UFSC sedia seminário internacional sobre reforma de cursos de graduação da área da saúde

09/11/2010 14:51

Começou nesta terça, dia 9 de novembro, às 9h, o Seminário Internacional sobre a Reforma de Cursos de Gradação da Área da Saúde.

O evento é realizado no prédio da Reitoria da UFSC e conta com a participação de delegações do Brasil, Paraguai, El Salvador e Peru. O objetivo do seminário é discutir as iniciativas implantadas no Brasil para uma aproximação entre o ensino e a realidade dos serviços de saúde. A programação vai até quarta-feira dia 11.

Na abertura do evento, estavam presentes o reitor da universidade, Alvaro Prata, o representante da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), Sigisfredo Brenelli, o secretário de Saúde de Florianópolis, João José Cândido da Silva, o consultor da Organização Panamericana de Saúde no Brasil (OPA), Roberto Esteves, e os coordenadores dos cursos de Enfermagem e Ciências Médicas da UFSC, Sayonara Barbosa e Carlos Pinheiro. Eles destacaram a importância do seminário como espaço para compartilhar experiências e aprendizagens sobre as reformas curriculares iniciadas no Brasil. “Pela primeira vez a universidade se volta ao sistema de saúde”, comentou Pinheiro, ao lembrar uma mudança no ensino de especialidades, praticado dentro das instituições brasileiras, para o ensino das reais necessidades da população.

A primeira atividade do evento foi a apresentação de programas governamentais de incentivo à educação no serviço de saúde brasileiro. Brenelli reforçou a integração do Estado, a partir do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação, com as instituições de ensino para determinarem as demandas de especialização no país. A tentativa é de formar profissionais que supram as demandas do Brasil e ocupem as regiões carentes de atuação. Um dos projetos implantados é o Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde), que atinge 357 escolas e mais de 90 mil alunos da saúde. O secretário expôs o desenvolvimento do projeto e as dificuldades enfrentadas pelos envolvidos. Uma dessas dificuldades é a baixa flexibilidade curricular. “Nosso currículo não tem grade curricular, tem jaula”, brincou.

A programação da manhã terminou com a exposição da professora Maria do Patrocínio Tenório Nunes, integrante da Comissão Nacional de Residência Médica. A profissional da USP mostrou alguns projetos de residência médica que buscam formar especialistas em regiões prioritárias, caso do Norte do país, região em que falta profissionais da saúde. Um dos programas é o Pró-Residência, criado em 2009 e que abriu 785 vagas de residência médica, distribuídas de acordo com a necessidade das regiões do país e não mais por distribuição espontânea dos profissionais. “A minha felicidade é dizer que mais de 50% dessas vagas ficaram fora da região sudeste”, referindo-se ao local que mais concentra residentes médicos no Brasil.

A programação segue à tarde, a partir das 14h, com a exposição de outras iniciativas desenvolvidas no país. Serão três mesas em que participam professores da UFSC, Unochapecó, UFMG e profissionais do Pró-Saúde e da OPA.

Mais informações pelo telefone 48-99694679, com a professora Kenya, diretora do Centro de Ciências da Saúde.

Por Claudia Mebs/bolsista de jornalismo da Agecom

Fotos:Paulo Roberto Noronha/Agecom