FAM 2009: Encerramento nesta sexta com a premiação
O público do 13º Florianópolis Audiovisual Mercosul conhece nesta sexta, dia 12, a partir das 19 horas, os melhores filmes e vídeos desta edição, na noite de encerramento do festival. A cerimônia de entrega dos troféus ocorre antes da exibição de Budapeste, que terá a presença do diretor Walter Carvalho. Este é o primeiro longa-metragem do premiado diretor de fotografia de filmes como Central do Brasil e A Erva do Rato. Budapeste, baseado no livro de Chico Buarque, mas o público do FAM terá a oportunidade de assistir gratuitamente, e com a apresentação feita pelo diretor, às 21 horas.
Um dos filmes em destaque na programação de sexta é o badalado documentário Loki – Arnaldo Baptista, de Paulo Henrique Fontenelle, às 14 horas, na Mostra Extra-FAM, no Auditório Garapuvu. O filme é uma cinebiografia do músico Arnaldo Baptista, ex-integrante dos Mutantes, contada através de um quadro traçado pelo próprio artista, e com depoimentos de Tom Zé, Nelson Motta, Gilberto Gil, Sean Lennon, entre outros.
O Extra-FAM apresenta também o documentário catarinense Maciço, de Pedro MC, que retrata as expectativas e a voz dos moradores de 17 comunidades do Maciço do Morro da Cruz, o mais denso território urbano de Florianópolis, às 15 horas, no DAC (Teatro da UFSC) e Todas las Estrellas, ficção argentina de José Boiago, sobre um jovem que acredita que tem o dom de sobreviver, às 14h30, no Centro Sócio-Econômico.
Na programação tem ainda a Mostra Francesa; Mostra Portuguesa com curtas e o longa O Delfim, de Fernando Lopes; e Mostra La Cinta Corta com curtas latinos.
A segunda palestra sobre o mercado de games será com Dennis Kerr Coelho, da Palmsoft, às 10 horas, na Sala Azaléia.
No âmbito político, ocorre pela manhã o 2º Encontro dos Sindicatos do Audiovisual da Região Sul e às 15 horas o sexto painel do Fórum Audiovisual Mercosul: “Os parceiros da política de cooperação audiovisual ibero-americano”, com Alberto Flaksman (Ancine), Assunção Hernandez (Raiz Produções), Beatriz Flores (diretora do longa Polvo Nuestro que Estás en los Cielos”, exibido nesta quinta), Beto Rodrigues (Panda Filmes) e o produtor Horácio Grimberg.
Ao ser realizado este ano na Universidade Federal de Santa Catarina, o 13º FAM ganhou nova oxigenação, com um auditório de 1350 lugares, com uma capacidade 50% maior do que o Teatro Ademir Rosa, do Centro Integrado de Cultura, onde era realizado nos últimos anos 2008. No hall do espaço, foi organizada a Feira do Audiovisual, com lançamento de livros, exposição de equipamentos e venda de DVDs filmes catarinenses.
Festival consolida trajetória internacional
Antônio Celso dos Santos, coordenador geral do FAM, avalia que o evento consolidou na UFSC a sua trajetória vitoriosa e de perfil internacional. O público que frequenta o FAM teve a oportunidade, mais uma vez, de assistir a uma programação diferenciada e de qualidade. “Dentro da cadeia produtiva de cinema, produção, distribuição e exibição, muitos filmes de qualidade, mesmo consagrados, acabam não tendo uma distribuição eficiente no Brasil. São filmes que vão ficar três, quatro anos, até conseguirem ser exibidos, e o FAM propicia esta janela para o público”, diz.
O coordenador geral do FAM acrescenta ainda a importância política dos fóruns com a presença de Sílvio Da Rin, secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura, que tratou das políticas de Estado para os cinemas nacionais, um tema atual, com todas as propostas de modificações das leis de incentivo e reestruturação da Agência Nacional de Cinema (Ancine).
Celso acredita também que o FAM se firmou porque havia um vácuo, uma carência de um evento de qualidade. Também houve um crescimento extraordinário em comparação ao ano passado. “Em 2008 foram exibidos pouco mais de 100 obras e neste ano chegamos a 214, com 12 países representados. O público nesta edição foi superior a 30 mil pessoas, bem maior do que as 21 mil do ano passado”, diz.
Além da quantidade de filmes e do grande público, houve também um desdobramento eficaz dos fóruns realizados. Há uma década atrás, para filmar dentro do Mercosul era preciso importar os equipamentos, ou mesmo importar os filmes. “Hoje já existem regras mais claras e de formas bilaterais, e tudo isso foi discutido durante muitos anos. Ao longo deste período, pautas e reivindicações começaram a ser consolidadas, como os acordos de co-produção e de co-distribuição de filmes. É um processo lento, mas necessário”, avalia Celso.
Fonte: FAM 2009
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