Comitiva da Universidade de Jyväskylä visita a UFSC

05/03/2010 16:39

Comitiva finlandesa de Jyväskylä e prof Lovato

Comitiva finlandesa de Jyväskylä e prof Lovato

A comitiva da Universidade de Jyväskylä visitou a Universidade Federal de Santa Catarina nesta sexta-feira, 5 de março.

Além de conhecer a universidade, os finlandeses desejam ampliar de cooperação nos níveis de intercâmbio acadêmico, de professores e de pesquisas.

Compõem a comitiva Jussi Haltunen, reitor, Asta Wahlgren, diretora da Escola de Administração, Ulla Mutka, diretora da Escola de Educação e Risto Korkia-Aho, diretor de assuntos internacionais da Escola de Administração.

O diretor do Departamento de Cooperação Acadêmica da SINTER Paulo Lovato acompanhou os visitantes, que foram recebidos pelo reitor Alvaro Prata.

Atualmente dois estudantes de Engenharia da UFSC estão em mobilidade acadêmica em Jyväskylä. Bem adaptados, apesar do frio intenso do último inverno, têm vontade de permanecer até o Natal. Um deles, Paulo, está até integrando a equipe local de futebol.

Os finlandeses vêem o Brasil com muito potencial no campo de desenvolvimento empresarial e de intercâmbio. Pensam em mandar pessoas para aprender português visando ampliar, num futuro, a cooperação técnica entre os dois países.

O reitor da UFSC explicou que nosso pais é um celeiro de recursos humanos e oportunidades e que a universidade integrando o sistema federal de ensino propicia, geralmente, melhor qualidade de aprendizado que o das universidades particulares. Além disso Florianópolis também oferece bom campo por ter parques tecnológicos e incubadoras.

Fotos Paulo Noronha/ Agecom

Fotos Paulo Noronha/ Agecom

Um diferencial dos estudantes brasileiros em relação aos outros da América do Sul é que após passar um tempo no exterior desejam voltar e trabalhar no Brasil.

A UFSC oferece atualmente 82 cursos de graduação. Perguntado sobre se nossa excelência maior seria a dos cursos de engenharia, o reitor respondeu que no início dos cursos de graduação não havia tradição nessa área. Então se decidiu por convidar várias pessoas consideradas competentes de fora do Estado — ele uma delas — ,para ajudar a iniciar os cursos de engenharia. Isto não aconteceu em outras áreas nas quais se julgou já possuir know-how. O primeiro mestrado e o primeiro doutorado foram nas áreas de engenharia, mas atualmente a universidade chegou a um grau de excelência em várias áreas.

Mas apesar de se atingir um nível de qualidade na pesquisa e na pós-graduação, o ensino básico deixa muito a desejar.

Prata afirmou que pela primeira vez o país tem pensado em como mudar esta realidade através de melhora na formação dos professores.

Ulla Mutka disse que este tema, em especial é de interesse da universidade finlandesa que desejaria já no próximo ano letivo, que se inicia no outono (nossa primavera), receber um a dois professores nossos em Jyväskylä.

Prata perguntou se o processo seguia o habitual: a UFSC pagava a passagem e a universidade acolhedora era responsável pela manutenção da pessoa. Ulla afirmou que sim e vice-versa. O reitor da UFSC manifestou interesse que o intercâmbio já se inicie no próximo semestre. O reitor Haltunen disse que a reunião já era um primeiro passo importante.

Lovato afirmou que para isto já tinha sido marcado encontro no CED com a professora Vera Bazzo, chefe do Departamento de Metodologia do Ensino, já que realmente temos uma grande lacuna na formação de professores.Disse, ainda, que atualmente há poucos programas acadêmicos com a Finlândia. Esta realidade pode mudar, já que há boas perspectivas de se ampliar a cooperação com o país.

Haltunen falou que a universidade de Jyväskylä possui cerca de oito mil alunos e foi a mais procurada nacionalmente no último processo de candidatura ao exame que todos os estudantes finlandeses devem passar antes de ingressar no ensino superior.

Sobre a invejável qualidade de ensino que o país atingiu o reitor disse que a educação pública em nível elevado sempre foi uma política praticada e um objetivo das famílias. Afirmou também que há um beneficio em ser um pequeno país, em território, e se ter uma população de pouco mais de cinco milhões de pessoas.

As estatísticas mostram a diferença: enquanto na Finlândia mais de 50% dos jovens entre 18 a 24 anos têm acesso ao ensino superior, no Brasil este número é de apenas 13%.

Asta Wahlgren manifestou seu interesse no intercâmbio na área de negócios.É exigência da universidade que antes de se candidatar à pós-graduação, o recém-formado tenha três anos de prática.

Prata afirmou que os cursos da área: administração, economia e contabilidade ainda estavam muito incipientes no intercâmbio com o exterior. Mas o novo curso de Relações Internacionais amplia os horizontes, já que é esta sua vocação. Uma reunião com a direção do CSE e com os chefes dos Departamentos de Administração e Economia também foi agendada.

Risto afirmou que mais de 300 estudantes de Jyväskylä estão fazendo intercâmbio acadêmico na União Européia e que o processo de Bologna é um dos utilizados. Afirmou também que o processo competitivo na Finlândia é muito grande.

Para mais informações:

Secretaria de Relações Institucionais e Internacionais (SINTER)

Tel: 3721 – 8220

Por Alita Diana/jornalista da Agecom/UFSC