Turnê nacional do show Instrumental RS inicia no dia 3 de março na UFSC

22/02/2010 13:19

O trio Pata de Elefante: rock instrumental

O trio Pata de Elefante: rock instrumental

O gaúcho de hoje é urbano, moderno, cosmopolita e traz nas raízes culturais a mistura de etnias italiana, polonesa, alemã, africana, indígena, espanhola, cigana e portuguesa-açoriana, entre outras. O projeto Instrumental RS, com patrocínio do programa Petrobras Cultural e apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, foi idealizado para mostrar esse viés e o que está acontecendo hoje no caldeirão do sul do Brasil.

A turnê nacional abre no Centro de Cultura e Eventos da UFSC no dia 3 de março. Às 16h haverá workshop com os músicos, na Sala Goiabeira, e às 20h show, no Auditório Garapuvu. A entrada para o espetáculo, apoiado pela Secretaria de Cultura e Arte da UFSC, é gratuito.

A turnê prevê seis shows em seis cidades brasileiras, em que três importantes e diversos grupos instrumentais de Porto Alegre participam: Pata de Elefante – rock, Quartchêto- raízes regionais e Camerata Brasileira – choro. Em cada uma das cidades os músicos irão ministrar workshop para estudantes, músicos e interessados.

Ao longo da turnê está prevista a gravação de um CD em SMD, com tiragem de três mil cópias. As músicas serão disponibilizadas na internet para uso não comercial. Florianópolis (03/03), Curitiba (05/03), Tatuí (07/03) Rio de Janeiro (09/03), Belo Horizonte (11/03) e Porto Alegre (17/03) são as cidades contempladas.

Diversidade

Índios Charruas e Minuanos, vagabundos do campo, changadores e gaudérios são os antecessores do povo do pampa gaúcho. Com a colonização dos Açorianos, em 1752, a cultura de fora se rende a cultura local, já diversificada com tantas influências. Logo todos fariam parte de um único povo, o gaúcho, cuja maneira de falar chegou de forma impressionante até nossos dias, contagiando também a música, os payadores e a poesia produzida no Rio Grande do Sul.

Na capital, onde a população está ligada tanto ao Brasil quanto aos Estados Livres do Prata – ficção criada para celebrar socialmente a união entre Uruguai, Argentina e sul do Brasil – ouve-se Tom Jobim, Pixinguinha, João Gilberto, Nação Zumbi, Tom Zé e Tropicália, mas também Mercedes Sosa, Astor Piazzolla, Fito Paez, Jorge Drexler, Santórsola e Jorge Velázquez. Na literatura Fernando Pessoa e Jorge Amado dividem as prateleiras das livrarias com Alfonsina Storn e Julio Cortazar. Para o gaúcho os caminhos mais lógicos não são Rio de Janeiro e São Paulo, mas Buenos Aires e Montevidéu, seja pela proximidade geográfica, seja pela identidade cultural.

O Instrumental RS vem para mostrar essa peculiar característica do sul do Brasil, numa viagem de sons, história, cultura, colonização e urbanidade, em sonoridades complexas e que traduzem a ausência de fronteiras culturais que forma o nosso caldo cultural.

Sobre os grupos

Pata de Elefante

O trio se diferencia por fazer rock instrumental com ênfase nas melodias. São “canções instrumentais” que atingem em cheio ao público acostumado a ouvir música com vocal. Gabriel Guedes e Daniel Mossmann se revezam entre guitarra e baixo, imprimindo a dupla sonoridade característica do grupo, sustentada pela bateria de Gustavo Telles.

Formada em 2002, a Pata de Elefante tem dois álbuns lançados, circula nos principais festivais independentes nacionais, já realizou turnês em todas as regiões do Brasil e é considerada pela crítica especializada uma das melhores bandas de rock do país.

No show, o grupo mostra seu rock sem vocais, dançante e explosivo. No fim de 2009 conquistou o VMB (MTV) na categoria Melhor Banda Instrumental e lançou o clipe de “Um olho no fósforo, outro na fagulha”. Está presente na caixa com 16 Cds recém-lançada pelo Rumos Música, do Itaú Cultural, incluindo artistas e grupos do Uruguai, Argentina, Paraguai, Chile e Brasil.

No Carnaval, dia 14 de fevereiro, a banda se apresentou em Capina Grande, na Paraíba, durante o Encontro da Nova Consciência. O lançamento do terceiro disco está previsto para abril e sairá pelo projeto Álbum Virtual, da Trama e também em formato físico.

Músicos:

Gabriel Guedes – guitarra e baixo

Daniel Mossmann – guitarra e baixo

Gustavo Telles – bateria

Repertório:

Um olho no fósforo, outro na fagulha (Gustavo Telles)

Hey! (Gabriel Guedes)

Soltaram! (Gabriel Guedes)

Isso é o que tenho pra dizer (Gustavo Telles)

Bolero (Daniel Mossmann)

Marta (Daniel Mossmann)

Discografia:

Pata de Elefante – dez/2004 – Monstro Discos

Um olho no fósforo, outro na fagulha -2008 – Monstro Discos

Quartchêto

O grupo Quartchêto, que está conquistando o Brasil

O grupo Quartchêto, que está conquistando o Brasil

O Quartchêto é uma unanimidade e está conquistando o Brasil de Norte a Sul com seu som refinado e harmonioso, que mistura os diversos ritmos da música gaúcha ao jazz, num resultado contemporâneo e universal. A formação inédita que inclui trombone, acordeão, violão e percussão, viaja com refinamento e bom humor por xotes, vanerões, chamamés, chacareras, milongas, rancheiras e bugios.

