Na Mídia: A Copa e a madeira
Sendo o Brasil o país escolhido como sede da Copa-2014 e sede das Olimpíadas e Paraolimpíadas de 2016, muitas construções serão necessárias. O país deve preparar infraestrutura e tem a oportunidade de se destacar no cenário mundial, adotando soluções que contemplem funcionalidade, eficiência, beleza e conforto.
Será também um momento importantíssimo para mostrar ao mundo nosso comprometimento com as preocupações e valores ambientais. Considerando a extensão territorial e clima propícios do país ao desenvolvimento de árvores, chamo atenção para a oportunidade de um projeto ambicioso, visando à transformação e aplicação do material madeira em construções. Nesta proposta está a ênfase à utilização de madeiras provenientes de regiões de manejo sustentável, de florestas plantadas.
A madeira é o único material de fonte prontamente renovável. Na análise do seu ciclo de vida fecha o ciclo do carbono, demonstrando perfeito equilíbrio com o meio ambiente. Para a formação do tecido lenhoso, a natureza se encarrega de capturar o carbono da atmosfera, o qual, em composição com a água da umidade do solo absorvida pelas raízes, produz os polímeros que dão origem à madeira.
O Canadian Wood Council indica que produtos em madeira armazenam mais CO2 do que emitem durante o processo de extração, transporte e beneficiamento. Ao se utilizar madeiras de florestas plantadas, contribuímos para minimizar a busca por aquelas da mata nativa.
O Brasil tem enorme potencial para ser produtor de madeira e um grande transformador desse eco-material em bens duráveis. A curto prazo – 2014 e 2016 –, há grande oportunidade para estabelecimento de diretrizes para preparação dessa vitrine para o cenário mundial.
Carlos Alberto Szücs
Coordenador do Grupo Interdisciplinar de Estudos da Madeira da UFSC
Fonte: Diário Catarinense