Portal da Capes tem quase 22 mil periódicos disponíveis para a pesquisa

21/05/2010 16:42

Pesquisador que se preze tem obrigação de entrar no Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes), do MEC. O novo portal, ágil, moderno e mais completo, faz busca integrada e simultânea, abrangendo todas as áreas do conhecimento e cobrindo quase 22 mil revistas e jornais científicos do mundo (só os melhores).

Com cara nova e mantendo as funcionalidades anteriores, o site novo.periodicos. capes.gov.br, através da metabusca, facilita a vida dos pesquisadores. Assista também no site vídeo institucional sobre o portal, que inclui entrevistas com o reitor e pesquisadores da UFSC.

Menina dos olhos do presidente da Capes, Jorge Guimarães, o portal contempla 130 bases de dados, seis bases de patentes e abriga 308 instituições comprometidas com a pesquisa e inovação. Quem não pesquisa não merece o portal. Trata-se de poderosa ferramenta para revolucionar a atividade científica brasileira no cenário mundial.

Com essa capilaridade institucional e abrangência acadêmica, o portal da Capes, a exemplo da Plataforma Lattes, é uma ferramenta sem similar no mundo desenvolvido. Inaugurado e desenvolvido em parceria com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) há nove anos e

patrimônio da Comunidade Científica, dá de relho na Europa e nos EUA. Segundo Jorge Guimarães, nem o Instituto Pasteur, da França, chega perto.

Infelizmente o Brasil ainda está longe de utilizar o portal em todas as suas potencialidades. Faltam divulgação e cultura científica, males que também atingem os dirigentes. Há um investimento público no portal que precisa ser compensado com o avanço da ciência brasileira em escala global. A assinatura dos melhores periódicos científicos do mundo demanda anualmente mais de 60 milhões de dólares. A economia, obviamente, é imensa. Individualmente acessar a esses conteúdos não sairia por menos de U$ 300 milhões.

Significa que a comunidade acadêmica brasileira, para fazer jus ao investimento, precisa tirar o máximo proveito da fantástica ferramenta disponibilizada pela sociedade brasileira. Quanto maior o uso, mais diminui o preço da anuidade.

Portal não é só das Duras

A pró-reitora de Pós-Graduação da UFSC, Maria Lúcia de Barros Camargo, defende a necessidade de uma campanha para desmistificar a impressão de que o “portal só atende as Ciências Tecnológicas; é preciso deixar claro que atende todas as áreas do conhecimento,

inclusive as Humanidades”. Com assinatura das principais revistas e jornais científicos do mundo, oferece, por exemplo, conteúdos em, pelo menos, cinco grandes áreas: Ciências Sociais e Aplicadas e Ciências Humanas; Ciências Biológicas e Ciências da Saúde; Ciências

Agrárias; Ciências Exatas, Ciências da Terra e Engenharias; e Linguística, Letras e Artes.

O portal não só foi aperfeiçoado, mas ampliou o seu acervo de 15,5 mil para quase 22 mil periódicos. Suas vantagens principais são: democratização do acesso à informação, facilidade do acesso a conhecimento atualizado e inserção internacional do conhecimento científico.

A reunião na Capes com parceiros foi aberta pelo presidente da Capes, Jorge Guimarães, que defendeu um maior envolvimento dos dirigentes na difusão do portal. “As instituições devem aproveitar ao máximo essa fantástica ferramenta de pesquisa”, sublinhou. Revolucionário, aqui e no exterior, o portal ameaça mudar o conceito de biblioteca e, de quebra, dar uma reviravolta nos cursos de Biblioteconomia e equivalentes. Esse portal é danado.

Por Moacir Loth/ Jornalista na Agecom