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O vice-reitor da UFSC, Carlos Alberto Justo da Silva, e o secretário de Relações Institucionais e Internacionais, Enio Luiz Pedrotti, receberam no gabinete da Reitoria, na manhã desta terça-feira, dia 23, o embaixador da República Tcheca no Brasil, Ivan Jancarek, e o cônsul honorário daquele país europeu em Joinville, Ingo Doubrawa. Foi uma visita de cortesia que teve, também, a intenção de estabelecer contatos preliminares visando a promover futuros intercâmbios de estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina com instituições superiores da República Tcheca.

Mais adiante, é possível que surjam parcerias técnicas, envolvendo o aprendizado da língua, porque a UFSC quer se transformar numa referência no ensino do português para estrangeiros, e trocas na área da engenharia, beneficiando tanto universidades dos dois países quanto empresas que demandam alta tecnologia. “Temos pontos em comum, porque a República Tcheca também é forte na agroindústria e no ramo metal-mecânico”, diz o vice-reitor Justo da Silva. “E, assim como nós, os tchecos mantêm relações fortes com a Alemanha, para onde vão muitos de nossos alunos. Também vejo a criação do curso de Engenharia da Mobilidade no campus de Joinville como mais um fator positivo para esse intercâmbio futuro”.

Hoje, de acordo com o secretário Enio Pedrotti, a Europa atrai mais os estudantes da UFSC do que os Estados Unidos, mas os estudos se concentram em Portugal, França, Espanha e Alemanha. Há 435 alunos da instituição catarinense fora do país, e a intenção é diversificar os destinos, como fazem as nações mais desenvolvidas.

O embaixador Ivan Jancarek destacou que a República Tcheca se encontra bem no centro da Europa, fica a 20 quilômetros de Dresden (para onde vão muitos estudantes da UFSC) e possui uma relação comercial intensa com a Alemanha, com a qual mantém quase 30% do seu comércio externo. Agora, em março, uma equipe da Universidade Federal da Bahia visitará aquele país, também com o objetivo de estreitar relações institucionais – o que ele espera fazer logo com a UFSC.

Lá, diz o embaixador, os estudantes universitários passam pelo menos um semestre do curso fora da instituição em que estudam, se possível em outro país, como forma de exercitar a mobilidade e a integração com empresas e profissionais estrangeiros.

Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista na Agecom