UFSC realiza sessão ordinária do Conselho Universitário nesta terça-feira

17/08/2010 09:04

Será realizada hoje, dia 17, a partir de 8h30min,na sala “Professor Ayrton Roberto de Oliveira”, Sessão Extraordinária do Conselho Universitário. Reunião será transmitida ao vivo pela internet, a partir de 8h30min.

Assuntos em pauta:

1 – Apreciação e aprovação da ata da sessão ordinária realizada em 29 de junho de 2010.

2 – Indicação dos Representantes do Conselho Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina, no Conselho Superior da Fundação Jerônimo Coelho.

3 – Processo n.º 23080.040162/2009-80

Requerente: PRPE

Assunto: Re-ratificação da deliberação deste Conselho sobre a proposta de nova redação dos

Artigos 84 e 86 do Estatuto da Universidade Federal de Santa Catarina.

Relator: Cons. Luis Carlos Cancellier de Olivo

4 – Processo n.º 23080.022370/2010-31

Requerente: Alvaro Toubes Prata

Assunto: Afastamento do País para participação em eventos – Ucrânia e Republica Tcheca.

Relator: Comissão designada pela Portaria 491/GR/2010 de 23/04/2010

5 – Processo n.º 23080.025486/2010-21

Requerente: Alvaro Toubes Prata

Assunto: Afastamento do País para participação em eventos – China.

Relator: Comissão designada pela Portaria 491/GR/2010 de 23/04/2010

6. Processo n.º 23080.020646/2010-46

Requerente: FEESC

Assunto: Aprovação da solicitação de recredenciamento da Fundação de Ensino e Engenharia

de Santa Catarina – FEESC junto ao MEC.

Relatora: Cons. Olga Maria Boschi Aguiar de Oliveira

7. Informes Gerais

Professor da Universidade de Tóquio fala sobre mudança climática, riscos e desastres naturais

16/08/2010 18:16

Nesta segunda e terça-feira, dias 16 e 17, a UFSC está recebendo, no auditório da Reitoria, o workshop ´Riscos e desastres naturais`. Na segunda, o professor da Universidade de Tóquio, Yosuke Yamashiki, ministra, em português, o minicurso ´Mudança climática e gestão de riscos de desastres naturais`.

A programação será finalizada na terça-feira, das 8h30 às 12h, com apresentações de pesquisadores da UFSC, do Instituto Federal de Santa Catarina (IF-SC) e da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no auditório do evento.

O evento é parte da implementação da pós-graduação (mestrado e doutorado) em Desastres Naturais e Gestão de Risco. “O curso será interdisciplinar e envolverá professores do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), Centro Tecnológico (CTC) e Centro de Ciências Juríricas (CCJ)”, explica José Antônio Bellini, diretor do Departamento de Acompanhamento de Programas da Pró-Reitoria de Pós-Graduação.

Mais informações pelo telefone (48) 3721-8815 ou pelo e-mail gedn.ufsc@gmail.com.

Por Murilo Bomfim/ Bolsista de Jornalismo na Agecom

Seminário ´Para onde vai a UFSC?` acontece na terça e na quarta

16/08/2010 18:05

O seminário “Para onde vai a UFSC?”, que tem como objetivo discutir o futuro da universidade e os problemas causados pelo Reuni, acontecerá nesta terça e quarta-feira, dias 17 e 18, na UFSC.

A programação inclui palestras sobre educação a distância, a situação dos estágios na universidade, além de mesa-redonda sobre o tema “Expansão da universidade brasileira e da UFSC, para onde vamos?”, que terá a presença do reitor Alvaro Prata. Organizado pela Frente de Luta por uma Expansão de Qualidade, o seminário ocorrerá no Centro Sócio-Econômico (CSE), no auditório Sintufsc e no Templo Ecumênico, a partir das 16 horas. A programação completa está disponível no site frentedeluta.wordpress.com.

A Frente de Luta por uma Expansão de Qualidade foi criada em 2010 pelo Conselho de Entidades de Base (CEB) da UFSC para discutir e enfrentar problemas da expansão causada pelo Reuni. Desde abril deste ano, diversas assembleias e manifestações foram organizadas pela Frente para protestar contra, por exemplo, a falta de professores e salas de aula.

O Reuni é um programa do Governo Federal que pretende expandir e reestruturar as universidades federais num período de quatro anos (de 2008 a 2012). Entre as metas do programa, está o aumento de vagas nos vestibulares até 2012, de modo que em 2017 o número de estudantes matriculados em universidades federais dobre. O reitor da UFSC, Alvaro Prata, elegeu o programa como principal plano de sua gestão.

Mais informações: frentedeluta.wordpress.com

Por Marília Marasciulo/ Bolsista de Jornalismo na Agecom

Filme ´Inquietude`, é exibido nesta terça, na “Mostra Grandes Diretores – Manoel de Oliveira”

16/08/2010 17:51

Dando continuidade à mostra de cinema após o recesso escolar, acontece nesta terça-feira, dia 17/08, no Teatro da UFSC (ao lado da Igrejinha), a sessão do filme ´Inquietude` (1998) que integra a mostra “Grandes Diretores – Manoel de Oliveira”, premiado diretor português, homenageado no Festival de Cinema de Cannes, em 2008.

A mostra na Universidade é uma atividade de caráter didático-cultural, realizada pelo Departamento Artístico Cultural (DAC) da UFSC. As exibições começaram em abril e vão até 30 de novembro deste ano, sempre às terças-feiras, às 12h, seguida ou antecedida de eventuais debates. A mostra tem entrada gratuita e é aberta à comunidade.

O filme será exibido em DVD, utilizando projetor de alta resolução e uma tela apropriada para projeção, equipamentos especialmente instalados para esse fim no Teatro da Universidade. Os filmes dessa mostra fazem parte da coleção “Grandes Autores – Manoel de Oliveira”, contendo os DVDs e um livro, editada pela Lusomundo Audiovisuais.

Na página do DAC há link para o blog onde estão publicados os nomes e as sinopses de todos os filmes da mostra.

Inicialmente agendado para esta data, o filme ´O Convento` será apresentado em outra ocasião.

Sobre o filme ´Inquietude` (1998)

Tríptico composto da adaptação – a princípio improvável – de três textos heterogêneos: Os Imortais, peça teatral de Prista Monteiro, Suzy, romance de Antonio Patrício, e Mãe de Um Rio, narrativa mítica reformulada por Agustina Bessa-Luis. A primeira, em tom falsamente filosófico, se debruça sobre os tormentos de um velho pai que induz o filho ao suicídio para que ele passe à imortalidade. A segunda, com toques de romantismo, acompanha as desventuras de uma prostituta da região de Porto, nos anos 30, cortejada por um homem destroçado pelo amor. E a terceira, influenciada pelo estilo folclórico, narra a lenda de uma jovem que descobre ter dedos de ouro.

Duração: 108 min

Com: José Pinto, Luís Miguel Cintra, Isabel Ruth, Leonor Silveira, Rita Blanco, Diogo Dória

Festival de Cannes 1998 – Seleção Oficial

A mostra no Teatro da UFSC é organizada por Zeca Nunes Pires e Camila Casseano Damazio, numa realização do Departamento Artístico Cultural, da Secretaria de Cultura e Arte, da Universidade Federal de Santa Catarina, com o apoio da Pró-Reitoria de Infraestrutura da UFSC. Todos os filmes serão exibidos em DVD.

Serviço

O QUÊ
: Apresentação do filme “Inquietude (1998)”, da Mostra de cinema Grandes Diretores – Manoel de Oliveira.

QUANDO: Dia 17 de agosto de 2010, terça-feira, às 12 horas. A mostra acontece até 30 de novembro de 2010, em todas as terças-feiras às 12 horas, seguida ou antecedida de eventuais debates.

ONDE: Teatro da UFSC, ao lado da Igrejinha, Praça Santos Dumont, Trindade, Florianópolis-SC

QUANTO: Gratuito e aberto à comunidade

CONTATO: Departamento Artístico Cultural – DAC (48) 3721-9348 e 3721-9447 ou www.dac.ufsc.br e dac@dac.ufsc.br

Fonte: [CW] DAC – SeCArte – UFSC, com material da coleção de DVDs e dos organizadores da mostra.

Estudos do corpo e do movimento têm evento na UFSC e na Udesc

16/08/2010 17:28

Fotos: Sérgio Ariel

Fotos: Sérgio Ariel

Na semana de 23 a 28 de agosto, o projeto de extensão “Tubo de Ensaio” promove atividades gratuitas voltadas a interessados nos estudos do corpo e movimento. O evento traz a Florianópolis a artista Mônica Infante e a professora Lenita Silveira, certificada pela Alexander Technique International.

De 23 a 27 de agosto será ministrada a oficina “Técnica Alexander: Um estudo do movimento”. No dia 25 será promovida a aula aberta “Princípios da Técnica Alexander”. E no dia 28 serão realizados o encontro e a aula aberta intitulados “Técnica Alexander e criação em dança”. Os eventos são abertos ao público e as vagas são limitadas.

Realizado desde 2001, o projeto de extensão “Tubo de Ensaio” é uma parceria entre o Centro de Artes da Udesc e o Centro de Desportos da UFSC. E tem como objetivo desenvolver ações voltadas à qualificação, ao desenvolvimento e à formação da dança contemporânea em Santa Catarina. A coordenação é da pesquisadora Jussara Xavier e das professoras Sandra Meyer e Vera Torres.

A programação comemorativa ao décimo ano do projeto contempla residências artísticas, oficinas, apresentações e palestras com convidados ao longo de 2010, e será viabilizada com recursos do Prêmio Edital 01/2010 – Edital de Cultura Udesc.

Sobre as convidadas:

Lenita Silveira
(Nova Iorque/Curitiba)

Natural de Curitiba, é bacharel e licenciada em Dança, pela Universidade Católica de Curitiba e Teatro Guaíra. Nos Estados Unidos, graduou-se na Técnica de Alexander, durante três anos de treinamento intensivo. Em 2004, em Londres, concluiu sua pós-graduação na Constructive Teaching Centre, a mais antiga escola da Técnica Alexander do mundo, onde estudou com o renomado professor Walter Carrington, o qual, em 1938, recebeu treinamento do próprio F.M. Alexander, o criador do método. Há 15 anos Lenita Silveira leciona a Técnica Alexander em Nova York (onde reside), Londres e Brasil, tanto para grupos como aulas individuais. Entre outros interesses, Lenita pratica meditação (Budismo Tibetano), canto, dança e outras atividades relacionadas com o estar/ficar no momento presente. Lenita é professora certificada pela Alexander Technique International (ATI).

Monica Infante (Curitiba)

Graduada em Dança pelo London Studio Centre – Universidade de Middlesex. Londres, Inglaterra. Diretora de Movimento do grupo de teatro da PUC/PR. É uma das fundadoras do Centro de Desenvolvimento de KI onde pratica e ministra aulas de Aikidô e de Aiki e Consciência Corporal aplicando os princípios da Técnica Alexander. É uma das articuladoras do Conexão Sul (Paraná) e orientadora de projetos Casa Hoffmann em Curitiba.

Sobre as atividades:

Oficina: Técnica Alexander: um estudo do movimento


A Técnica Alexander é um método educacional que nos leva a ficar conscientes de nossos padrões habituais de pensar e trabalhar o corpo (movimento, alinhamento, respiração); e como tais padrões interferem com nosso equilíbrio natural e com os princípios básicos de movimento e respiração. O método ativa uma forma inteligente e eficaz de usar nosso corpo e mente. Torna o artista mais alerta, concentrado e criativo, além de melhorar o uso da voz, ajuda o performer a controlar a ansiedade no palco, desenvolvendo uma forte presença cênica.

