Discursos e protesto na inauguração do Boitatá
Foi um evento diferente, ao ar livre, que teve vários discursos e um protesto comandado pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE). A inauguração da escultura “Boitatá Incandescente”, do artista plástico Laércio Luiz, na praça situada entre o Centro de Convivência e o Centro de Cultura e Eventos da UFSC, na tarde desta quinta-feira, fez parte do processo de humanização do campus iniciado em 2008 pela atual Administração Central da universidade.
Falaram na solenidade o representante da Unimed, empresa apoiadora do projeto, o secretário municipal de Educação de Florianópolis, Rodolfo Pinto da Luz (que também responde pelo cargo de diretor da Fundação Franklin Cascaes), o museólogo Gelcy José Coelho (Peninha), o autor da obra, Laércio Luiz, a secretária de Cultura e Arte da UFSC, Maria de Lourdes Alves Borges, e o reitor Alvaro Toubes Prata, que ressaltou a importância do ato como uma demonstração do destaque dado à cultura e à arte na gestão que preside.
O DCE distribuiu uma manifesto no qual apoia a iniciativa da Administração de “fomentar a cultura regional, trazendo um importante personagem folclórico catarinense para o campus e preenchendo um espaço da universidade, até então vazio, com arte”. Ao mesmo tempo, os estudantes pediram mais agilidade da Reitoria na conclusão da terceira ala do Restaurante Universitário, na construção de novas salas para receber os alunos da instituição, na contratação de professores, na ampliação da Biblioteca Universitária e na recuperação do Centro de Convivência. Os estudantes também se jogaram no lago onde está a escultura, como forma de demonstrar sua insatisfação com o que consideram distorções na definição das prioridades da instituição.
A escultura entregue quinta-feira, construída com base em escritos do artista e pesquisador ilhéu Franklin Cascaes, tem 15 metros de altura e representa o ente folclórico conhecido como boitatá, que Gelcy Coelho define como uma figura “influenciada por aspectos do imaginário dos indígenas e africanos”. Participaram do processo de elaboração final da obra professores e alunos dos cursos de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil e Engenharia Mecânica da universidade.
Fotos: Carolina Dantas/bolsista de Jornalismo na Agecom