso da cafeína e da nicotina vêm respondendo afirmativamente.
Um dos grandes problemas do Mal de Parkinson é o seu diagnóstico. “É uma doença que não tem estagnação. Avança sempre”, enfatiza Rui. “O triste é que mesmo com falhas de memória, tremuras nas mãos e dificuldade na locomoção, a pessoa continua lúcida e sabendo que a situação vai piorando dia-a-dia”, completa Prediger. “Nessa hora, quando começa a medicação contra a depressão e outros sintomas, a família tem que estar presente como um respaldo positivo no combate da doença”.
O professor Rui Daniel Prediger é do Departamento de Farmacologia da UFSC e pode ser contatado pelo telefone 3721-9491, ramal 219.
Por Celita Campos