UFSC e IPHAN/SC promovem a exposição “Comunidades Negras de Santa Catarina”
A Universidade Federal de Santa Catarina e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN/SC) promovem a exposição “Comunidades Negras de Santa Catarina”. São trinta imagens, entre fotos e gravuras, nas quais são retratadas o dia a dia destas comunidades, seus saberes, fazeres, suas práticas. A mostra, em cartaz no Hall do Centro de Cultura e Eventos da UFSC, pode ser visitada no período de 6 a 8 e de 13 a 15 de outubro. A entrada é franca.
Desenvolvido pela Superintendência Regional do Iphan no Estado em parceria com o Núcleo de Estudos sobre Identidade e Relações Interétnicas (NUER) da UFSC, o projeto “Comunidades Negras de Santa Catarina” busca preservar a memória do povo afrodescendente no sul do país.
A ancestralidade negra é abordada em suas diversas dimensões, seja a arqueológica, a arquitetônica, a paisagística e a imaterial.
Entre 2005 e 2008, foi aplicado o Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) em atividades de identificação do patrimônio imaterial das comunidades remanescentes de diversos quilombos no Estado.
Entre elas estão a Sertão de Valongo, localizada na cidade de Porto Belo; a Invernada dos Negros, em Campos Novos, e São Roque, situada entre os municípios de Praia Grande (SC) e Mampituba (RS). Essas comunidades também são reconhecidas como oriundas de quilombos pela Fundação Cultural Palmares.
Comunidades Quilombolas
O Sertão de Valongo, por exemplo, é uma comunidade rural adventista e sua população é de aproximadamente 34 famílias. A fixação dos primeiros habitantes na região ocorreu imediatamente após a abolição da escravidão no Brasil.
O Iphan identificou na região um total de 19 referências culturais, como os conhecimentos tradicionais de ervas-de-chá, o plantio agroecológico de bananas e os cultos adventistas de adoração. Invernada dos Negros, por sua vez, foi a primeira comunidade catarinense a receber, em 2004, a certificação de autorreconhecimento como remanescente de quilombo. Reúne atualmente 127 famílias, totalizando mais de quatro mil pessoas.
Já São Roque, com 62 famílias, remonta suas origens à década de 1860, quando ex-escravos formaram um quilombo de fuga, a forma mais comum de quilombo.
Exposição
Este trabalho de levantamento originou a exposição “Comunidades Negras de Santa Catarina”. Trata-se de trinta imagens, entre fotos e gravuras, nas quais são retratadas o dia a dia destas comunidades, seus saberes, fazeres, suas práticas. A exposição acontecerá no hall do térreo do Centro de Eventos e Cultura da Universidade Federal de Santa Catarina de 4 a 8 e de 13 a 15 de outubro, com entrada franca.
Informações:
Marina Cañas Martins, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.(49) 3223-0883 / marina.11sr@iphan.gov.br
Cléia Silveira Ramos, Presidente da Comissão Executiva das Comemorações dos 50 anos da UFSC – (48) 3721-8602 / cleia@reitoria.ufsc.br
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