Aula aberta: Princípios da Técnica Alexander

Ao estudar os princípios da Técnica Alexander desenvolve-se uma aguçada consciência do corpo e de seus movimentos, contribuindo para a liberação da imaginação e para o desenvolvimento do processo criativo. O objetivo é levar os participantes a investigarem e explorarem a expansão do fluxo do movimento que ocorre quando estes se permitem pausar, pensar, observar, respirar e sentir enquanto se movem. Em outras palavras, uma investigação da conexão corpo/mente.

Encontro: Técnica Alexander e criação em dança

Demonstração prática de dança/performance e conversa aberta com participantes da oficina e demais interessados. O diálogo tem como ponto de partida o relato de experiências aliado ao reconhecimento da validade de aplicação da Técnica Alexander na dança, concentrando-se no processo artístico da performance Lago Amarelo.

Aula aberta: Técnica Alexander e criação em dança

Experiência prática de conexão da Técnica Alexander e composição em dança contemporânea. Como intérprete-criadora, Mônica Infante trabalha na pesquisa de pausas, micromovimentos e pensamentos, sempre atenta a unidade mentecorpo.

Serviço:

Oficina Técnica Alexander: um estudo do movimento

Ministrante: Lenita Silveira (Nova Iorque/Curitiba)

Data: 23 a 27 de agosto 2010

Horário: 9h às 12h

Local: Sala de dança Ceart/Udesc

Atividade gratuita

Inscrições: enviar breve currículo (máximo 10 linhas) por email até 20 de agosto

E-mail: tubodeensaiocursos@gmail.com

Público-alvo: Interessados em estudos do corpo e movimento; artistas da dança, teatro e performance.

Vagas limitadas

Para emissão de certificado é necessário a participação integral.

Encontro: Técnica Alexander e criação em dança

Com Lenita Silveira (Nova Iorque/Curitiba) e a bailarina Monica Infante (Curitiba)

Data: 28 de agosto

Horário: 15h30

Local: Espaço 1 Ceart/Udesc

Entrada gratuita

Aula aberta: Princípios da Técnica Alexander

Ministrante: Lenita Silveira (Nova Iorque/Curitiba)

Data: 25 de agosto

Horário: 16h às 18h

Local: Sala Laboratório de Dança B – CDS/UFSC, bloco 5 – Campus Universitário – Trindade.

Atividade gratuita

Público-alvo: Acadêmicos e comunidade em geral

Vagas limitadas

Aula aberta: Princípios da Técnica Alexander e criação em dança

Ministrante: Monica Infante (Curitiba)

Data: 28 de agosto

Horário: 10h às 12h

Local: Espaço 1 Ceart/Udesc

Atividade gratuita

Público-alvo: Acadêmicos e comunidade em geral

Vagas limitadas

Contatos: tubodeensaiocursos@gmail.com e (48)9128-0222.

UFSC tem nova edição de seu Guia de Fontes

16/08/2010 15:09
Fotos: Paulo Noronha/ Agecom

Fotos: Paulo Noronha/ Agecom

A Agência de Comunicação (Agecom) da UFSC lançou na última sexta, 13/08, seu novo ´Guia de Fontes – Onde e Como Achar Informações Científicas`. A apresentação aconteceu na Sala dos Conselhos, no prédio da Reitoria. O lançamento integrou a agenda de comemorações do cinquentenário da UFSC.

Margareth Rossi, jornalista responsável pela execução técnica do projeto, dedicou dois anos e meio à confecção da obra, tendo o auxílio, no último ano, de Arley Reis e Alita Diana, também jornalistas na Agecom.

A obra, que está em sua terceira edição, reúne currículos de professores pesquisadores da instituição, e é útil especialmente a jornalistas e veículos de comunicação, que podem consultá-la a fim de encontrar telefones e e-mails de especialistas nos assuntos abordados em suas matérias e programas. “Quero agradecer a acolhida e a oportunidade de desenvolver este trabalho”, enfatizou Margareth, que foi cedida por colaboração técnica à UFSC pela Universidade Federal Fluminense (UFF) desde 2007 – quando deu início à pesquisa.

A coleta de dados para o Guia foi efetivada a partir da lista de professores ativos na universidade, das informações registradas nos sites dos Centros de Ensino e dos currículos da Plataforma Lattes, organizada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A Universidade Federal de Santa Catarina é uma das pioneiras na organização de publicações do gênero, recomendadas pela Associação Brasileira de Jornalismo Científico.

Moacir Loth, diretor da Agecom, enfatizou a importância da obra. “Para divulgar a ciência, o pesquisador não precisa virar jornalista, e o jornalista também não necessita se tornar um cientista”, justificou, esclarecendo que a integração entre ambos os profissionais é fundamental mas que, para isso, é necessário que as secretarias, coordenações de curso e os próprios pesquisadores se disponibilizem a atender a imprensa, a fim dar visibilidade aos estudos desenvolvidos na Universidade. O diretor ainda fez questão de mencionar todos os que colaboraram com a confecção da obra. “Com o esforço de cada um, conseguimos fazer um trabalho que também presta contas à comunidade dos investimentos feitos na Universidade”.

“A UFSC é referência na busca de competitividade. Recebemos cópia do livro há alguns dias e já estamos utilizando-o. A divulgação científica se modifica a partir desta obra. A Pesquisa e a Extensão ganham muito com o Guia”, defendeu o professor Jorge Campagnollo, representando a pró-reitora de Pesquisa Extensão, Débora Menezes .

O reitor Alvaro Prata destacou o livro em comparação às outras duas edições, de 1993 e 1998, também organizadas pela equipe da Agecom. “Até o tamanho impressiona. Está muito bem feito e completo”. O professor mostrou como o Guia pode ser consultado. A partir do índice de assuntos – que está listado no final da obra – chega-se até as páginas onde se encontram os pesquisadores relacionados ao assunto. “Qualquer que seja o tema, está aqui: climatologia, violência, questões de gênero; imaginem a visibilidade que a obra dará à UFSC”. A versão online também possibilita a busca de forma ainda mais ágil: em formato PDF, a consulta pode ser feita digitando o tema ou o nome do pesquisador no campo “localizar” do programa, que vai diretamente às páginas onde a palavra é citada.

Distribuição e acesso

Guias impressos já estão sendo distribuídos a veículos de comunicação e universidades de Santa Catarina e outros Estados. A versão online está disponível no site da UFSC, no link www.agecom.ufsc.br/guia_fontes.php, e passará por revisões e acréscimos, já que em 2009 e 2010 a UFSC realizou concursos para docentes e novos pesquisadores já fazem parte do quadro.

Com mais de 400 equipes credenciadas junto ao Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq, a UFSC tem se destacado em pesquisas de opinião e rankings nacionais. Em sua mais recente edição, divulgada no mês de julho, desta vez com avaliação de 12 mil instituições, o Ranking Mundial de Universidades na Web (Webometrics) traz a UFSC como terceira instituição de ensino superior brasileira e primeira entre as federais. O levantamento é organizado a partir da análise do material disponibilizado pelas universidades na internet.

”Um guia de fontes funciona como um ótimo localizador/buscador de linhas de pesquisa, publicações de ponta, potenciais orientadores, projetos sociais, parceiros em tecnologias duras, sociais e biológicas”, destaca a pró-reitora de Pesquisa e Extensão da UFSC, professora Débora Peres Menezes, que assina a contracapa do Guia de Fontes.

Mais informações com a Agecom: (48) 3721-9602 / 3721-9323.

Empresa Júnior do Centro Sócio-Econômico é reconhecida como melhor do Brasil

16/08/2010 14:12

Foto: Paulo Noronha / Agecom

Foto: Paulo Noronha / Agecom

Criada em 1990 na UFSC como primeira do gênero no Sul do país, a Ação Júnior Consultorias Sócio-Econômicas recebeu o prêmio de melhor Empresa Júnior do Brasil em 2009 e 2010, no critério Sociedade. A Ação Júnior competiu com a FEA Júnior, da USP, que ficou em segundo lugar, e com a Campe Consultoria Jr., empresa júnior da faculdade de economia e administração da UFJF, terceira colocada. A premiação foi entregue na Costa do Sauipe, em Salvador, durante a realização do Encontro Nacional de Empresários Juniores.

Composta por 35 membros, a Ação Júnior tem como presidente Diego Wander, e como vice-presidente Tainá Crestani. O trabalho da empresa vem sendo reconhecido desde 2009, quando foi destaque, em nível estadual, na área de boas práticas de responsabilidade social, no Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas (MPE).

A Ação Júnior é uma opção de consultoria sócio-econômica para pequenos e médios empreendedores e empresários da Grande Florianópolis. “Nossa instituição é sem fins lucrativos, formada e gerida por acadêmicos de graduação dos cursos de Ciências da Administração, Ciências Sociais, Ciências Econômicas e Serviço Social da Universidade Federal de Santa Catarina”, conta o presidente, Diego Wander.

Orgulhosamente ele cita a Canasvieiras Transportes Ltda. – que há oito anos trabalha com a equipe – além de Jotur, Transol, Imperial Hospital de Caridade e Empresa de Transportes Catarinense como “alguns dos nossos clientes”.

Conforme o diretor do Centro Sócio-Econômico da UFSC, professor Ricardo José Araújo Oliveira, ao longo de 20 anos em que atua a Ação Júnior vem provando que o ensino não pode e nem deve ocorrer estritamente no âmbito da sala de aula. Para ele, “o aprendizado posto em prática pelos alunos, com a orientação dos professores, faz com que todos cresçam”.

Na visão do fundador da Ação Júnior, professor Alexandre Marino Costa, a conquista de mais um prêmio representa o reconhecimento da empresa como importante agente de formação de novos consultores, estimulando o ingresso de alunos e o aprimoramento de todos que participam das atividades de gestão e consultoria na área sócio-econômica.

O diretor do CSE complementa que todos os envolvidos na Ação Júnior são beneficiados. “Ganham os alunos, pois percebem a aplicabilidade do aprendizado, ganham os professores porque interagem com o ambiente externo e, claro, por último, são beneficiados todos os clientes”.

Os projetos são realizados por consultores capacitados pela empresa e orientados por professores do Centro Sócio-Econômico da UFSC. Para a vice-presidente Tainá Crestani, ao assinar o projeto o professor dá credibilidade ao processo e o cliente recebe um serviço de qualidade, em tempo hábil, com custos reduzidos e de forma socialmente responsável.

A Ação Júnior presta consultorias nas áreas de Pesquisa de Opinião, Pesquisa de Mercado e Pesquisa de Clima Organizacional. Sua equipe atua também em serviços como Análise de Custos, Diagnóstico Organizacional, Plano de Cargos e Salários e Avaliação de Desempenho.

Mais informações: (48) 3721-9780 ou pelo site www.acaojr.com.br.

Por Celita Fortkamp / Jornalista da Agecom

Especial Pesquisa: UFSC desenvolve projeto para reduzir vibrações e ruídos em aeronaves

16/08/2010 12:34

Uma parceria entre a Empresa Brasileira de Aeronáutica e a Universidade Federal de Santa Catarina tem o objetivo de aumentar o conforto das pessoas que utilizam o transporte aéreo. Iniciado em 2006, o projeto investiga as vibrações e ruídos mais adequados para um passageiro durante o voo.

A equipe, composta por professores e alunos dos cursos de Engenharia Mecânica e de Fonoaudiologia, é responsável ao longo desses quatro anos pelos testes e análises dos resultados que orientam a Embraer sobre as características que o ambiente interno do avião deve ter para ser mais agradável para o passageiro.

