UFSC sedia curso internacional para discutir avaliação e regulação de organismos transgênicos
Responsável por pesquisas sobre transgênicos há mais de 20 anos, a UFSC sedia a partir desta segunda-feira um curso sobre fundamentos holísticos para avaliação e regulação de organismos geneticamente modificados. A capacitação será realizada entre 26 de abril e 1° de maio, no auditório do Programa de Pós-graduação em Recursos Genéticos Vegetais, no Centro de Ciências Agrárias da UFSC, bairro Itacortubi. Participarão 31 representantes de países latino-americanos e 15 brasileiros, selecionados com apoio do Centro de Biossegurança Genok.
O Genok é uma fundação de pesquisa fundada em 1998, com sede provisória na Universidade de Tromso (Noruega). Entre seus principais objetivos está o desenvolvimento de metodologias científicas para garantir a segurança alimentar e ambiental da utilização de OGMs.
A temática do curso que será realizado na UFSC inclui revisão holística sobre genética, genes, expressão e regulação gênica; áreas de aplicação da engenharia genética; potenciais impactos dos OGMs no meio ambiente e saúde humana; protocolo de Cartagena sobre Biossegurança e aspectos econômicos e legais dos OGMs.
Serão também discutidas questões sócio-culturais e éticas da utilização dos transgênicos; sistemas regulatórios e a rotulagem de organismos geneticamente modificados e avaliação de risco, além de práticas laboratoriais com detecção de OGMs.
A capacitação foi planejada pela UFSC, Genok e pela rede de organizações não-governamentais Third World Network, que desenvolve importante papel de vigilância em relação aos recursos genéticos e à biossegurança. O encontro faz parte de um convênio firmado entre a UFSC e o Genok.
Milho geneticamente modificado nas lavouras catarinenses
Uma das pesquisas atuais envolvendo transgênicos em execução pela UFSC investiga o impacto do milho geneticamente modificado nas lavouras catarinenses. Professores da UFSC, técnicos da Cidasc e pesquisadores da Epagri estão visitando propriedades rurais de três regiões do Estado para mapear os efeitos do milho Bt no meio ambiente, em seres humanos e nos microorganismos presentes no solo das plantações transgênicas. Desde 2009, mais de 30 pessoas percorrem lavouras nas regiões de Canoinhas, no Planalto Norte, Chapecó, no Oeste, e Campos Novos, no Meio-Oeste, para conversar com produtores rurais sobre a lavoura do Bt.
Não há estatísticas precisas, mas estimativas indicam que cinco paises (Estados Unidos, Argentina, Brasil, Canadá e China), respondem por 92% da produção mundial de transgênicos. Metade da área plantada está nos Estados Unidos, 16% na Argentina e 12% no Brasil.
Mais informações com o professor Rubens Onofre Nodari (48) 3721-5332 / 9980-2042 / nodari@cca.ufsc.br
























