Debate sobre as “Forças de Paz” no Haiti

27/02/2007 09:41

Todos os dias se escutam notícias sobre os massacres, a miséria e a dor do povo do Haiti. Dentro desse contexto estão as tropas brasileiras que lá estão desde há um ano, inclusive sendo denunciadas por violações e violências de toda a ordem. Esta participação do Brasil nas chamadas “forças de paz” da ONU tem sido, portanto, bastante polêmica e criticada por parte dos movimentos sociais.

Com o objetivo de conhecer melhor esta realidade a partir de um olhar autóctone, ou seja, oriundo do lugar mesmo, estará em Florianópolis, no próximo dia 05 de março, um representante dos movimentos sociais do Haiti, Didier Dominique, que estará completando um giro por várias capitais brasileiras. Dominique é arquiteto, professor da Universidad de Haiti , sindicalista e coordenador do projeto de restauração do centro histórico da cidade de Cabo Haitiano. A idéia é mostrar a situação real das populações empobrecidas do país caribenho que já escreveu seu nome na história das lutas sociais.

O Haiti foi o primeiro país desta parte do mundo que garantiu, com a força única do seu povo – a maioria formada por gente escravizada – a independência da colônia, quando dominado pela França. Esta herança de luta segue viva, mesmo depois de o país ter vivido duas sangrentas ditaduras protagonizadas pelos Duvallier. Hoje, as gentes do Haiti continuam batalhando por sua liberdade, desta vez com o país ocupado por tropas estrangeiras a mando do império estadunidense.

A conversa com o representante dos movimentos sociais haitiano será no Auditório do Centro Sócio-Econômico da UFSC, às 19 horas, no dia 05 de março. Apesar de a universidade estar em recesso escolar nesse dia, o Movimento Consulta Popular, o Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA) e o Jubileu Sul Brasil convidam a todos para que participem e conheçam a realidade do Haiti.

Maiores informações pelo telefone 3028.1608 (Séc. MST) ou pelo 3721.9297 – ramal 37 (IELA/UFSC)

América Latina Livre – www.ola.cse.ufsc.br