Funcionários da empresa realizam reuniões semanais com o grupo da UFSC, através de teleconferências, e aplicam os resultados obtidos desde os primeiros anos da pesquisa. Foi a partir de 1995 que a universidade começou a parceria com a Embraer.

Simulação de voo

Os testes são desenvolvidos no Laboratório de Vibrações e Acústica da UFSC, através de uma simulação de voo. No segundo andar do setor, um interfone alerta que só é possível entrar com a permissão dos alunos. “As informações aqui são sigilosas”, brinca o professor Samir Gerges, coordenador do projeto e líder das pesquisas neste campo.

A equipe convida a comunidade para participar da simulação e contribuir com os testes. A experiência começa quando o participante entra no mock-up, um simulador de uma cabine de aeronave, modelo Embraer 145. O pedaço do avião tem escala real. O mestrando em engenharia mecânica, Júlio Alexandre Teixeira, fez o projeto de vibração da estrutura da cabine como ela é hoje.

Há dois anos no projeto, ele conta que antes a estrutura era de madeira e apoiada no chão, porque os testes ainda estavam na primeira etapa, a de conforto acústico. Agora, na segunda etapa, a estrutura é compatível para a simulação de conforto vibratório. As poltronas, antes de ônibus, foram substituídas por de aeronaves; o piso é de compensado naval, o que garante uma maior resistência e impermeabilidade, e não fica mais no chão – agora está sobre molas.

Tudo isso para que as vibrações reproduzidas na cabine sejam parecidas com as de um voo real. Há ainda uma próxima etapa, em que vibrações e ruídos serão testados em conjunto.

Dentro do simulador, o participante assiste a um vídeo com instruções sobre o teste, durante cerca de cinco minutos. Teixeira explica que esse período é fundamental para ambientar as pessoas e possibilitar compatibilidade nos resultados.

“As pessoas vêm de ambientes diferentes para realizarem nossos testes. Estiveram no carro, no ônibus ou vieram a pé. Esse tempo garante uma ambientação para que elas se adaptem ao mesmo estímulo, independente do que fizeram antes”.

A poltrona e o piso em que o participante se acomoda transmitem as sensações de vibração, programadas no computador. Tanto essas sensações, como os sons escutados através de um microfone, foram gravados em um voo real para, dentro da cabine, serem reproduzidos.

“Nessa etapa do projeto, utilizamos sempre o mesmo ruído, apenas a vibração é alterada”, confessa Ricardo Luís Schaefer, também mestrando em engenharia mecânica e bolsista do projeto.

Durante o teste, que dura em média 15 minutos, o participante qualifica o conforto de cada vibração a que é submetido. Para quem está colaborando com o estudo, a diversão termina assim que os testes são finalizados. Para os integrantes do projeto, as pesquisas continuam: é a vez de tratar as informações que cada pessoa forneceu.

De acordo com Schaefer, há duas partes da experiência ─ a física e a subjetiva. A primeira refere-se diretamente às vibrações estimuladas na cabine. A segunda, ao que os participantes sentiram quando foram submetidos a elas. O mestrando é responsável por identificar e ligar quais níveis dessas vibrações incomodam a “tripulação” para que, no futuro, essas deficiências da aeronave sejam corrigidas pela Embraer.

Parceria consolidada

O projeto tem previsão para continuar até setembro de 2011. Mas a colaboração com a Embraer vai além dessa data. “Temos várias pesquisas acontecendo simultaneamente, todas em parceria com a empresa”, diz o professor Gerges.

Uma delas estuda meios de diminuir o ruído externo causado pelas aeronaves. “A Embraer fabrica aviões pequenos, que voam nos centros das cidades, perto de residências”. O objetivo é reduzir a interferência na vida daqueles que residem nas proximidades de aeroportos. De olho no futuro, os pesquisadores do Laboratório de Vibrações e Acústica também têm planos para os próximos quatro anos, com o início de um outro projeto para minimizar o ruído causado pelos jatos.

Além de influenciar o bem-estar de quem viaja de avião, a parceira traz oportunidades para os alunos pesquisadores. “A empresa contrata estudantes que trabalham nesse projeto. Ela quer mão de obra qualificada”, comenta Gerges.

Mais informações:

Tel: 48-3234.4074 / Tel-Cel. (48) 9980.7484

E-mail: samir@emc.ufsc.br

Sites: www.gva.ufsc.br / www.ruido.ufsc.br / www.lari.ufsc.br

Por Claudia Mebs Nunes / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Fotos: Thaine Machado / Bolsista de Jornalismo na Agecom

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Capes homenageia o criador da área Interdisciplinar

16/08/2010 11:19

Luiz Bevilacqua é homenageado na Capes

Luiz Bevilacqua é homenageado na Capes

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) prestou homenagem no início deste mês, ao professor Luiz Bevilacqua, pioneiro e idealizador da área Interdisciplinar, que hoje compõe a grande área Multidisciplinar.

A área foi criada em 1999, quando Bevilacqua propôs à Capes a formação de uma comissão onde propostas de cursos que não se encaixassem no canônico do disciplinar pudessem ser consideradas.

A homenagem foi realizada durante a terceira semana da Avaliação Trienal, em que estiveram reunidos os consultores das áreas Ciências Biológicas I, II e III, Ecologia e Meio Ambiente, Biotecnologia, Ensino de Ciências e Matemática, Interdisciplinar, Materiais, Letras e Lingüística, Artes e Música, Zootecnia e Recursos Pesqueiros.

O presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães, que foi companheiro de Bevilacqua como consultor da avaliação da Capes em 1986, falou da importância do professor para a pesquisa brasileira. “Ele é uma pessoa que possui uma contribuição enorme para a pós-graduação, que viveu para o avanço do conhecimento e honrou a ciência e a tecnologia no país”, afirmou.

Para o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Pedro Pascutti, a tarefa de Bevilacqua é visionária. “Ele se esforçou para que as disciplinas olhassem por cima de seus muros e conversassem com suas vizinhas sobre interesses comuns. Hoje, essas barreiras não são mais tão altas assim”, explicou Pascutti, que também é coordenador adjunto da área Interdisciplinar.

Cooperação

Na ocasião da cerimônia, o homenageado Luiz Bevilacqua aproveitou para destacar a importância do trabalho coletivo da consolidação da área. “Isso tudo não se faz sozinho. Aceito a homenagem com muita emoção, mas sei que se trata de um trabalho coletivo. Uma pessoa pode dar a centelha, mas o fogo se faz com cooperação”, disse.

Com graduação em engenharia civil e doutorado em mecânica teórica e aplicada nos Estados Unidos, Luiz Bevilacqua projetou as tubulações das usinas nucleares de Angra dos Reis e coordenou a criação dos Moinhos de Bola para Vale do Rio Doce. Atualmente, trabalha na modelagem de sistemas biológicos e sociais como o espalhamento da malária e a dinâmica populacional do pirarucu. Também desenvolve uma teoria com aplicações em processos bioquímicos no espaço intracelular do cérebro.

Indagado sobre a capacidade de se envolver com tantos projetos diferentes, Bevilacqua mais uma vez demonstra humildade. “Eu não sabia que tinha sido tanta coisa”, desconversa.

Área interdisciplinar

A grande área Multidisciplinar conta com quatro áreas de avaliação: Interdisciplinar; Ensino de Ciências e Matemática; Materiais; e Biotecnologia. A área Interdisciplinar é, de acordo com o diretor de Avaliação, Livio Amaral, a área do conhecimento que mais tem crescido nos últimos anos. Hoje são 80 consultores para avaliar os mais de 200 programas existentes, além de mais de 220 propostas de cursos novos que deverão ser julgadas até o fim do ano.

Para o professor Roberto Pacheco, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), vários fatores convergem para explicar esse crescimento. “Entre eles, vale enumerar o aumento da consciência de que para solucionar uma série de questões de importância social e econômica é preciso uma convergência de disciplinas e a criação de espaços científicos pra esses novos saberes”.

Segundo a professora da UnB, Sônia Nair Báo a Área Interdisciplinar possui uma vantagem para novos grupos de pesquisa, pois “permite que grupos que ainda não tem uma densidade consigam se agregar e crescer”. A professora explica que muitas instituições conseguiram decolar e implantar a pós-graduação a partir de associações.

O coordenador da área durante a avaliação trienal, professor Arlindo Philippi Junior, explica que a análise de cursos de pós-graduação interdisciplinares é focada no processo e no método interdisciplinar de produzir o conhecimento. Estes fatores são aplicados a todas as áreas do conhecimento no processo de avaliação.

Para Philippi Junior, o conhecimento interdisciplinar traz uma diversidade positiva ao conhecimento científico. “Os métodos e processos interdisciplinares geralmente inserem certas criatividades e determinadas inovações na forma como o problema é identificado. Por meio da interação de diferentes olhares disciplinares se permite a identificação de soluções mais apropriadas”, disse.

Para saber mais sobre a grande área Multidisciplinar, acesse a tabela áreas do conhecimento e os documentos da área interdisciplinar.

Multidisciplinaridade

Ex-reitor da Universidade Federal do ABC, Bevilacqua foi secretário-executivo do Ministério de Ciência e Tecnologia e presidente da Agência Espacial Brasileira, além de possuir uma história especial com a Capes: em 1999, como consultor da avaliação, Bevilacqua sugeriu à Fundação que criasse uma comissão para avaliar aqueles cursos que não se encaixavam na divisão tradicional de disciplinas.

Surgia, então, o Comitê Multidisciplinar, hoje responsável pela grande área do conhecimento que mais cresce na Capes. Somente este ano mais de 200 propostas de novos cursos de pós-graduação interdisciplinares foram recebidas pela Capes.

Leia entrevista com Bevilacqua:

– O senhor foi responsável por sugerir a criação de um Comitê Multidisciplinar. De que maneira o senhor analisa o desenvolvimento da área?

Em 1999, havia a indicação de novos rumos para o conhecimento científico, o desenvolvimento de vários setores que não estavam dentro da divisão tradicional disciplinar. Começamos a observar que a ciência não poderia caminhar sem levar em conta esse tipo de produção de conhecimento. Nesse contexto, considero fundamentais dois fatores: o aumento da capacidade de observação e da capacidade de cálculo, com a computação. A partir dessa associação surgiram diversas áreas que exploravam facetas do conhecimento que não estavam dentro apenas de uma disciplina. Então começamos a área multidisciplinar com interações no âmbito da engenharia, da matemática e das ciências exatas. Hoje, vemos uma verdadeira explosão desse tipo de associação, avançamos para todos os espectros do conhecimento. Destaco uma delas, o estudo do meio ambiente, que acredito deva se tornar uma área própria do conhecimento muito em breve. E as ciências ambientais são, por natureza, interdisciplinares, devem juntar conhecimentos biológicos, econômicos, sociais, etc.

– Na época o senhor já previa esse grande desenvolvimento?

Tenho visto que as áreas disciplinares têm dificuldade de incorporar o conhecimento multidisciplinar. As áreas tradicionais começam a se fechar e assim o que vemos é uma sobrecarga nas áreas interdisciplinares. Vejo esse fato com muita preocupação, já que isso foi o inverso do que esperávamos há dez anos. A expectativa quando criamos o Comitê Multidisciplinar era que nossa tarefa teria acabado em cinco anos. Pensávamos que as outras áreas disciplinares iriam incorporar o conhecimento interdisciplinar, mas não foi isso que aconteceu nos departamentos de pós-graduação. Felizmente, muitos pesquisadores têm buscado trabalhar com esse novo viés. Gosto da imagem de que a ciência caminha com vários poços disciplinares, mas que possuem suas limitações. A interdisciplinaridade seria um túnel que comunica os poços tradicionais e permite outras e novas escavações. Dessas interações teremos novos arranjos disciplinares e daí sairá o conhecimento no futuro.

