Estudos mostram que atividades físicas diminuem sintomas de demência e depressão em idosos
Uma parceria entre a UFSC, Udesc e a Secretaria Municipal de Saúde vem colhendo resultados surpreendentes e animadores a partir de um trabalho realizado com idosos na cidade de Florianópolis. É o que mostra os estudos desenvolvidos pelo estudante de Educação Física da UFSC Artur Gomes de Souza. O trabalho avalia os efeitos do programa de atividade física “Floripa Ativa”, implantado nas Unidades Básicas de Saúde, na saúde mental dos idosos na capital catarinense.
A exposição da pesquisa trará ao público os resultados obtidos através de avaliações com idosos acima de 60 anos e que participaram do “Floripa Ativa” nos últimos 12 meses. Testes de aptidão funcional (força, flexibilidade, resistência aeróbia, coordenação e agilidade) foram realizados e questionários aplicados para se verificar a relação entre o nível de atividade física praticada e a saúde mental dos idosos. Os resultados mostram que a qualidade de vida e a saúde mental dos idosos melhorou significativamente após 12 meses de atividades no programa.
Há cerca de 3 anos, o “Floripa Ativa” atua junto aos centros de saúde do município de Florianópolis, atendendo aproximadamente cinco mil idosos que apresentam distúrbios leves e moderados. São proporcionadas aulas de ginástica, caminhadas e outros exercícios físicos. As atividades são acompanhadas por profissionais e visam melhorar a qualidade de vida da população idosa.
Segundo Artur, que cursa o quarto período de Educação Física na UFSC, o sedentarismo é um fator determinante para o alto índice de déficits cognitivos (demência) e sintomas depressivos nos idosos. Em um estudo realizado em 2004, a professora da UFSC Tânia Benedetti, orientadora da atual pesquisa, detectou que mais de 10% da população idosa de Florianópolis apresentou problemas de demência, seja grave ou moderada, enquanto 19,7% dos idosos apresentaram indicadores depressivos.
Para o estudante, é notável a mudança de comportamento de determinadas pessoas após a prática de atividades. “Pude ver no rosto dos idosos esses benefícios. É possível perceber que muitos deles são muito mais felizes agora do que quando começaram com a gente”, avalia Artur. “É gratificante saber que um trabalho que parece simples pode significar tanta coisa pra uma parte significativa da nossa sociedade”, completa o bolsista de iniciação científica.
Na opinião do jovem pesquisador, os resultados dos estudos alertam para a necessidade de se estabelecer ações que norteiem as políticas públicas de saúde, no sentido de promoção e manutenção de um envelhecimento ativo e saudável, visando tanto a saúde física quanto a mental. Para ele, “trata-se de um procedimento paliativo. Além disso, seria benéfico para o Estado também, pois os custos com medicamentos para estas deficiências seriam significativamente reduzidos”.
Sobre o seminário
Nos dias 21 e 22 de outubro será realizado o 19º Seminário de Iniciação Científica da UFSC. O evento é direcionado à avaliação dos trabalhos de estudantes de graduação que possuem bolsas de iniciação científica. É também uma oportunidade para que os “jovens cientistas” universitários apresentem seus trabalhos à comunidade.
A 19ª edição do SIC está inserida na Programação da 8º Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão – SEPEX, além de fazer parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, evento promovido em todo o Brasil.
Os seis melhores trabalhos recebem o prêmio Destaque da Iniciação Científica. Além do reconhecimento, os alunos têm todas as despesas pagas para participar da Jornada de Iniciação Científica. O evento nacional este ano ocorreu na Universidade Federal de Manaus, durante a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
O Seminário de Iniciação Científica é destinado a qualquer aluno de graduação de instituições de ensino superior, e não apenas aos Bolsistas do Programa de Iniciação Científica da UFSC. No ano passado o Seminário reuniu 577 alunos, sendo 560 da UFSC e 17 de outras universidades.
Mais informações: Artur Gomes de Souza – (48) 8825-5124.
e-mail: artur_zinhu@hotmail.com
Por Tiago Pereira/bolsista de Jornalismo na Agecom
Leia mais sobre a 8ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC:
-Minicurso na Sepex analisa Direito e literatura infantil
-Casa Solar é apresentada em estande da Sepex
-Laboratório de Farmacologia alerta para o tratamento de doenças e o uso abusivo de drogas
-1ª Feira do Inventor: estudos sugerem a utilização de próteses feitas com osso de boi
-Educação ambiental tem espaço na Sepex
-Estande da SEPEX apresenta veículos off-road produzidos por alunos
-Estudante de iniciação científica participa de pesquisa para desenvolvimento de bioplásticos
-Proposta de Rodovias Verdes é apresentada na Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC
-Agência de Comunicação disponibiliza imagens da Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão na Internet
-8ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão tem início nesta quarta-feira
-Ossos de baleias e exposição de fotos de animais são atrações da Sepex
-Labidex proporciona demonstrações experimentais de Física na 8ª SEPEX
-Exposição de Mir Sestrem traz referências da vida de Fritz Müller em SC
-UFSC recebe mostra Ver Ciência
-Nova tradução da EdUFSC resgata ideias originais de Fritz Müller
-Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão recebe espetáculo Pelas Veias da Música Latinoamericana
-Universidade concede título de doutor honoris causa a Fritz Müller nesta quinta-feira
-Campus da UFSC recebe tenda Itinerante de arte rupestre e arqueoastronomia
-Feira do Inventor traz objetos que aumentam a comodidade e a segurança dos usuários
-Mostra Planet.move exibe dez filmes sobre questões ambientais
-Comissão organizadora divulga orientações para montagem de estandes na Sepex
-Estudo verifica relação entre obesidade infantil e estado nutricional dos pais
-UFSC entra na era dos Planetários Digitais
-Tema ´Ciência para todos` integra UFSC e comunidade na 8ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão