UFSC firma intercâmbio com Universidade Zambeze, de Moçambique

19/08/2010 09:35

A Universidade Federal de Santa Catarina e a Universidade Zambeze (Unizambeze), de Moçambique, estão iniciando um processo de intercâmbio que permitirá professores daquele país africano se candidatem a cursos de mestrado ou doutorado na UFSC, utilizando bolsas da Capes e CNPq, dentro do programa ProÁfrica. Também alunos de graduação da instituição moçambicana, que está no seu segundo ano de atividades, poderão vir ao Estado, já a partir do início de setembro, permanecendo dois meses em laboratórios de pesquisa, aproveitando as vantagens do programa ProFor.

De acordo com o professor Paulo Lovatto, diretor de Cooperação Acadêmica da Secretaria de Relações Institucionais e Internacionais (Sinter), os professores da Unizambeze poderão atuar junto aos centros de Ciências Agrárias, Ciências Jurídicas, Ciências da Saúde, Sócio-Econômico e Tecnológico da UFSC. “Eles ficaram impressionados com a capacidade de nossa instituição de abarcar da pesquisa de ponta ao atendimento à comunidade, como ocorre na clínica odontológica do Hospital Universitário”, afirmou.

A comitiva da Unizambeze foi composta por Maria Alexandra Rodrigues, diretora dos cursos de graduação; Vasco Junior, diretor de pesquisa e pós-graduação; Fabião Cumbe, diretor da Faculdade de Ciências e Tecnologias; Alda Massinga, diretora da Faculdade de Engenharia Ambiental e dos Recursos Naturais; e Vicente Manjate, diretor do gabinete do reitor. Eles foram recebidos pelo reitor Alvaro Toubes Prata e pela direção do Sinter. Depois da UFSC, visitaram também a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal do ABC.

Foco no desenvolvimento

A Unizambeze (www.unizambeze.ac.bz) é a quarta instituição pública de ensino superior no país, que tem 22 milhões de habitantes e foi colonizado por Portugal. Ela tem âmbito nacional, sede na cidade da Beira (a segunda maior de Moçambique, superara apenas pela capital Maputo) e delegações nas províncias de Manica, Sofala, Tete e Zambézia. Estas províncias possuem uma população de 8,8 milhões de habitantes, o que representa mais de 40% dos moçambicanos.

A Unizambeze iniciou suas atividades letivas em março de 2009. A reitoria está localizada em Beira, que sedia um importante porto e é corredor de importação e exportação. A região é essencialmente agrícola, mas tem algumas indústrias, o terminal petrolífero que abastece o Zimbábue, em Sofala, a barragem hidroelétrica de Cahora-Bassa, em Tete, e o Parque Nacional da Gorongosa, em Manica, com grande potencial para ecoturismo.

A Universidade Zambeze tem como missão formar técnicos de nível superior capazes de produzir, aplicar e difundir de forma criativa a ciência, a tecnologia, a cultura e a arte, assumindo papel fundamental nas políticas de desenvolvimento sustentável do país e da região.

A Unizambeze oferece cursos nas faculdades de Ciências Sociais e Humanidade, Ciências e Tecnologias, Engenharia Ambiental e dos Recursos Naturais, Engenharia Agronômica e Florestal, Ciências Agrárias, Ciências de Saúde, Direito, Contabilidade e Finanças, Economia, Gestão, Engenharia Mecatrônica, Engenharia Civil, Engenharia Informática, Engenharia de Processos, Engenharia de Desenvolvimento Rural, Engenharia Agropecuária, Medicina, Medicina Dentária e Farmácia.

Em seu primeiro ano de funcionamento, a universidade contou com 981 estudantes, 85 docentes e 51 pessoas no quadro técnico-administrativo. Em 2010 abriram-se inscrições para 16 cursos, o que permitiu um crescimento do universo estudantil para cerca de dois mil estudantes.

Mais informações na Sinter, pelo telefone (48) 3721-8739.

Por Paulo Clóvis Schmitz/jornalista na Agecom