– O arranjo deveria ser alterado, então?

O arranjo disciplinar é fruto da organização da universidade em departamentos, e para mim esse é um arranjo falido. A nova universidade deve sair dessas gavetas e se abrir. Talvez seja difícil conceber uma interação entre as disciplinas de todas as naturezas, mas podemos conceber grandes centros de pesquisa, que abarquem todas as ciências da natureza, ou todas as humanidades. A parte das engenharias não deveria estar segmentada, deveríamos falar de engenharias, assim, no geral. Os estudantes não deveriam entrar na universidade já escolhendo profissões. São eles que devem escolher o próprio destino. Estamos numa era de avanço e de valorização do conhecimento, não podemos nos fechar, devemos é abrir, sem medo de arriscar. Está na hora de pensar a universidade com outra função.

– O senhor participa como consultor da avaliação da Capes há mais de 20 anos. Como o senhor vê os rumos da Avaliação?

A avaliação da pós-graduação empreendida pela Capes avançou e melhorou muito. Há vinte anos fazíamos uma avaliação anual dos cursos, mas não se pode exigir uma produção ano a ano dos pesquisadores como máquina. Naquela época o foco era o mestrado, com produção mais curta e prazos menores. Hoje, nos centramos no doutorado, com um prazo produtivo mais demorado, mas mais aprofundado. Nos anos 80, tínhamos uma meia dúzia de cursos e todo mundo se conhecia. Hoje o trabalho é enorme, o sistema cresceu muito e temos uma nova realidade. Por isso vejo com bons olhos a busca da Capes em adaptar a avaliação aos novos tempos. Acredito que devemos continuar dando mais peso a análise qualitativa. A opinião de consultores após visita presencial aos cursos deve ser cada vez mais importante, pois a visitação permite captar aspectos que algumas vezes escapam aos números. A avaliação do conhecimento não pode ser baseada apenas em produtividade numérica. Às vezes uma pessoa que publicou apenas dois artigos em um ano consegue trazer mais avanços para o conhecimento científico do que uma pessoa que publica dez artigos por ano.

– O senhor começou a carreira como engenheiro civil, estudou mecânica e matemática aplicada e hoje se ocupa do estudo de processos biológicos e dinâmicas populacionais. Além disso, já foi reitor e secretário-executivo do Ministério de Ciência e Tecnologia. O senhor vê a sua carreira na ciência como uma experiência Multidisciplinar?

Eu sempre fui atraído por desafios, e muitas das coisas que me aconteceram foram fortuitas. Quando me formei não havia pós-graduação em engenharias no país. Na primeira oportunidade, fui me dedicar ao desafio do ensino e da pesquisa. Fiz um doutorado nos Estados Unidos e fui exposto à matemática aplicada que ampliou meus horizontes. Comecei a me dedicar à área da mecânica, onde me atraiam uma série de desafios. Por uma série de circunstâncias, recentemente me foi solicitado o trabalho de modelagem de ecossistemas, o que me fez entrar em contato com biólogos. Posso até não ter uma produção tão extensa quanto aqueles cientistas que se focam em uma área por toda vida. Minha produção caminha ao passo que me dedico a diferentes aspectos do conhecimento. Sempre apostei na interação como o caminho correto da ciência.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Capes

Terça, 10 de Agosto de 2010 16:25

Abertas inscrições para apresentações artístico-culturais na 9ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC

16/08/2010 10:33

Fotos: Agencia Ensaio Fotojornalismo

Fotos: Agencia Ensaio Fotojornalismo

Estão abertas até 27 de agosto as inscrições para apresentações artísticas na 9ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC — o principal evento de divulgação científica de Santa Catarina. A SEPEX será realizada de 20 a 23 de outubro, no campus da UFSC no bairro Trindade, em Florianópolis. O encontro integra a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, promovida pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

Como tem acontecido nos outros anos, o DAC, Departamento Artístico Cultural da UFSC, está envolvido na coordenação da programação artística e cultural da SEPEX. Os organizadores reforçam o convite a todos os coordenadores de projetos institucionais para que realizem apresentações no palco da 9ª SEPEX, que será montado sob o pavilhão de lona do evento, diante da reitoria.

Como na última edição do evento, além das apresentações de projetos da UFSC, ou de artistas e grupos da comunidade em geral que estejam envolvidos em projetos da Universidade, também poderão se apresentar alunos, professores e funcionários técnico-administrativos que desenvolvem atividades artísticas compatíveis com a apresentação no palco do evento.

Além do palco sob a lona, a UFSC disponibilizará equipamento básico de som aos participantes. As apresentações artísticas na SEPEX deverão acontecer de manhã, à tarde e no começo da noite, menos no sábado, quando o evento terminará à tarde.

Oportunamente o DAC entrará em contato para selecionar as atividades e montar a grade de programação.

Orientações para inscrições:

Os interessados devem fazer o pedido de inscrição até o dia 27 de agosto, pelo e-mail sepexartistico@reitoria.ufsc.br, encaminhando:

1) uma breve descrição do que pretendem apresentar, e que deverá ser compatível com o palco do evento, ou com o seu entorno;

2) um breve currículo do projeto e do coordenador responsável pela ação;

3) uma foto digitalizada para divulgar a atividade, com boa qualidade estética e boa resolução;

4) e-mail e telefone para contato;

5) mencionar os possíveis dias e períodos disponíveis para a apresentação;

6) mencionar o tipo de equipamento necessário, como toca CD, microfone etc.

Serviço:

O QUÊ: Inscrições de apresentações artístico-culturais da UFSC para o palco da 9ª SEPEX, que ocorrerá de 20 a 23 de outubro.

QUANDO: Inscrições até 27 de agosto de 2010

ONDE: Pelo e-mail sepexartistico@reitoria.ufsc.br

Saiba mais sobre a 9ª SEPEX pelo site www.sepex.ufsc.br

Fonte [CW] DAC–SeCArte–UFSC

Leia também:

Abertas inscrições para cadastro de estandes na nona edição da Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC

Abertas inscrições para 2ª Feira do Inventor da UFSC

Inscrições para cursos oferecidos pelo Programa Vitrine Cultural devem ser feitas nesta segunda-feira

16/08/2010 09:45

Estão abertas na UFSC as inscrições para novos cursos oferecidos pelo Programa Vitrine Cultural. Os cadastros devem ser feitos nesta segunda, 16/8, a partir das 13h, no segundo piso do Centro de Cultura e Eventos, por ordem de chegada. A idade mínima para participar é de 18 anos. As aulas são gratuitas, sendo que o participante deve colaborar com o material para uso individual.

No semestre 2010/2 serão oferecidos minicursos de artesanato com papel; artes aplicadas; técnicas básicas de tecelagem manual; arte com material reciclado; mosaico; bijouteria para iniciantes; crivo para iniciantes; pintura em madeira e recuperação de pequenos móveis, além de cartonagem.

O Projeto Vitrine Cultural é oferecido pela UFSC por meio do Departamento de Cultura e Eventos, em parceria com a Associação Amigos do Hospital Universitário.

As atividades iniciaram em 2005 e mais de mil pessoas já foram atendidas com aulas gratuitas direcionadas à capacitação em diversas técnicas artísticas. A cada semestre são abertas 10 turmas em horários alternados, para contemplar diferentes públicos.

O projeto foi criado com o objetivo de colaborar com a geração de renda complementar para os participantes. Mas as avaliações mostram que a iniciativa traz também benefícios em relação à qualidade de vida e autoestima dos alunos. No final de cada semestre é realizada uma exposição com os trabalhos desenvolvidos nas oficinas.

Opções no segundo semestre de 2010:

Artesanatos com Papel (Origami) – vagas: 18

Segundas, 18h30min às 21h30min / de 23/08 a 13/12

Artes Aplicadas Diurno – – vagas: 10

Terças, das 9h às 12h / de 24/08 a 14/12

Técnicas Básicas de Tecelagem Manual em Tear de Pente Liço – nº vagas: 09

Terças, 14h30min às 17h30min / 24/08 a 14/12

Artes Aplicadas Noturno – vagas: 10

Terças, das 18h30min às 21h30min, de 24/08 – 14/12

Artes com Material Reciclável vagas: 13

Quartas, das 14h30min às 17h30min, de 25/08 – 15/12

Mosaico – vagas: 13

Quartas, 18h30min às 21h30min / 25/08 a 08/12

Bijouteria para Iniciantes vagas: 10

Quintas, das 9h às 12h / 26/08 a 16/12

Crivo para Iniciantes vagas: 10

Quintas, 14h às 17h / 26/08 a 16/12

Pintura em Madeira e Recuperação de Pequenos Móveis – vagas: 13

Quintas, 18h30min às 21h30min / 26/08 a 09/12

Cartonagem (Carton Mousse) – vagas: 13

Sextas, das 9h às 12h / 27/08 a 17/12

Orientações para inscrições:

– Dia: 16/08/2010

– Hora: a partir das 13h até o preenchimento das vagas; o critério a

ser utilizado é a ordem de chegada dos interessados.

– Local: Hall do Centro de Cultura e Eventos – 2º piso

– Idade mínima: 18 anos

– Documentos necessários: qualquer documento com fotografia e CPF

– Forma de Inscrição: presencial

– Cada pessoa poderá se inscrever em apenas 1 (um) minicurso

– Uma pessoa poderá fazer até 1 (uma) inscrição para outra pessoa, apenas mediante procuração para esse fim, indicando o nome, o número da carteira de identidade e CPF do candidato e o nome do minicurso desejado. Deverá também apresentar cópia do documento de identidade do candidato, indicado na procuração.

Quem não pode se inscrever:

a. quem frequentou o mesmo minicurso em semestres anteriores;

b. quem desistiu, sem justificativa, de qualquer minicurso em

semestres anteriores.

Outras informações pelos telefones (48) 3721-4768 e 3721-8602 ou pelo site www.eventos.ufsc.br.

“Renault Experience” mostrará aos universitários da UFSC como um automóvel sai do papel para chegar às ruas

16/08/2010 09:24

Em vez de teorias acadêmicas, o contato com experientes profissionais da indústria automobilística. No lugar da sala de aula, um espaço interativo, aberto a discussões sobre o desafio de produzir e vender um novo automóvel. Assim é o “Renault Experience”, que chega, nos dias 17 e 18 de agosto, à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis.

Neste período, os alunos darão um tempo na rotina escolar para mergulharem no mundo da Renault por meio de palestras e workshops do “Sandero Story”, que conta, a partir de um exemplo prático e real, os bastidores do desenvolvimento e comercialização do primeiro automóvel concebido pela marca fora do continente europeu.

Alunos de 27 cursos da UFSC devem participar das atividades multidisciplinares que o “Renault Experience” oferecerá, principalmente jovens das áreas de Engenharia, Comunicação, Marketing, Design e Administração. Entre os vários bate-papos que os profissionais da Renault do Brasil terão com os participantes do “Renault Experience” na UFSC, destaque para o minucioso processo de definição de um novo produto para o mercado brasileiro, que apresentará as principais pesquisas e aspectos levados em consideração para a escolha de um modelo e a sua adequação ao público consumidor – lista de equipamentos de série e opcionais, opções de cores e motorizações, níveis de acabamento, entre outros.

Palestra sobre o trabalho transversal realizado pelos profissionais de diferentes áreas da empresa, tais como design, engenharia e produção, será mais um dos temas debatidos no “Renault Experience”. Essa apresentação sintetizará o envolvimento e a ampla colaboração de profissionais dos mais variados departamentos da Renault no desenvolvimento e na produção de um modelo, no caso o Sandero, que atenda plenamente ao perfil e exigências do cliente brasileiro, além da preocupação contínua com os processos de fabricação e logística.

Entre os executivos palestrantes estão: Alain Tissier, Antonio Calcagnotto, Bruno Hohmann, Marc Barral e Marcelo Soares, todos experientes profissionais da Renault do Brasil.

Workshops também fazem parte da programação do “Renault Experience” na UFSC. Desta vez, haverá atividades sobre seis diferentes temas: “Design”, com Vincent Pedretti; “Qualidade”, com Ricardo Anders; “Processo de Fabricação”, com Marcelo Soares; “Meio Ambiante”, com Valdini Lopes; “Recursos Humanos”, com Ana Paula Camargo; e “4 P’s do Marketing”, com Bruno Hohmann.

Piloto por um dia

O “Renault Experience” chega com emoção na grade curricular da UFSC. Quatro dos participantes poderão pilotar um Mégane Sedan de competição na pista do Autódromo de Interlagos, em São Paulo (SP), com o concurso “Piloto por um dia”.

Para participar, os universitários terão que responder um pequeno questionário e criar uma frase criativa. Quatro dos estudantes que responderem corretamente à questão e criarem as melhores frases passarão um dia no “Centro Pilotagem Roberto Manzini by Renault”, comandado pelo ex-piloto e instrutor Roberto Manzini, aprendendo técnicas de pilotagem.

O curso terá aulas teóricas e práticas, nas quais os alunos sentirão a emoção vivida por um piloto profissional, aprendendo noções que vão da postura correta ao volante ao uso eficiente dos freios, sempre obedecendo a normas internacionais de segurança. Os participantes receberão, na ocasião, vestimenta específica, como macacões, capacetes, luvas e balaclavas.

Nota 10 em participação

A primeira edição do “Renault Experience” foi realizada em agosto de 2009 na Universidade Católica do Paraná (PUCPR), em Curitiba. O evento já passou também por Campinas (PUC) e Porto Alegre (ESPM-RS), com a participação de mais de 5 mil alunos.

O slogan do projeto “A Renault dentro da universidade, você por dentro da Renault” faz uma referência à iniciativa da marca de levar a sua experiência para as escolas, permitindo assim, que os estudantes conheçam melhor o dia a dia da Renault do Brasil, seus produtos, suas fábricas e esta marca cada dia mais brasileira.

No endereço www.rexperience.com.br, os universitários poderão fazer suas inscrições para as atividades e obter mais informações sobre o evento.

Encontro com a imprensa: dia 18 de agosto, às 11h, no Auditório do Campus Reitor João David Ferreira Lima, no bairro Trindade, Florianópolis. Confirmar presença com Adriana Costa: (11) 2184-9420/8328 ou e-mail adriana.costa@renault.com.

Programação “Renault Experience” – “Sandero Story”:

* Local: Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

* Endereço: Campus Reitor João David Ferreira Lima, Trindade, Florianópolis.

* Datas:

– 17 de agosto: palestra (8h30 às 22h)

– 18 de agosto: palestra (7h30 às 11h50); wokshops (a partir das 14h).

Informações: (48) 3721-9340 ou giorgio@ctc.ufsc.br.

Disciplina ´Orientação e Planejamento de Carreira` tem vagas para alunos de graduação

16/08/2010 09:20

Ainda há vagas para a disciplina PSI 5910 – Temas em Psicologia – orientação e planejamento de carreira, direcionada aos formandos de qualquer curso de graduação, que tenham cumprido acima de 2.000 horas/aula. A disciplina é ofertada pelo Departamento de Psicologia e pelo Laboratório de Informação e Orientação Profissional (LIOP), com o apoio da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (PREG), através da sua Coordenadoria Geral de Estágios.

O objetivo é auxiliar o acadêmico na elaboração de seu plano de carreira e a se preparar para o mercado do trabalho, identificando valores, interesses, habilidades e prioridades individuais. A disciplina incentiva também a reflexão sobre as transformações do mundo do trabalho e as novas exigências de perfil do trabalhador. A partir das aulas o estudante é levado a planejar e preparar meios de organização e inclusão no mercado de trabalho, a debater sobre os processos de recrutamento e seleção – currículo dinâmica de grupo e entrevista, networking, a cultura e classificação das empresas. Temas como empreendedorismo, empregabilidade, direito do trabalho e previdência social também são abordados. A meta é trabalhar o planejamento de carreira como possibilidade de um projeto de realização pessoal e profissional.

As aulas trazem conhecimentos teóricos e práticos, além de dinâmicas de grupo em sala de aula, onde a troca com outros cursos favorece a apreensão de novos conhecimentos sobre as profissões e possibilidades de atuação profissional.

Todos os conteúdos e atividades são planejados para atender aos alunos de diferentes cursos de maneira equilibrada. Estão disponíveis seis turmas, nas terças-feiras (16h20 e às 18h30), nas quartas-feiras (10h10 e às 16h20) e nas quintas-feiras (16h20 e às 18h30), com carga horária de duas horas semanais.

Os alunos interessados devem efetuar a matrícula da disciplina PSI 5910 – Temas em Psicologia: Orientação Profissional e Planejamento de Carreira.

Mais informações com a professora Cláudia Basso pelo e-mail claudiabassopsi@hotmail.com.

Especial Pesquisa: UFSC colabora com planejamento e execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar

16/08/2010 09:03

A cada 100 estudantes avaliados em Santa Catarina, 21, cerca de um quinto, têm características de sobrepeso ou obesidade. Estudo realizado a partir de uma amostragem de 4.964 alunos entre 6 e 10 anos, matriculados em 345 escolas do ensino fundamental, revela prevalência de 15,4% de sobrepeso e de 6% de obesidade. A avaliação foi realizada entre junho de 2007 e maio de 2008, com dados analisados e publicados na Revista Brasileira de Epidemiologia em 2009.

Os índices são próximos aos encontrados em estudos internacionais, que trazem 14,3% de sobrepeso e 3,8% de obesidade para a França; 15,5 e 4,3% para Alemanha. Dados mais elevadas foram encontrados no México (28,1 de sobrepeso e 13,7% de obesidade) e Portugal (23 e 12,6%).

Nutricionistas e acadêmicos dos cursos de graduação e de pós-graduação em Nutrição da UFSC formaram a equipe responsável pela avaliação em Santa Catarina. Para o grupo, os dados evidenciam que o sobrepeso e a obesidade atingem tanto países desenvolvidos quanto em desenvolvimento, confirmando uma epidemia global que se torna uma das preocupações no campo da saúde pública.

O estudo que busca sub­sidiar programas de promoção da saúde e ações para prevenção e redução do sobrepeso e da obesidade foi desenvolvido a partir de uma das ações do Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar de Santa Catarina (Cecane/SC).

O Centro foi criado em 2007, em uma parceria entre a UFSC e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). “O objetivo é colaborar com a formação de agentes envolvidos no planejamento, gestão e execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) no Estado de Santa Catarina”, explica o professor do Departamento de Nutrição da UFSC, Francisco de Assis Guedes, coordenador geral do Cecane/SC.

Além de desenvolver projetos de pesquisa na área de alimentação e nutrição, a equipe oferece apoio técnico e assessoria aos municípios catarinenses no planejamento, gestão e execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar.

Também realiza atividades de extensão. Em 2008 e 2009 o Cecane/SC capacitou 850 pessoas envolvidas com a alimentação escolar: 528 merendeiras, 47 nutricionistas, 230 conselheiros da alimentação nas escolas e 45 profissionais da educação. Foram realizados 12 cursos, seminários ou oficinas. A equipe desenvolve ainda o Projeto Creches Saudáveis, direcionado à educação em saúde, alimentação e nutrição nas Unidades de Ensino Infantil de Florianópolis.

Três projetos de pesquisa já foram desenvolvidos. Um deles buscou avaliar o cumprimento da Lei das Cantinas. O grupo também avaliou a atuação dos Conselhos de Alimentação Escolar e os modelos de gestão do PNAE no Estado.

Em 2010 Centro está envolvido com capacitações nas regiões de Maravilha, Rio do Sul, Concórdia e Videira, atingindo cerca de 500 pessoas, entre nutricionistas, conselheiros de alimentação escolar, merendeiras, profissionais da educação e agricultores familiares. Sua equipe também leva assessoria técnica a 44 municípios e desenvolve uma pesquisa sobre a utilização de alimentos orgânicos e da agricultura familiar na alimentação escolar em Santa Catarina.

Mais informações: Com o professor Francisco de Assis Guedes / fguedes@ccs.ufsc.br / (048) 3226-5119.

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Leia outras matérias de pesquisa:

– Técnica pioneira testada na UFSC “silencia” vírus da mancha branca que afeta os camarões

– Ministério da Ciência e Tecnologia aprova R$ 8,9 milhões para laboratórios e equipamentos de pesquisa na UFSC

– UFSC desenvolve estudo sobre conservação da araucária e uso sustentável do pinhão

– Tese gera fundamentos para regulamentação do uso da bracatinga, espécie nativa da Mata Atlântica

– Tese comprova potencial do “asfalto de borracha”

– Método de controle da gordura trans desenvolvido na UFSC é premiado

– Projeto do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos valoriza derivados da abóbora

– Estudo traça perfil de jogadores brasileiros que foram para grandes times de outros países

– Tese mostra que fazendas produtoras de madeira de reflorestamento podem colaborar com recomposição da fauna e flora

– UFSC constrói centro avançado de petróleo, gás e energia no Sapiens Parque

– Estudo sobre trabalho doméstico recebe menção honrosa no Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero

– UFSC amplia estrutura laboratorial para monitoramento de ambientes aquáticos

2º Seminário de Pesquisa em Educação a Distância será realizado na UFSC

13/08/2010 17:17

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IF-SC) realizará, nos dias 4 e 5 de outubro, o 2º Seminário de Pesquisa em EAD: experiências e reflexões sobre as relações entre o ensino presencial e a distância (2º SePEaD). O evento, que acontecerá nas dependências do Centro Sócio-Econômico (CSE) da UFSC, tem como público-alvo todos os docentes e discentes da UFSC e do IF-SC, especialmente os que trabalham com EAD. O 2º SePEaD também será aberto a participação de pesquisadores e agentes docentes da educação a distância de todo o país.

O evento objetiva fomentar a discussão de um processo em andamento, que é o da utilização crescente dos ambientes virtuais de ensino e aprendizagem (Moodle) na educação presencial e, em paralelo, o envolvimento cada vez maior dos professores presenciais nos cursos a distância.

O 2º Seminário de Pesquisa em EAD terá espaço para reflexão e apresentação de experiências de duas formas: 1) mesas com convidados palestrantes; 2) exposição de pôsteres, com inscrições abertas para a participação de toda comunidade acadêmica, interna e externa à UFSC. As normas e prazo (até 23 de agosto) de submissão dos pôsteres podem ser encontrados no site da EAD/UFSC no site da EaD.

Para participar, os interessados devem se inscrever através do site http://ead.ufsc.br/inscricoes-2-sepead/ e efetuar um depósito no valor de R$ 25 para uma das instituições de caridade sugeridas. O comprovante de depósito deverá ser entregue na Coordenadoria de EaD da UFSC, no piso térreo do prédio da pós-graduação do CSE, ou enviado por e-mail para o endereço ead@ead.ufsc.br juntamente com o nome e o CPF do participante.

O 2º SEPEaD integra as atividades do Programa Anual de Capacitação Continuada da UAB (PACC2010), e é uma realização da Coordenação Universidade Aberta do Brasil da UFSC e do IF-SC, promovida pela UAB/Capes, que conta com o apoio da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (PREG).

Informações: (48) 3721-8325

História do Sintufsc é destaque da TV UFSC

13/08/2010 16:50

O documentário sobre o Sindicato dos Trabalhadores da UFSC (Sintufsc) estreia no programa Memória da UFSC, sábado, 14/8, às 21h30, e integra a programação em homenagem aos 50 anos da universidade.

O vídeo traz momentos marcantes e depoimentos de pessoas que passaram pelo Sindicato, entidade que nasceu da Associação dos Funcionários da UFSC, criada em 1969.

No domingo, 15/8, a programação especial continua na TV UFSC, que exibe, às 21h30, o programa “Eu faço parte dessa história”, com Pedro Araújo, superintendente da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu). Professor aposentado da UFSC, Pedro Araújo entrou na Universidade em 1969, como aluno do Curso de Administração.

A TV UFSC é sintonizada no canal 15 da NET. Mais informações pelo telefone (48) 3952-1942, site www.tv.ufsc.br. Novidades e programação também pelo twitter.com/tv_ufs.

Educação do Campo da UFSC tem vestibular neste domingo

13/08/2010 15:46

Ostentando um índice de candidatos por vaga considerado alto entre as licenciaturas – 5,68 – o curso de Educação do Campo da UFSC realiza neste domingo, das 14h às 18h, seu concurso vestibular. Os 284 candidatos – além de outros 42, que realizam o concurso por experiência – disputam as 50 vagas em cinco cidades: Florianópolis, Araranguá, Canoinhas, Chapecó, Curitibanos e Joinville. As provas são de Conhecimentos Gerais (20 questões objetivas), Língua Portuguesa (10 questões também objetivas) e Redação.

Oferecido desde 2009, o curso é um dos 13 em todo o Brasil que se debruça exclusivamente sobre o estudar e o viver no campo. “Não pensamos só na escolarização, mas também em estimular a reflexão a respeito das condições de vida no meio rural, a fim de se promover melhorias”, explica a professora Beatriz Collere Hanff, coordenadora do curso.

A preocupação é urgente. “O que mais se planta no Brasil? Cana-de-açúcar, soja e milho: esses produtos não são a base da nossa alimentação. Precisamos mostrar aos que trabalham na agricultura familiar, responsáveis por cultivar feijão, arroz, legumes e frutas, que é possível viver da terra”, defende a professora.

Os aprovados devem ser preferencialmente das regiões rurais – mais uma forma de evitar a evasão do campo – ou ter disponibilidade para cumprir os oito semestres no que se convencionou chamar de Pedagogia da Alternância: as semanas letivas são divididas entre o Tempo-Universidade e o Tempo-Comunidade, que conciliam teoria – no campus da UFSC, em Florianópolis – e prática – na comunidade rural apontada pelo aluno. A licenciatura formará professores que podem atuar no ensino fundamental e médio nas áreas de Ciências da Natureza e Matemática, e Ciências Agrárias.

A Pedagogia da Alternância prevê que depois da primeira parte teórica o estudante siga para o campo e comece a segunda etapa do semestre, dando início ao diagnóstico da comunidade – momento no qual analisa cinco itens: produção agrícola, meio ambiente, políticas públicas, sujeitos e educação.

Em seguida, o aluno volta para a universidade, aprofunda conhecimentos e retorna à comunidade para completar o diagnóstico. Ao final de cada semestre ocorre a elaboração de relatório – que contempla a organização dos dados coletados e seu cruzamento com a teoria vista em sala de aula. No decorrer do curso o estudante busca a elaboração – com a cooperação de órgãos como prefeitura e Secretaria de Educação, além de movimentos sociais e da própria comunidade – de planos de ação coletivos.

O curso vem combatendo algo que se tornou mais comum nos últimos 15 anos: a nucleação – o fechamento de escolas rurais e o deslocamento de alunos para as escolas das cidades, que traz como consequência a formação desses indivíduos para o meio urbano. “O problema é que a escola não funciona apenas como referencial de certificação, mas principalmente como ponto de difusão de cultura: é nesse ambiente que as mães se reúnem, os eventos da comunidade são organizados e as informações são socializadas”, esclarece Beatriz.

O curso acaba indo além da graduação e mesmo da vontade de se estimular a permanência no campo com qualidade de vida. A coordenadora exemplifica: “Um de nossos alunos verificou que a comunidade onde trabalhava contabilizava sete escolas rurais, de acordo com a prefeitura. Depois do estudo, a própria prefeitura constatou que esse número era bem maior: 14 eram os estabelecimentos voltados para o ensino às crianças e adolescentes do campo. Esse reconhecimento sócio-político faz toda a diferença, tanto por se valorizar mais as pessoas e a cultura provenientes do meio rural quanto em relação ao repasse das verbas”.

Informações: Coperve – 3721-9200, www.vestibular2010.ufsc.br/educacaodocampo ou com a professora Beatriz Hanff: 3721-9905.

Por Cláudia Schaun Reis/ Jornalista na Agecom

Atlas Ambiental da Bacia do Rio Araranguá será lançado na segunda-feira

13/08/2010 10:53

Dados do IBGE mostram que a área explorada com rizicultura na Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá passou de 25 mil hectares em 1980 para 58 mil em 2004. Nesse período, a produtividade passou de 2,8 toneladas por hectare para 8,7 toneladas por hectare.

A expansão da rizicultura foi estimulada por um pacote tecnológico complexo e “fechado”, sem contemplar possibilidades de alteração nas tarefas mecânicas, nos tipos de dosagem dos insumos. Nessa sistemática, o aplainamento do terreno favorece a impermeabilização e impede que outros cultivos sejam explorados na entressafra. O solo fica exposto na maior parte do ano, o que facilita o transporte de material para os rios nas chuvas intensas. Agrotóxicos e fertilizantes são aplicados em grande quantidade, o cultivo exige grandes volumes de água.

O carvão que propiciou a transformação de Criciúma em um importante pólo regional é outro conflito ambiental na região da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá. Sua exploração traz sérias consequências para a saúde pública, especialmente para trabalhadores da mineração, justificando a classificação da região carbonífera de Santa Catarina como uma das 14 áreas mais críticas do país em termos de poluição ambiental.

Estes impactos estão entre os assuntos abordados no Atlas Ambiental da Bacia do Rio Araranguá, publicação que será lançada na segunda-feira, 16 de agosto, nas cidades de Araranguá e Criciúma. A apresentação acontece às 9h30min no campus da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), em Criciúma. Em Araranguá o lançamento será realizado às 14h30min, no auditório Célia Belizário.

“É um conjunto de informações que pretende servir como subsídio para todos os interessados na complexa tarefa de informar, sensibilizar e formar os cidadãos da bacia para a gestão sustentável da água e do meio ambiente”, destaca o coordenador geral da publicação, o professor do Departamento de Geociências da UFSC, Luiz Fernando Scheibe.

Em 64 páginas ricamente ilustradas com fotos, ilustrações, mapas e gráficos, o atlas aborda temas como a formação da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá, seus subsistemas, clima, vegetação, águas superficiais e subterrâneas. Além disso, traz textos que discutem o uso da terra, a agricultura, os ciclos produtivos na região – caso da rizicultura e carvão, contemplados em capítulos especiais.

“Somente uma visão integradora da dinâmica de todos os processos físicos e socioeconômicos atuantes na bacia pode levar a uma participação efetiva comunitária, que não privilegie os problemas particulares de cada um, mas que com base no conhecimento busque soluções compartilhadas e solidárias, compatíveis com a melhor qualidade de vida par a todos”, destacam os organizadores, Luiz Fernando Scheibe, Maria Dolores Buss e Sandra Maria de Arruda Furtado.

Publicado pela Editora Cidade Futura, o atlas é resultado de pesquisas realizadas por professores e estudantes da UFSC, em parceria com a Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), com apoio do CNPq, Capes e antiga Funcite (hoje Fapesc). A sistematização dos dados oferece informação técnica e científica para orientar processos de tomada de decisão por parte de gestores e da população, em processos participativos como os Comitês de Gerenciamento de Bacias Hidrográficas.

Ao final, o atlas traz uma relação das principais publicações relacionadas à bacia, com referências de livros, capítulos, artigos em periódicos científicos, artigos publicados em eventos, teses, dissertações e trabalhos de conclusão de curso

“Preparada com o intuito inicial de servir de subsídio para a gestão da água, a obra atinge e extrapola esse objetivo, vindo a constituir-se num verdadeiro compêndio de geografia, uma ferramenta preciosa para o estudo da realidade ambiental de uma da mais complexas e problemáticas bacias hidrográficas de nosso estado” destaca o presidente da Fapesc, Antônio Diomário de Queiroz.

O lançamento é uma promoção da UFSC, por meio de seu Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), Departamento de Geociências, Laboratório de Análise Ambiental, Laboratório de Geoprocessamento e Núcleo Cidadhis (Departamento de Arquitetura e Urbanismo).

Mais informações com o professor Scheibe: (48) 3721-8813 / scheibe@cfh.ufsc.br

Lançamento:

Data: 16/08/2010

Horários e Locais:

– 9h30min – Criciúma – Campus da Unesc – Bloco P, S.19

– 14h30min – Araranguá – Auditório Célia Belizária (centro).

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres da UFSC publica artigo na revista Com Ciência Ambiental

13/08/2010 10:05

A coordenadora de comunicação e informação do Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres (Ceped/UFSC), Sarah Chinchilla Cartagena, assina os textos do caderno especial Percebendo Riscos, Reduzindo Perdas, inserido na edição de maio da revista “Com Ciência Ambiental”. Em 10 páginas, ela aponta a realidade presente e ressalta a importância da mobilização da sociedade brasileira frente aos desafios das mudanças climáticas. Cerca de 250 milhões de pessoas são afetadas anualmente pelas consequências das alterações do clima, o que exige ações voltadas ao enfrentamento, adaptação e mitigação dos desastres.

Fruto de parceria firmada entre a Secretaria Nacional de Defesa Civil, vinculada ao Ministério de Integração Nacional, o Ceped/UFSC e a editora Lua Nova, o encarte tem a missão de “contribuir para a promoção da cultura de riscos e desastres no Brasil, e com ela construir uma gestão de riscos efetiva e atenta ao caráter horizontal e humanitário das tomadas de decisão”, segundo o supervisor do Ceped, Antônio Edésio Jungles. Conteúdo elaborado por pesquisadores, cientistas, líderes comunitários e outros profissionais serão publicados todos os meses, até agosto de 2011, na mesma revista.

Hoje, diz Sarah Cartagena, as pessoas são ao mesmo tempo afetadas pelos riscos e fabricantes deles, em permanente estado de alerta pelo fato de já não haver fronteiras ou limites para os desastres manifestarem a sua letalidade. O risco se define por um cálculo de probabilidade em funções de duas variáveis: ameaça e vulnerabilidade. É por isso que a mitigação e a prevenção de riscos de dão pela redução de ameaças, mas há uma questão a clarear em relação à atuação dos agentes públicos: “como definir, nesse contexto, estratégias e políticas em Defesa Civil?”

Atualmente, diz a articulista, a comunidade científica cobra das nações o compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, mas, paradoxalmente, “ainda falta consenso sobre as causas e consequências das alterações climáticas, não havendo concordância sequer entre aquecimento e resfriamento do planeta, além das dificuldades de colocar em prática acordos internacionais, como na COP15 (15ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas)”.

