Na Mídia: Projeto de Estádios Solares começa a sair do papel

Pituaçu, na Bahia, também tem estudos de viabilidade
Somente o Mineirão terá capacidade instalada de cerca de 1 mil kW (quilowatt) e produção de 1,2 mil mWh (megawatt/hora), o suficiente para iluminar 800 residências. Se somada à capacidade do Mineirinho, o volume pode chegar a 2 mil kW e uma produção capaz de gerar energia para cerca de 1,5 mil casas.
O próximo passo é estruturar o projeto com a definição, entre outros pontos, da capacidade e custo da energia que será gerada e impacto sobre o leiaute do estádio. A Cemig prevê que, até o fim de julho, esta etapa já tenha sido concluída para o Mineirão, enquanto solução semelhante está em avaliação para o Mineirinho.
A partir daí, será planejado o lançamento dos editais para licitação. “Até o fim de setembro, soltaremos as especificações para publicação de edital e escolha das empresas que vão colocar o projeto em prática”, antecipa o gestor de projetos de energias renováveis da Cemig, Alexandre Heringer Lisboa. A radiação solar será captada por painéis fotovoltaicos, base da energia elétrica gerada pela central.
Toda a produção será enviada para subestação já existente no Mineirão e jogada na rede da Cemig para comercialização, não sendo utilizada exclusivamente para suprir a demanda dos estádios. Uma parte do que for gerado será destinada ao Mineirão como carga de emergência em casos de falta de energia. “Para a Copa do Mundo, vamos garantir 100% do fornecimento de energia”, afirma Heringer.
A montagem dos equipamentos, parte mais cara do investimento, deve levar cerca de dois meses, mas há uma série de providências a serem tomadas para que a usina fique pronta até 2012. A intenção é de que o estádio esteja preparado para receber a Copa das Confederações já em 2013.
Do total de investimentos, 10 milhões de euros serão liberados por meio de linha de crédito já aberta pelo banco de fomento alemão KFW em setembro do ano passado, dentro do acordo de cooperação técnica Brasil-Alemanha. O restante será viabilizado pela estatal mineira. Os recursos também têm como objetivo garantir melhoria da eficiência energética nos estádios, que envolve, entre outras medidas, projetos de iluminação, refrigeração das cabines e áreas vips e aquecimento da água nos vestiários.
A instituição financeira alemã, juntamente com a GTZ, agência germânica de desenvolvimento, visitou o Brasil em junho do ano passado para conhecer os estádios e projetos já desenvolvidos pela Cemig, como o caso da termelétrica montada no câmpus 2 do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet), na época em testes.
Foi da Alemanha que veio a inspiração para implantar o modelo de uma central geradora de energia a partir dos raios do sol no Mineirão e no Mineirinho. O sistema já foi implantado nos estádios da cidade alemã de Freiburg, considerada a capital solar do país, e de Berna, na Suíça. Heringer havia visitado os dois estádios solares em abril do mesmo ano, quando os primeiros contatos com o KFW e a GTZ foram feitos.
O projeto, previsto inicialmente para Minas, pode ser estendido ao Maracanã, estádio do Rio de Janeiro, que receberá a final dos jogos da Copa do Mundo de 2014. “Como a Light faz parte do grupo da Cemig e será responsável pelo suprimento de energia do estádio, estamos tentando viabilizar esse projeto para instalar uma usina semelhante a do Mineirão no Maracanã”, explica Alexandre Heringer.
Fonte: Paula Takahashi / Jornal Estado de Minas
Mais informações na UFSC: ruther@reitoria.ufsc.br / Fone: 3721-9846























