Festival de Música transforma UFSC em território do som

27/08/2010 18:38

O campus universitário vai se tornar, neste final de semana, território livre da música, com a realização da I Mostra Musical, que vai apresentar os 20 artistas selecionados pelo Festival de Música da UFSC – Edição 50 anos. O Festival será aberto às 16 horas de sábado, 28, na Praça da Cidadania, pelo reitor Álvaro Prata e a secretária de Cultura e Arte Maria de Lourdes Borges e encerrará às 22 horas, após a apresentação do grupo Sociedade Soul. No domingo as apresentações dos músicos reiniciam às 16 horas e o festival encerra após a apresentação do grupo Dazaranha.

A diversidade de estilos, a mistura de ritmos clássicos e modernos e o caráter experimental das composições premiadas devem garantir um espetáculo ousado e de qualidade, segundo a Secretaria de Cultura e Arte, que promove o evento. Como parte das comemorações alusivas aos 50 anos da Universidade, a Mostra prevê a apresentação de metade das músicas no sábado, 28, e a outra metade no domingo, 29, de acordo com a ordem estabelecida pelo sorteio entre os autores. Para premiar o público com mais música produzida na Ilha, duas bandas profissionais vão encerrar a programação: no primeiro dia, a Sociedade Soul (soul e funk inspirados nos anos 70) e no segundo a Dazaranha (rock nacional). “Organizamos o evento de modo a trazer uma representação do melhor potencial artístico nessa área na Grande Florianópolis”, diz Maria de Lourdes Borges, secretária de Cultura e Arte.

Em reuniões com os músicos selecionados, o coordenador do evento, Marco Valente, repassou às bandas as orientações necessárias para garantir a qualidade técnica do espetáculo e da captação de vídeo, áudio e sonorização. Esse cuidado visa, segundo ele, preparar a gravação do CD e DVD ao vivo com as composições vencedoras, a partir da captação de som e imagem durante o evento e finalização posterior em estúdio. A gravação terá nível profissional, com a contratação de empresas especializadas do mercado de áudio e a direção de vídeo do cineasta Zeca Pires.

Maxixe, rock, MPB, pop, bossa nova, reggae, chorinho, baião, samba, habanera, música erudita e instrumental, e até uma canção em francês fazem parte do repertório escolhido. O resultado premia a excelência técnica e a inovação artística, considerando a qualidade de composição, de estilo, de execução, de interpretação e das construções harmônicas e melódicas. “A comissão de seleção manteve um alto nível de exigência para dar visibilidade ao talento e à pesquisa musical, mas preservou o ecletismo, sem fazer nenhum tipo de discriminação a gênero ou ritmo”, pontua Valente, que é também coordenador do Projeto 12:30, do Departamento Artístico Cultural (DAC) da UFSC.

Cronograma de apresentação:

Entre os vencedores estão músicos profissionais e amadores de Biguaçu, São José e de vários bairros de Florianópolis, a maioria jovem e estudante do sexo masculino de universidades e áreas do conhecimento diversas. As músicas e os compositores selecionados entre um total de 47, por ordem de apresentação: 1. É uma habanera?, de Willian Fernandes de Souza, 2. Eucaliptos ao vento, de José Otávio de Caldas Rosa, 3. Olhos Negros, de Naya Rodrigues, 4. Na Sorte ou no Azar, de Eduardo Wagner, 5. Aqui estou Eu, de Kristian Korus, 6. Fille Faille, de Isabelle Quimper, 7. Arbusto, de Fernando Rocha da Silva, 8. Escolha, de Jairo André Portela de Oliveira, 9. A Nova Casa, de Lucas Nunes Quirino e 10. Humungus, de Gabriel Felipe Horbatuik Dutra.

No segundo dia se apresentam: 1. Festa da 991, de Tiago Brizolara da Rosa, 2. Cabra da Peste, de Eduardo Hector Ferraro, 3. Jurema, de Francisco Muleka Ngoy; 4. Frio, de Jean Marcelo Mafra, 5. Décimo Andar, de Erlon Evaldo Graboviski, 6. Sensato, da Banda Somato, 7. Impossível, de Thiago José, 8. Touro, da Banda Blame, 9. Carpe Diem, da Banda Jeremias Sem Cão, 10. Ninguém Merece, de Denise de Castro.

Raquel Wandelli (jornalista, SeCarte)

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