Papel dos cientistas – Um dado preocupante, que tem como fonte o relatório “The Right to Survive: the humanitarian challenge for the twenty-first century”, dá conta de que 250 milhões de pessoas são afetadas por desastres num ano, em média, e de que este contingente subirá para 375 milhões no ano de 2015. Se os números assustam, pior é a constatação de que as projeções pessimistas “já não contemplam um futuro distante, mas, sim, anos próximos”. A vulnerabilidade é maior, em algumas regiões do mundo, do que as guerras e outros tipos de ameaças, porque ela resulta de um conjunto de fatores extremamente graves, como a pobreza, a corrupção, a ganância e a indiferença política com essa situação.

No final, falando do quadro brasileiro, Sarah Cartagena atribui aos cientistas e pesquisadores um papel fundamental na busca de uma perspectiva mais animadora para o futuro: “À comunidade científica cabe investir em pesquisa e nutrir a sociedade de conhecimento técnico e especializado, matéria prima na definição das estratégias e políticas públicas, ao que a Secretaria Nacional de Defesa Civil vem amplamente incentivando com a criação de novos Centros Universitários de Estudos e Pesquisas sobre Desastres”.

Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista na Agecom

Festival de Música da UFSC tem 47 inscritos

13/08/2010 09:39

Um total de 47 composições concorrem ao I Festival de Música da Universidade Federal de Santa Catarina, promovido pela Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte), cujas inscrições se encerraram no dia 1°. Os nomes dos 20 proponentes selecionados serão divulgados no site www.secarte.ufsc.br na segunda-feira do dia 16 de agosto, quando a Comissão de Seleção, presidida por Marco Valente, músico e coordenador do Projeto 12:30, do Departamento Artístico-Cultural da UFSC, concluir o seu trabalho. As composições vencedoras terão sua música gravada em um CD e DVD alusivos à comemoração dos 50 anos da UFSC.

Os músicos e bandas escolhidos vão participar da I Mostra Musical em comemoração aos 50 anos da universidade, que ocorrerá nos dias 28 a 29 de agosto, na Praça da Cidadania, em frente ao prédio da Reitoria. A mostra não terá caráter competitivo, explica Valente. Dentre os selecionados, 10 vão se apresentar no primeiro dia e os outros 10 no segundo. Cada proponente pôde inscrever até três músicas de composição própria, sem nenhuma restrição de estilo, para apresentação no palco do festival, que será montado em lona pela organização dos 50 anos da UFSC.

Participam do evento estudantes universitários, professores e servidores técnico-administrativos, compositores, músicos, intérpretes e comunidade em geral da Grande Florianópolis e das cidades-sedes dos campi da UFSC em Araranguá, Joinville e Curitibanos. O festival tem como objetivo promover a integração e troca de experiências entre músicos e comunidade cultural e difundir a música como um dos meios essenciais de expressão cultural. “Queremos incentivar o surgimento de novos valores e propiciar a afirmação de nomes já reconhecidos no cenário musical da Grande Florianópolis”, afirma a secretária de Cultura Maria de Lourdes Borges.

Por Raquel Wandelli (jornalista, SeCArte)

Contatos: (48) 99110524 – 37219459

raquelwandelli@gmail.com

raquelwandelli@reitoria.ufsc.br

www.secarte.ufsc.br

Colóquio Cascaes promove debate sobre a obra do artista

13/08/2010 09:22

A comissão organizadora da exposição Franklin Cascaes: desenhos e esculturas convida os admiradores de sua arte a mergulhar em seus temas. Nesta terça-feira, 17/8, acontece o Colóquio Cascaes, que terá a participação do pesquisador e professor do Programa de

Pós-Graduação em Literatura da UFSC, Raul Antelo, e da professora e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais do Centro de Artes da Udesc, Rosangela Cherem.

A mediação será realizada pelo curador da exposição, Fernando Lindote. Tudo acontece a partir de 18h30min, no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina (CFH-UFSC).

O evento ainda terá o lançamento do catálogo oficial da exposição, que será distribuído gratuitamente. O material tem registro

fotográfico de todas as obras expostas assim como do texto especialmente escrito por Raul Antelo para a publicação. Compõem o catálogo ainda os textos de Fernando Lindote, Hermes Graepel (Museu Universitário Professor Oswaldo Rodrigues Cabral) e Fernando Boppré (Associação dos Amigos do Museu

Universitário).

Serviço:

O QUÊ: Colóquio Cascaes com Raul Antelo e Rosangela Cherem e lançamento do catálogo oficial da exposição Franklin Cascaes: desenhos e esculturas

ONDE: Auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina (CFH-UFSC)

DATA: 17 de agosto, terça-feira, 18h30min

QUANTO: Entrada franca

SITE: www.exatosegundo.com.br/franklin-cascaes

TWITTER: www.twitter.com/Expo_Cascaes

Por Ana Marta Moreira Flores / Assessoria de Imprensa / (48) 8804-6040

Especial Pesquisa: UFSC colabora com planejamento e execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar

13/08/2010 09:05

A cada 100 estudantes avaliados em Santa Catarina, 21, cerca de um quinto, têm características de sobrepeso ou obesidade. Estudo realizado a partir de uma amostragem de 4.964 alunos entre 6 e 10 anos, matriculados em 345 escolas do ensino fundamental, revela prevalência de 15,4% de sobrepeso e de 6% de obesidade. A avaliação foi realizada entre junho de 2007 e maio de 2008, com dados analisados e publicados na Revista Brasileira de Epidemiologia em 2009.

Os índices são próximos aos encontrados em estudos internacionais, que trazem 14,3% de sobrepeso e 3,8% de obesidade para a França; 15,5 e 4,3% para Alemanha. Dados mais elevadas foram encontrados no México (28,1 de sobrepeso e 13,7% de obesidade) e Portugal (23 e 12,6%).

Nutricionistas e acadêmicos dos cursos de graduação e de pós-graduação em Nutrição da UFSC formaram a equipe responsável pela avaliação em Santa Catarina. Para o grupo, os dados evidenciam que o sobrepeso e a obesidade atingem tanto países desenvolvidos quanto em desenvolvimento, confirmando uma epidemia global que se torna uma das preocupações no campo da saúde pública.

O estudo que busca sub­sidiar programas de promoção da saúde e ações para prevenção e redução do sobrepeso e da obesidade foi desenvolvido a partir de uma das ações do Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar de Santa Catarina (Cecane/SC).

O Centro foi criado em 2007, em uma parceria entre a UFSC e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). “O objetivo é colaborar com a formação de agentes envolvidos no planejamento, gestão e execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) no Estado de Santa Catarina”, explica o professor do Departamento de Nutrição da UFSC, Francisco de Assis Guedes, coordenador geral do Cecane/SC.

Além de desenvolver projetos de pesquisa na área de alimentação e nutrição, a equipe oferece apoio técnico e assessoria aos municípios catarinenses no planejamento, gestão e execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar.

Também realiza atividades de extensão. Em 2008 e 2009 o Cecane/SC capacitou 850 pessoas envolvidas com a alimentação escolar: 528 merendeiras, 47 nutricionistas, 230 conselheiros da alimentação nas escolas e 45 profissionais da educação. Foram realizados 12 cursos, seminários ou oficinas. A equipe desenvolve ainda o Projeto Creches Saudáveis, direcionado à educação em saúde, alimentação e nutrição nas Unidades de Ensino Infantil de Florianópolis.

Três projetos de pesquisa já foram desenvolvidos. Um deles buscou avaliar o cumprimento da Lei das Cantinas. O grupo também avaliou a atuação dos Conselhos de Alimentação Escolar e os modelos de gestão do PNAE no Estado.

Em 2010 Centro está envolvido com capacitações nas regiões de Maravilha, Rio do Sul, Concórdia e Videira, atingindo cerca de 500 pessoas, entre nutricionistas, conselheiros de alimentação escolar, merendeiras, profissionais da educação e agricultores familiares. Sua equipe também leva assessoria técnica a 44 municípios e desenvolve uma pesquisa sobre a utilização de alimentos orgânicos e da agricultura familiar na alimentação escolar em Santa Catarina.

Mais informações: Com o professor Francisco de Assis Guedes / fguedes@ccs.ufsc.br / (048) 3226-5119.

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

b>Leia outras matérias de pesquisa:

– Técnica pioneira testada na UFSC “silencia” vírus da mancha branca que afeta os camarões

– Ministério da Ciência e Tecnologia aprova R$ 8,9 milhões para laboratórios e equipamentos de pesquisa na UFSC

– UFSC desenvolve estudo sobre conservação da araucária e uso sustentável do pinhão

– Tese gera fundamentos para regulamentação do uso da bracatinga, espécie nativa da Mata Atlântica

– Tese comprova potencial do “asfalto de borracha”

– Método de controle da gordura trans desenvolvido na UFSC é premiado

– Projeto do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos valoriza derivados da abóbora

– Estudo traça perfil de jogadores brasileiros que foram para grandes times de outros países

– Tese mostra que fazendas produtoras de madeira de reflorestamento podem colaborar com recomposição da fauna e flora

– UFSC constrói centro avançado de petróleo, gás e energia no Sapiens Parque

– Estudo sobre trabalho doméstico recebe menção honrosa no Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero

– UFSC amplia estrutura laboratorial para monitoramento de ambientes aquáticos

Ronaldo Mota ministra aula inaugural do Centro Tecnológico e palestra na UFSC

12/08/2010 19:20

O Secretário Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia, professor Ronaldo Mota, ministra nesta sexta-feira, dia 13, a aula inaugural do segundo semestre letivo de 2010 do Centro Tecnológico (CTC). A palestra tem como tema “A Construção do Conhecimento Científico e Tecnológico” e será realizada às 10h, no auditório da Reitoria. A aula inaugural é promovida pela direção do CTC em conjunto com a Administração Central da UFSC.

Na palestra o tema será tratado em caráter introdutório, através de uma abordagem histórica em um nível acessível a todo o público. As origens da ciência serão apresentadas e as principais contribuições debatidas acerca do período que se inicia nas sociedades primitivas, passando pela Grécia Antiga e a Idade Média, até a Renascença, culminando com a consolidação das bases do Método Científico em Galileu. O amadurecimento do método científico será tratado na palestra através da figura de Isaac Newton. Por fim, serão analisadas as relações entre conhecimento e produção nos séculos seguintes, até o papel específico e determinante da ciência, tecnologia e inovação na sociedade contemporânea.

Na parte da tarde, às 14h30, na Sala dos Conselhos, Ronaldo Mota fala sobre “Inovação e Educação Superior”, para diretores e Administração Central da Universidade. O evento integra as comemorações dos 50 anos da UFSC.

Ronaldo Mota é secretário Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia e professor titular de Física da Universidade Federal de Santa Maria/RS. É bolsista de produtividade em pesquisa 1D do CNPq, além de pós-doutor em Física pela University of British Columbia/Canadá e pela University of Utah/EUA. Sua área principal de atuação é Modelagem e Simulação em Materiais Nanoestruturados. Também faz parte do Conselho de Administração da Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. Ronaldo Mota foi secretário da Educação Superior, secretário de Educação a Distância, ocupou interinamente o cargo de ministro da Educação em 2006 e foi condecorado pelo Presidente da República com a medalha Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico, em 2008.

