SeCArte homenageia Wanda, que se aposenta com 50 anos de trabalho
Depois de 50 anos de trabalho, a funcionária da Secretaria de Cultura e Arte, Wanda Ritta aposentou-se na quarta-feira, 18, por idade, no dia do seu aniversário de 70 anos. Arquivista por formação e pesquisadora, Wanda começou a trabalhar como professora no Rio Grande do Sul e há três anos graduou-se em história pela UFSC. Sua última grande contribuição foi a organização do acervo do Centro de Documentação do Museu Universitário, ao lado do museólogo Gelci Coelho, o Peninha, recentemente também aposentado.
Esse trabalho incluiu a catalogação de todos os registros fotográficos, películas, negativos, documentos, jornais, revistas e livros sobre o patrimônio cultural e popular, museologia, etnologia e antropologia. Mais recentemente, organizou o acervo do Núcleo de Estudos Museológicos (Nemu).
Homenageada pelos colegas da SeCArte, Wanda teve, na despedida, a visita de vários amigos dos setores onde atuou e recebeu a incumbência da secretária Maria de Lourdes Borges de ajudar, como colaboradora, na organização das festas comemorativas ao aniversário de 50 anos da UFSC. Natural de Porto Alegre, mãe de três filhos, Wanda aceitou o encargo voluntário e agradeceu o reconhecimento que obteve da universidade ao seu trabalho. Com vários cursos de secretariado, atuou muito tempo no SESC e foi funcionária da Delegacia Regional do MEC até ser extinta, há cerca de dez anos, quando se transferiu para o Museu Universitário e de lá para a SeCArte. “Agora vou me dedicar aos livros e as minhas pesquisas”, disse.
Sobre a funcionária risonha e empenhada nas causas dos negros do sul do Brasil, Francisco Pereira, coordenador do Nemu, diz que é uma pessoa muito responsável, dedicada e apaixonada pelo que faz. Destacou-lhe a visão crítica do contexto social e político da universidade. Membro de duas Academias de Letras, a Josefense e a Biguaçuense, é autora de três publicações: “Manual e Roteiro para Secretárias”, “Manual de Arquivista” e “História de São José”. Tem no prelo ainda “Os negros em terra de alemães”, pesquisa sobre a colônia de negros quilombolas de Santa Teresa, resultante de seu trabalho de conclusão do curso de História.
Raquel Wandelli – jornalista na Secarte