Reitoria da UFFS é transferida para Chapecó

26/02/2010 14:09

Homenagem: setores da UFSC contribuíram com a UFFS

Homenagem: setores da UFSC contribuíram com a UFFS

Uma solenidade festiva, apesar do tom de despedida, marcou na manhã desta sexta-feira, dia 26, no Centro de Comunicação e Expressão, o encerramento das atividades do gabinete da Reitoria da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) no campus da UFSC, em Florianópolis, e sua transferência automática para Chapecó, no oeste de Santa Catarina, onde a nova instituição instalou sua sede, coordenando os campi daquela cidade e os de Erechim e Cerro Largo, no Rio Grande do Sul, Laranjeiras do Sul e Realeza, no Paraná.

O reitor da UFFS, professor Dilvo Ristoff, apresentou o vice-reitor Jaime Giolo e parte dos pró-reitores da universidade, ressaltando a importância da UFSC, tutora da instituição recém-criada, no processo de implantação, que culmina com o início do período letivo, no mês de março. Durante um ano, a estrutura provisória funcionou em salas do Centro Sócio-Econômico, junto ao Instituto de Pesquisas e Estudos em Administração Universitária (Inpeau), até que as instalações de Chapecó ficassem prontas.

Nesse período, a UFFS realizou concursos para a seleção de professores e funcionários e realizou o primeiro vestibular, que aprovou 2.160 alunos para o ano letivo de 2010. Pelo apoio prestado, Ristoff entregou placas de reconhecimento aos diretores do CSE, do Inpeau, da Procuradoria Geral da República junto à UFSC, da Comissão Permanente do Vestibular (Coperve), da Agência de Comunicação (Agecom) e da Fundação de Estudos e Pesquisas Sócio-Econômicos (Fepese).

Na presença do reitor da UFSC, Alvaro Prata, e do vice-reitor Carlos Alberto Justo da Silva, Dilvo Ristoff disse que ao assumir a universidade na fronteira está reencontrando a sua própria história, pois nasceu e viveu até os primeiros anos da adolescência naquela região, que nunca foi contemplada com uma instituição pública de ensino superior. Agora, a UFFS vai perseguir a meta de oferecer 10 mil vagas dentro de quatro anos, contribuindo para o desenvolvimento econômico, cultural e social de centenas de municípios dos três estados do sul.

Inclusão social – Mesmo entendendo que a construção de uma universidade “é permanente e sempre inconclusa”, Ristoff diz que se sente orgulhoso por ajudar a implantar uma instituição “tão aguardada por tanta gente e por tanto tempo”. Empossado pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, em 15 de outubro de 2009, ele afirma ter certeza de que as regiões atendidas pela UFFS jamais serão as mesmas, daqui para frente, assim como acontecerá com as outras 13 universidades que o governo federal está criando em todo o país.

Uma prova do caráter transformador desse processo é que 91% dos aprovados no vestibular da UFFS são oriundos de escolas públicas, 79% não realizaram curso pré-vestibular e 51% vêm de famílias com renda de até três salários mínimos. Outro dado relevante é que 87% dos selecionados constituem a primeira geração da família a que pertencem que consegue entrar numa universidade.

Em sua fala, o reitor Alvaro Prata ressaltou que, além de ajudar na implantação da Universidade Federal da Fronteira Sul, a UFSC está cedendo muitos profissionais que vão atuar na consolidação da nova instituição. Paralelamente às 2.160 oferecidas nos cinco campi, cerca de 2 mil vagas foram abertas nas últimos vestibulares na Federal catarinense, incluindo a sede e os campi de Joinville, Curitibanos e Araranguá. “Estamos fazendo uma revolução em prol da educação”, afirmou Prata, destacando que o que era um sonho há menos de dois anos já é realidade. “Ficamos felizes ao ver os alunos prestes a entrarem nas salas de aula e ao constatar que foram agregadas ao ensino superior áreas de 5 milhões de metros quadrados nos estados do sul”.

Mais informações podem ser obtidas com o reitor da UFFS, Dilvo Ristoff, pelo fone (48) 9963-6587.

Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista na Agecom