Fonte: Centro Tecnológico (CTC) e Currículo Lattes

Por Victor Hugo Bittencourt / Nucom/CTC

Espaço Cultural do NEA inaugura exposição `Renda da Ilha da Renda`

12/08/2010 16:52

A exposição “Renda da Ilha da Renda” será inaugurada no dia 19 de agosto, no Espaço Cultural do Núcleo de Estudos Açorianos (NEA) da UFSC e poderá ser visitada até o dia 30 de setembro. Com pinturas da artista plástica Índia Brazil, a mostra é composta por telas, objetos cerâmicos e porcelanas que utilizam como tema a renda de bilro.

Índia Brazil viveu a sua infância em contato com as senhoras rendeiras que produziam a renda para sua sobrevivência, ainda mantêm gravada em sua memória imagens fantásticas das colchas, trilhos, toalhas produzidas com muito esmero e qualidade, eram verdadeiras obras de arte.

O NEA atua na pesquisa e também na divulgação e preservação das raízes açorianas no Brasil e em especial no litoral do Estado de Santa Catarina. Sendo a renda de bilro um patrimônio da nossa herança cultural açoriana o Núcleo tem o prazer de apresentar mais esta exposição para divulgação das nossas raízes.

Além disso, desenvolve o projeto `Saber Fazer` que estimula a produção do artesanato dos descendentes de açorianos no litoral de Santa Catarina como forma de valorização da herança cultural e geração de renda para os artesão. Desenvolvem wokshop, exposições e intercâmbio entre os vários artesãos que produzem rendas de bilro, cerâmica utilitária e figurativa, rendas de crivo, cestaria e outros.

SERVIÇO:

Exposição: Renda da Ilha da Renda

Artista: Índia Brazil

Local: Espaço Cultural do Núcleo de Estudos Açorianos (NEA/UFSC)

Período: 19/8 a 30/9

Informações: (48) 3721-8605 ou nea@nea.ufsc.br

Contatos com artista: (48) 9103-7153 ou indiabrazilrendas@hotmail.com

Fotos p/ Divulgação: http://www.nea.ufsc.br/Rendas_IndiaBrasil_ExpoNEAUFSC.zip

Por Índia Brazil

Desde pequena tenho a fotografia das Rendeiras na minha memória. Rendeiras da beira da Lagoa, em frente ao novo prédio da Caixa Econômica nos anos 60, na Conselheiro Mafra. Lá também as rendeiras se encontravam para vender, elas vinham das praias do Ribeirão, Armação, Ingleses, Canavieiras, Santo Antonio, Lagoa da Conceição, Barra da Lagoa, onde havia maior núcleo de pescadores e ali as senhoras faziam e vendiam renda para ajudar no sustento da casa.

Ir ao Centro da cidade era uma aventura, meu pai trabalhava na Caixa Econômica, tinha sido inaugurado o novo prédio, eu frequentava muito o prédio para dar recados ao papai. As Senhoras rendeiras ficavam todas nos parapeito do prédio, eram parapeitos grades, com janelas enormes de vidro, todos com renda, e elas fazendo seu comércio. Tinha rendeiras também na Praça XV e na Conselheiro Mafra. Neste tempo, costumava-se usar tolhas redondas, trilhos para a mesa de jantar ou banquete, colchas para as camas, almofadas, trilhos para sofá, poltrona. Havia um bom movimento e as encomendas de toalhas de banquete, como as de renda de tramóia levavam meses para ficarem prontas.

A influência dos meus pais, ambos artistas, o pai ator, diretor, radialista, boêmio das antiga, foi muito importante para todo esse meu conhecimento cultural. Fundamental para eu desenvolver e criar o meu trabalho, pois minha mãe também era artista plástica, uma criatura maravilhosa, e muitas vezes fiquei ao seu lado conversando por muito tempo enquanto pintava suas telas. Foi numa dessas conversas que eu a escutei comentar que quem desenvolvesse esta ideia de pintar renda na cerâmica ia se dar bem, quer dizer ser reconhecido no trabalho. Ela tentou fazer duas peças, mas infelizmente foi interrompido pelo seu falecimento.

Na divisão dos bens entre meus irmãos, acabei ficando com sua maleta de pintura. Entre tintas e pincéis, as peças nunca tinham pintado nada. Quando cheguei em casa abri a maleta e coloquei tudo sobre a mesa e fui mexendo devagar… Quando dei por mim estava tentando pintar rendas. Comecei uma pesquisa grande sobre a renda e me apaixonei, isso há 12 anos.

Comecei fazendo feira de artesanato em Santo Antônio, eventos e exposições. Depois montei um ateliê em Santo Antonio, onde pude divulgar bastante o meu trabalho. Estive na Europa expondo na França, em 2007.

Usando técnicas novas fiz peças de cerâmica esmaltada com desenho de renda, como panelas de todos os tamanhos, travessas. Nas telas também passei a renda para um espaço maior. Uma fascinação poder desenhar a renda em outros tamanhos e formas.

Agora estou pintando renda em porcelana, com tinta azul prussia, para ficar tipo louça portuguesa. Vou mostrar nesta exposição do NEA/UFSC um pouco de cada trabalho: pintura em cerâmica decorativa e utilitária, telas, porcelanas.

“Vivo numa Ilha encantada. Seus contornos são bordados por renda, onde me inspiro para pintar nossa louça de barro, a tradicional Renda de Bilro.”

Índia Brazil

Divagações de Mallarmé ganha lançamento nesta quinta em Florianópolis

12/08/2010 16:13

Divagações – Stéphane Mallarmé

Tradução e apresentação de Fernando Scheibe

Florianópolis: Editora da UFSC, 2010

270 páginas

R$ 41,00

Ele representa para a literatura moderna e contemporânea o que Cézanne representa para a pintura. Sua vida foi tomada pelo esforço silencioso de construir um livro em que a linguagem se integrasse perfeitamente ao objeto e com esse propósito reinventou o próprio livro. A obra do francês Stéphane Mallarmé marcou as artes e o pensamento vanguardista do século XX, a ponto de Michel Foucault dizer que esse “pequeno professor de inglês”, nascido em 1842, iniciou a literatura propriamente dita. Divagações, seu livro de ensaios com a exposição mais completa e radical do pensamento do poeta-inventor e o único realmente organizado por Mallarmé, reúne uma preciosa coleção de textos de classificação indefinível que são um enigma de tão profundos e belos.

E é essa obra emblemática e monumental, pela primeira vez traduzida para o português e publicada no Brasil graças ao desafio hercúleo de Fernando Scheibe, que a Editora da UFSC lança em Florianópolis nesta quinta-feira, 12, às 18h30min, na sala Drummond, no Centro de Comunicação e Expressão (CCE). O lançamento em casa terá a presença e o depoimento do tradutor, depois de um percurso de muito êxito no mercado editorial do país, com direito a resenhas de capa dos suplementos dos principais jornais brasileiros, elogios de grandes críticos como Luiz da Costa Lima e exposição no estande de entrada da Livraria Cultura, em São Paulo.

Fruto de uma pesquisa de seis anos de pós-doutoramento de Scheibe na Faculdade de Educação da Unicamp, sob a supervisão do professor Joaquim Brasil Fontes e bolsa da Fapesp, a tradução permite que se revisitem hoje as ideias e as posições estéticas de Mallarmé, autor considerado um divisor de águas entre a literatura romântica e moderna, mas tradicionalmente refém de alusões genéricas ou fetichizadas. Em sua apresentação, o tradutor dialoga com a apresentação do autor no original: “Publicado na França em 1897, pouco tempo antes da morte do poeta, Divagações reúne textos ´em prosa´ escritos por Mallarmé ao longo de toda sua vida. (…) Embora seja uma grande bricolagem, um grande pasearse aqui e acolá ao longo de mais de trinta anos, ´as Divagações aparentes tratam um tema, de pensamento único´. Qual?”, pergunta Scheibe. E ele mesmo responde: “as possibilidades políticas da poesia.” Na aguardada tradução do rodopio de textos classificados por Joaquim Fontes, também em texto de apêndice, como monstruoso na acepção grega de maravilha, unem-se poemas em prosa que o autor chama de “Anedotas e poemas”; o resumo de uma novela fantástica inglesa; divagações sobre Wagner, Baudelaire e Poe, crônicas teatrais nominadas de “Rabiscado no teatro”; as seções “Quanto ao Livro”, “O mistério das letras” e “Grandes fatos diversos”, onde coloca em prática um jornalismo que “anote os acontecimentos sob a luz própria ao sonho”.

Frequentemente citado como o poeta de “Um lance de dados” ou “O virgem, o vivaz e o belo hoje”, Mallarmé teve sua prosa raramente considerada, embora seja “parte fundamental da formulação do trabalho do autor, tanto por ajudar a dar-lhe sentido quanto por dar corpo e estilo singulares a seu projeto de ‘poesia crítica’”, como assinala Marcos Siscar, na resenha que consta do apêndice da edição. Ora usado como fetiche do experimentalismo, ora acusado de hermetismo e esteticismo sem consciência política na recepção crítica de sua obra durante o século XX, Divagações desautoriza essas apropriações rasas de sua obra. Siscar cita Henri Meschonnic: “Reler Mallarmé, sua prosa reflexiva, é um alívio depois de tantas glosas, porque seu jorro, seu gestual, permite-nos ouvir a inteligência e esta mistura tão própria de humor e ironia”, aos quais se acrescenta “uma inteligência da sociedade e do político”.

Pensadores como Walter Benjamin, Foucault, Derrida, Deleuze são reconhecidos como vanguardistas que construíram obras emblemáticas a partir da transformação do legado intelectual de outros autores. “Mas Mallarmé, assim como Baudelaire, Rimbaud e Nietzsche, figuram entre os profetas, porque anunciaram um tempo sem matéria antecedente, praticamente criando sua matéria-prima”, analisa o entusiasmado editor Sérgio Medeiros, finalista do Prêmio Telecom de Literatura, que em agosto vai brindar os cinéfilos com o lançamento dos Ensaios Críticos, de Rogério Sganzerla, o genial cineasta catarinense, diretor de O Bandido da Luz Vermelha, em um pacote-presente luxuoso patrocinado pelo Itaú Cultural que inclui um DVD com suas principais realizações. O abre-alas dessa reformulação ética e estética foi eleito como referência fundamental por grandes artistas e críticos brasileiros, como Augusto e Haroldo de Campos e Mário Faustino e inspira a obra de pensadores como Jacques Derrida, Alain Badiou, além de Foucault e tantos outros.

O namoro com Divagações começou quando a tradução ainda estava sendo gestada pelo jovem e brilhante doutorando de Literatura da UFSC, que empreendeu um desafio evitado até por grandes especialistas e herdeiros da obra de Mallarmé. “Eu disse a Fernando Scheibe que quando concluísse o livro eu o ajudaria a encontrar editor”, conta. Ao assumir a direção da Editora da UFSC, em março deste ano, foi Scheibe o primeiro autor contatado por Medeiros para estrear o novo projeto editorial. Nada mais justo do que eleger como carro-chefe o autor de textos – ou seriam versos ao ritmo da leitura? – que encerram uma vida feita da espera pelo encantamento da palavra literária:

“Agora mesmo, em abandono de gesto, com a lassidão que causa o mau tempo desesperando uma após outra tarde, fiz recair, sem uma curiosidade, mas parece-lhe ter lido a tudo eis já vinte anos, o afilado de multicores pérolas que a chuva folheia ainda, ao reluzir das borchuras na biblioteca. Muita obra, sob os vidrilhos da cortina, alinhará sua própria cintilação: gosto como no céu maduro, contra a vidraça, de seguir luzires de tempestade.” Fragmento de “Crise do Verso”, de Stéphane Mallarmé.

Por Raquel Wandelli (jornalista, SeCarte)

Contatos: (48) 99110524 – 37219459

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