Visita técnica à WEG integra os calouros de Engenharia Elétrica

26/05/2006 15:50

Com o intuito de integrar os calouros de curso de Engenharia elétrica, a C2E, empresa júnior de consultoria em Engenharia elétrica, promoveu uma visita técnica à WEG – maior indústria de motores elétricos da América Latina, com sede em Jaraguá do Sul. As visitas – foram necessárias duas viagens para dar oportunidade a cerca de quarenta calouros, além de veteranos do curso e integrantes do C2E – se deram nos dias 23 e 24 de maio.

A escolha da gigante do mercado não foi aleatória. A WEG tem um vínculo de longa data com a UFSC, fornecendo suporte aos laboratórios e empregando engenheiros formandos da universidade. Além do mais, trata-se de uma empresa de dimensões atípicas para o cenário nacional, figurando no seleto hall dos grandes exportadores. Ela está presente em mais de cem países e, considerando seu tempo de fundação,44 anos, estabeleceu-se muito velozmente.

Sob este ângulo, não é difícil entender porque muitos estudantes de engenharia sonham em trabalhar na empresa. A quantidade de áreas de atuação, do fabrico de máquinas elétricas à tintas industriais, passando por drivers e processos de automação industrial, acaba por transformá-la em um constante pólo empregador.

A visita do dia 24, acompanhada pela Agecom a convite da C2E, foi realizada nos dois parques fabris de Jaraguá do Sul (WEG1 e 2). De início, os estudantes foram inteirados da filosofia coorporativa e assistiram a um breve documentário sobre a história dos fundadores da WEG. A preocupação com o capital humano e o investimento na inovação tecnológica, ponto recorrente na apresentação inicial, pôde ser verificada no centro de treinamento, construído na WEG1. Na chamada “escolinha”, jovens egressos do ensino fundamental são selecionados perante processo seletivo e iniciam um curso técnico de três anos, em diversas áreas. Hoje, boa parte da mão de obra empregada na WEG é dos antigos quadros desses cursos.

A programação vespertina incluiu uma passagem pelo Museu WEG e a visita a WEG2, que reúne os setores de automação, acionamentos, maquinas e bobinas, entre outros. O primeiro passo revelou-se de grande interesse, pois o acervo histórico reunido no Museu conta com raridades da empresa, além de máquinas que contam um pouco da história do desenvolvimento brasileiro no setor industrial/energético.

Cada setor visitado pelos estudantes disponibilizou um profissional para acompanhar e explicar os processos industriais. Segundo os alunos, apesar da dificuldade de compreender os detalhes da linha de montagem, atribuída pelos próprios calouros ao contato recente com a área, a experiência foi muito proveitosa.

A visita técnica se inscreve no “Trote Solidário”, uma alternativa à tradicional recepção dos calouros, proibida na UFSC desde 1997 por se entender que ela pode levar a ações degradantes. Além de excursões como a realizada pela C2E, as atividades do “Trote Solidário” ainda contemplam doação de roupas e alimentos e atividades recreativas. Dispensando o trote comum, é uma boa opção para integrar calouros e veteranos.

Por Manfred Matos/bolsista de Jornalismo, que participou da visita como convidado da C2E.