Feira Estadual de Ciências e Tecnologia mostra trabalho de pesquisadores mirins

Fotos: Thaiane Machado/bolsista de Jornalismo na Agecom
Um dos vencedores da Escola de Ensino Básico (EEB) Professora Jurema Savi Milanez, o aluno Crystian Isoton, da 7ª série, mostrou em seu estande uma réplica de como funciona o mecanismo de captação de energia eólica. Um exaustor de cozinha simulava o vento natural que soprava em hélices de ventiladores – as torres de energia. A força do movimento das pás gerava a energia que era enviada a uma subestação distribuidora. “Em escala real, o esquema pode ser montado em um terreno de 10 metros quadrados”, explica o estudante, que completa: “Muitos ligam a palavra ‘eólica’ a ‘vento’, mas não sabem o porquê. A origem é Eolos, o Deus do Vento na mitologia grega”.
A visita a uma destilaria durante uma aula de química orgânica fez com que as estudantes do terceiro ano Iracema do Amaral e Raquel Baade, da EEB Adolfo Boving, de Braço do Trombudo, se interessassem pela produção do açúcar, que é bastante semelhante à da cachaça. Foi a partir desse envolvimento que as alunas descobriram os males causados pelo açúcar refinado. “O processo de refinamento insere aditivos químicos e sintéticos para melhorar o sabor e o cheiro do produto. Esses produtos são muito danosos à saúde e podem até causar câncer. Se pensássemos o quanto o açúcar refinado é prejudicial, não utilizaríamos”, adverte Raquel, que credita parte da culpa ao gás sulfídrico: “É o que dá a coloração branca”.
As alunas explicam o nível tóxico do produto através das reações dos animais: “Algumas pessoas colocam água com açúcar em sacadas e varandas para atrair beija-flores que acabam sumindo após certo tempo. Eles adoecem e morrem, assim como as formigas que consomem o açúcar refinado”.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o Brasil é o quarto país que mais utiliza o produto. “Nosso objetivo é chamar a atenção, principalmente de crianças, que aprendem desde cedo a consumir o açúcar em doces, balas e refrigerantes. Por isso decoramos o nosso estande com muitas cores”, explicam as expositores fantasiadas de “anjinha” e “diabinha” para, além de alertar sobre os males, sugerir alternativas como o uso dos açúcares mascavo e orgânico. “Achamos que nosso projeto foi selecionado por ser diferente da maioria, que foca muito na ecologia. Como alguém pode cuidar do mundo se não está bem com o próprio corpo?”, finaliza Iracema.
De Joinville, duas alunas vieram conscientizar os visitantes da feira sobre pedofilia e as diferenças entre assédio e abuso sexuais infantojuvenis. “Assédio é qualquer tipo de atenção sexual não desejada. Pode ser uma palavra, um toque ou mesmo um olhar”, diz Andressa Machado, do terceiro ano da escola Conselheiro Mafra, frisando que até frases “divulgadas em propagandas de cerveja, como ‘ô, lá em casa!’” configuram assédio. Para a resolução desses casos é possível fazer denúncia ao Ministério Público através do número 100. A pena varia de um a dois anos de prisão. “A pedofilia virtual também é classificada como assédio. É um ato de voyeurismo. Diferentemente do mito que circula, o pedófilo é uma pessoa com características comuns, de difícil identificação”, completa a estudante.
Jéssica explica que abuso sexual é qualquer tipo de violência sexual que uma pessoa pode fazer com outra de qualquer gênero ou idade. “Até mesmo levantar a saia e fazer carícias indesejadas são considerados abusos”. A aluna cita a diferença da exploração sexual: ”quando se explora, o objetivo é garantir o dinheiro, enquanto o abuso é praticado para a obtenção do prazer”. A lei do silêncio, quando o abusador obriga a vítima a se calar por ameaças a si ou a entes queridos ou manipulando a situação de forma a causar constrangimento ao abusado. “A situação pode ser resolvida pelo contato com o Conselho Tutelar, que zela pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente”.
Visite a 5ª Feira Estadual de Ciências e Tecnologia (20 e 21 de outubro) das 9h às 19h, até esta quinta-feira. A Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC segue até sábado, 16h.
Murilo Bomfim / Bolsista de Jornalismo na Agecom
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