Clipe do ´Reggae da Tainha` será lançado nesta quinta-feira, em Florianópolis
Acontece nesta quinta-feira, 29/7, o lançamento do videoclipe da música ´Sereia Manezinha´, o ´Reggae da Tainha`, trabalho que conta com o cantor Valdir Agostinho, música de Júlio César Cruz e direção do cineasta Zeca Pires. O evento acontece na Fundação Café, da Fundação Cultural Badesc, no Centro de Florianópolis, às 19 horas.
No evento de lançamento, o público poderá assistir ao making off da produção, ao videoclipe e a um show com o cantor Valdir Agostinho, que se apresentará com outros músicos convidados, integrantes do cenário cultural local. Na ocasião, o diretor do videoclipe também lança o DVD Curtas de Zeca Pires, que contém cinco dos seus curtas-metragens. O público ainda poderá saborear um coquetel com frutos do mar. O evento faz parte das comemorações dos 50 Anos da UFSC.
A produção do videoclipe é mais uma saudável parceria entre o Hospital Universitário (HU) e o Departamento Artístico Cultural (DAC) da UFSC. Parceria anterior entre os setores resultou na realização da exposição de artes visuais Doadores de Órgãos. Agora a união traz a música e o cinema, um trabalho que vem sendo impulsionado pelo recém-criado Núcleo de Documentários do DAC/SeCArte/UFSC, coordenado por Zeca Pires, que atualmente está trabalhando na finalização do seu filme ´A Antropóloga`.
A letra da música ´Sereia Manezinha´, o ´Reggae da Tainha` traduz a cultura ilhoa falando dos peixes, pescadores e as mulheres da Ilha.
O médico do HU Júlio César Cruz compôs a letra, em 2007, inspirada nas lindas mulheres, nos peixes do litoral da Ilha de Santa Catarina e nos pescadores tradicionais da Barra da Lagoa, a mais conhecida colônia de pescadores da capital catarinense.
Feita em trocadilhos bem amarrados, usando mais de 20 nomes de peixes, ´Sereia Manezinha` ficou guardada durante um ano até o artista multimídia Valdir Agostinho ter acesso à composição. Extasiado, o artista da Barra da Lagoa “pirou”, segundo palavras do próprio artista, e, a partir daí, o trabalho foi consolidado, passando do papel para uma composição trabalhada em estúdio. O subtítulo ´Sereia Manezinha` virou ´Reggae da tainha`, sugestão de Gazu, vocalista da banda Dazaranha, produtor e arranjador da música.
A voz de Agostinho confere um toque ilhéu ao trabalho, cuja letra, divertida e inteligente, agrada desde os pescadores da Barra aos blogueiros especialistas em cultura, arte e música. A essa altura, entra em cena outro ilustre Mané, Zeca Pires, o cineasta fã de Valdir que, com sua intuição, traduziu a música em imagens no clipe ´Reggae da Tainha`.
A melodia é de Gazu e Luiz Maia. Também fazem parte da gravação Gazu, Érico Verícimo, os músicos Ulysses Dutra (guitarra e backing vocal), Luiz Maia (baixo e engenharia de som) e Guilherme Ledoux (bateria), os três da banda Coletivo Operante. Lou Hamad (direção de arte), a atriz Simone Moraes – no papel da sereia -, e alunos do curso de Cinema da UFSC. Nos extras, além do making of, fotos still do fotografo inglês Paul Mansfileld. Cenário e figurino levam assinatura do próprio Valdir, que usou como matéria prima lixo recolhido na Lagoa da Conceição. As gravações aconteceram em local que também tem tudo a ver com o artista: a Costa da Lagoa.
Os artistas
Júlio César Cruz – Natural de Curitibanos e radicado em Florianópolis há 29 anos, o médico de 46 anos cresceu ouvindo MPB e os clássicos do rock nacional, principalmente em sua juventude, na década de 1980, época de ouro do estilo. A letra veio ao acaso, inspirada em seu pai, pescador amador de Itajaí. O médico começou a colocar as ideias no papel, acrescentado aos poucos os detalhes que resultaram nesta verdadeira homenagem ao ilhéu e seus costumes.
Valdir Agostinho – Músico, artista plástico e apresentador de TV. Nascido na Barra da Lagoa, é um típico “manezinho” de Florianópolis e uma das personalidades bastante atuantes na cidade. Valdir é um artista multimídia. Reciclador, o menestrel da Barra se exprime de várias maneiras ao fazer arte, todas com sua personalidade exuberante e carismática, trazendo a temática da preservação do meio-ambiente e da cultura popular sem negar a modernidade. Como artista plástico é conhecido por suas pandorgas (pipas/papagaios) que carregam os temas da cultura mané não apenas pelos céus de Florianópolis como também para galerias de arte pelo mundo afora. É ganhador “hors concours” nos concursos de Carnaval com fantasias feitas de sucata. A reciclagem de lixo é o tema importante da sua obra e também de algumas de suas canções.
José Henrique Nunes Pires – Cineasta catarinense que vem construindo e conquistando lugar de destaque na historia da produção cinematográfica de Santa Catarina. Diretor de 10 filmes, entre documentários, curtas e longas-metragens, o Zeca Pires é natural de Florianópolis. Possuí formação acadêmica nos cursos de Jornalismo (UFSC), Administração (ESAG), mestrado no Curso de História e doutorando em Engenharia de Produção, ambos pela UFSC, na área de mídia e conhecimento, com a temática Cinema Digital. Atualmente é diretor do Departamento Artístico Cultural (DAC) da Secretaria de Cultura e Arte da UFSC. Zeca Pires foi um dos fundadores da Cinemateca Catarinense/ABDSC e um dos criadores do Curso de Cinema e Vídeo da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). A maioria de seus trabalhos tem um forte vínculo com a cultura popular do Estado, como a co-direção, juntamente com Norberto Depizzolatti, no curta-metragem Manhã (1989) e no documentário Farra do Boi (1991). Veja outros trabalhos do cineasta em http://pt.wikipedia.org/wiki/Zeca_Pires.
SERVIÇO:
O QUÊ: Lançamento do videoclipe ´Sereia Manezinha`, o ´Reggae da Tainha` com show de Valdir Agostinho e músicos convidados.
QUANDO: Dia 29/7, quinta-feira, às 19 horas
ONDE: Fundação Café, da Fundação Cultural Badesc, no Centro de Florianópolis. Rua Visconde de Ouro Preto, 216. Fone (48) 3224-8846, e-mail fundacaocultural@badesc.gov.br
QUANTO: Gratuito e aberto ao púbico
VISITE: www.fundacaocultural.badesc.gov.br e www.dac.ufsc.br
Fonte: [CW] DAC-SeCArte-UFSC, com material dos produtores.