O grupo aparece como destaque no documentário “O Milagre de Santa Luzia” e também está presente na caixa com 16 Cds que acaba de ser lançada pelo Rumos Música, do Itaú Cultural, incluindo artistas e grupos do Uruguai, Argentina, Paraguai, Chile e Brasil. Inovador, criativo, diversificado. Assim é o trabalho que o grupo vem produzindo ao longo dos anos. Segundo Hilton Vaccari, violonista e compositor, as músicas surgem de experimentações, ou seja, o grupo se reúne e vai tocando, criando, deixando a música fluir, se misturar.

O som ímpar vem da união do acordeão e do trombone e da mistura de instrumentos com tantas nacionalidades: a percussão da África, o trombone da Alemanha, a gaita da Itália e o violão da Espanha. Muitas apresentações e turnês marcam a carreira do grupo, que percorreu o país através do projeto Natura Musical e que acaba de lançar seu novo CD “Bah”.

Músicos:

Julio Rizzo – trombone

Hilton Vaccari – violão

Luciano Maia – acordeon ou gaita

Ricardo Arenhaldt – percussão

Repertório:

Buricá – Hílton Vaccari e Luciano Maia

Alpargata molhada – Julio Rizzo e Luciano Maia

Polka In four – Hílton Vaccari, Luciano Maia, Julio Rizzo e Ricardo Arenhaldt

Pra onde o Sul nos carregue – Luciano Maia

La Plata – Ricardo Arenhaldt, Luciano Maia e Hílton Vaccari

Galope do Guará – Hílton Vaccari, Julio Rizzo, Luciano Maia e Ricardo Arenhaldt

Discografia:

Quartchêto – 2005

Bah – 2009

Camerata Brasileira

O calendário já marca 8 anos. Somando, dá bem mais, basta contabilizar. Enquanto a maioria dos conjuntos de choro aposta no purismo de uma suposta “originalidade”, os porto-alegrenses da Camerata Brasileira prosseguem com a sua estética sonora inquieta, responsável por dois elogiadíssimos CDs, centenas de shows no Brasil, participação em eventos musicais no exterior e muitos prêmios, entre outros feitos.

Essa proposta criativa, definida por Moysés Lopes, um de seus fundadores, como um “grupo de música instrumental com pés no Brasil e ouvidos no mundo” tem nas origens do estilo apenas a base para um trabalho desafiador, no qual os ramos e frutos são tão fundamentais quanto a raiz. Samba, jazz, baião, maracatu, improvisação, experimentalismo e até psicodelia, além de uma “bossa” quase rock, meio acústica, meio elétrica.

Pixinguinha, Hermeto Paschoal, Garoto, Hamilton de Holanda, Baden-Powell, Ariel Ramirez e Felix Luna, catalisados em releituras surpreendentes para clássicos e contemporâneos, mas também nas composições próprias que estão aí para confundir os rótulos e dar a cara ao tapa, mas sem fugir da briga. Os resultados são imprevisíveis e resgatam a essência do choro, que antes de tudo é um híbrido sem fronteiras.

“Não há como se ignorar que música brasileira tem suas bases na integração das sonoridades de pelo menos três continentes, já que “o samba é made in Brazil, o violão vem da Europa e os tambores são africanos”, salienta Moysés Lopes. Pura provocação, com todo o respeito.

Para 2010 a Camerata Brasileira está organizando sua primeira temporada européia aproveitando que foi selecionada pelo Instituto Cultural Hispânico Brasileiro para realizar uma série de shows na Espanha. A idéia é esticar a turnê por Portugal, França e Dinamarca.

Músicos:

Bruno Alcalde – guitarra

Lucas Kinoshita – bateria

Moysés Lopes – baixo / violão / eletrônicos / administração

Rafael Ferrari – bandolim

Rodrigo Siervo – sax tenor

Repertório:

Noves Fora – Rafael Ferrari

Por Tangos – Moysés Lopes

Cochichado – Moysés Lopes e Rafael Ferrari

Tumaracá – Moysés Lopes e Rafael Ferrari

Discografia:

Deixa Assim – 2005

Noves Fora – 2007

Serviço:

Projeto Instrumental RS

Florianópolis:

Dia 3 de março, 16h – Workshop no Centro de Eventos da UFSC – Sala Goiabeira

20h – Show no Centro de Eventos da UFSC – Auditório Garapuvu – UFSC – Campus Reitor João David Ferreira Lima – Bairro Trindade

Ficha Técnica – Instrumental RS

Produção: Liga Produção Cultural Ltda

Projeto Gráfico: Noz.Art

Direção Artística: Moyses Lopes

Patrocínio: Petrobras Cultural e Lei Federal de Incentivo à Cultura – Ministério da Cultura

Assessoria de imprensa:

Bebê Baumgarten e Kellen Höehr/ BD Divulgação

(51) 3028.4201 e (51) 8111.8703

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