Movimentos sociais marcam presença no III Fórum Nacional de Museus

Mostra: em memória aos 25 anos do MST
Duas entidades nacionais trazem parte de sua história para o III Fórum Nacional de Museus, que encerra nesta sexta-feira (11/7) na UFSC. A União Nacional dos Estudantes, com a exposição “UNE – 70 anos de História e Memória” e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, com “MST – 25 anos: direito à memória e direito à terra”.
A UNE apresenta uma mostra fotográfica em memória aos 70 anos de existência, resgatando parte da trajetória do movimento estudantil. O destaque da exposição, apresentada na forma de banners, é o conjunto de imagens da ocupação da primeira sede da entidade, realizada em 1942, no Prédio do Clube Germânia (Rio de Janeiro). A construção posteriormente foi doada pelo presidente Getúlio Vargas na Praia do Flamengo. Em 1964 a sede foi invadida e queimada pelos militares. Tudo isto registrado pelas lentes dos fotógrafos, militantes e profissionais, que contribuem para a exposição.
O MST trouxe uma réplica de um acampamento de sem terra para o campus da UFSC. Um barraco foi construído nos moldes das ocupações rurais, bem como uma escola de lona, utilizada para alfabetização de crianças e adultos. Militantes da cidade de Curitibanos vieram fazer parte do mini-acampamento, construído em memória aos 25 anos do movimento. É o caso do jovem Ronaldo Jasper, 20 anos, há 15 anos participando do MST. Ele é membro de uma família que vive no Assentamento 1o. de Maio.
O MST organizou uma programação cultural para o evento. Nesta quarta-feira, 17h, exibe o documentário “Raiz Forte”. Na quinta-feira, 16h, Dedo de Prosa, uma roda de conversa sobre o tema “Direitos Fundamentais e Criminalização”. Às 17h, será exibido o documentário “Nem um minuto de silêncio: fora Syngenta do Brasil”, que relata o assassinato de um militante a mando de uma empresa multinacional no Paraná. Na sexta-feira, às 10h, Dedo de Prosa, sobre o tema “Cultura e Comunicação”. Às 17h será exibido o documentário sobre o 5o. Congresso Nacional do MST, que reuniu 20 mil pessoas no ano passado em Brasília.
Por Paulo Liedtke / Agecom