Editora da UFSC desponta na Bienal do livro com títulos de conteúdo universal
A participação da editora na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que abriu no dia 12 e vai até o dia 21 deste mês no Anhembi, coincide com a excelente repercussão no mercado nacional de Divagações, livro de ensaios do poeta francês Stéphanne Mallarmé; Edifício Rogério, com os Ensaios Críticos I e II, do cineasta catarinense Rogério Sganzerla e de Poesia Herege, do poeta argentino Evaristo Carriego. Todos mereceram resenhas nos suplementos literários dos principais jornais do país e do Estado e referências elogiosas de expressivos críticos do país. Junto com essas obras, que estão sendo apresentadas na Bienal, a editora lança também a nova safra de publicações de peso que incluem Miguel Vale de Almeida, ensaísta e antropólogo português, e Gonçalo Tavares, poeta e romancista também português. São títulos já aguardados e festejados pelo mercado editorial brasileiro, como a Livraria Cultura, de São Paulo, que privilegiou dois livros da editora catarinense no seu estande de entrada: Divagações e Edifício Rogério.
Um dos mais importantes escritores contemporâneos de Portugal, com obras traduzidas e editados em mais de 20 países, Gonçalo M. Tavares escreveu para a EdUFSC Breves Notas, publicado em forma de livro-estante que reúne vários volumes em uma caixa-presente. A obra foi publicada em parceria com a Editora da Casa, ligada a Design Editora, de Jaraguá do Sul. Também em parceria, desta vez com a editora portuguesa Imprensa de Ciências Sociais, a EdUFSC leva à Bienal A Chave do Armário, livro do professor e deputado português Miguel Vale de Almeida, um dos mais importantes pesquisadores atuais das questões de gênero no mundo, que analisa a união entre gays. Divagações, de Mallarmé, foi lançada pela UFSC em Florianópolis no dia 12, na presença do tradutor Fernando Scheibe e Chave do Armário, será lançada durante o Congresso Fazendo Gênero, no dia 25 de setembro, às 19 horas, no auditório do Centro de Cultura e Eventos em Florianópolis.
Na nova política da editora, o critério de seleção para publicação de livros é a relevância e a universalidade e não a procedência geográfica, conforme enfatiza Medeiros. Essa medida recebe a aprovação das principais editoras do gênero do país que participam da
Bienal reunidas no estande da Liga de Editoras Universitárias. “O critério da origem me parece equivocadíssimo”, aponta Wander Melo Miranda, diretor da Editora da UFMG. “Se um livro se restringe à categoria do local não pode ser publicado pela editora de uma universidade que tem por princípio articular o local com a inteligência universal”. Paulo Franchetti, diretor da Editora da Unicamp, lembra que a universidade, quando surgiu na Idade Média, já era por vocação um lugar internacional dentro de cada país. Os professores das universidades medievais eram recrutados de vários lugares por sua competência e universalidade de pensamento. “Ceder ao argumento da reserva de mercado para publicar a pesquisa científica e para a produção literária é condená-la à insignificância”. O autor de um livro universitário precisa fazer a interlocução com os textos de outros lugares. “Deve ser publicado porque é bom e não por protecionismo”, aprova Franchetti.
Seguindo o padrão das demais integrantes da Liga, a UFSC está dedicando 50% da publicação à excelência do conteúdo, sem considerar a origem do autor e os outros 50% à pesquisa realizada na universidade, explica. As séries Didática e Ethica, compostas a partir da produção de pesquisadores da UFSC, também estão sendo valorizadas na Bienal. O estande da UFSC oferece títulos recordes de vendas, como Introdução à Engenharia, de Luiz Teixeira do Vale Pereira e Walter Bazzo, Estatística Aplicada às Ciências Sociais, de Pedro Alberto Barbetta e Estatística para as ciências agrárias e biológicas com noções de experimentação, de Dalton Andrade e Paulo Ogliani. E também os recém-lançados: Fundamentos de aritmética, de Hygino H. Domingues Anatomia Sistêmica: uma abordagem direta para o estudante, de Carla Gabrielli e Juliano Córdova Vargas, Atualidade em Hegel, de Maria de Lourdes Borges e Batalha de Papel, de Mauro César Silveira.
Por Raquel Wandelli/Jornalista na SeCarte
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