8ª Sepex: Estudos propõem alternativas na produção de erva-mate, raiz forte e mandioca
Quando entra em contato com fogo, a folha da erva-mate libera HPA’s, substâncias que podem ser cancerígenas. O trabalho de conclusão de curso de João Gustavo Provesi, graduado em Farmácia – Tecnologia de Alimentos, sugere a adoção de técnicas que aumentam a segurança no consumo da erva e a qualidade do produto.
Analisando a produção de Catanduvas, entre agosto de dezembro de 2008, João estudou técnicas para melhorar o processamento da erva-mate e, em parceria com a Engenharia Mecânica da UFSC, desenvolveu mecanismo que faz com que ela não entre em contato com o fogo.
‘Efeito do tratamento térmico na inativação das óxido-redutases e fixação da cor em folhas de erva-mate’ é um dos trabalhos multidisciplinares apresentados pelo estande do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos na 8ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão.
O espaço também mostra o processo utilizado para produzir raiz-forte em uma agroindústria familiar, tema do trabalho de conclusão de curso de Fernando Back, graduando de Agronomia.
Estudando uma propriedade de Angelina,município de Santa Catarina, Fernando busca métodos para aumentar a produtividade da raiz-forte e sugere formas de apresentar o produto: inicialmente, a raiz vendida era ralada e misturada com vinagre. O aluno viabilizou a venda também em pasta, aumentando o leque de opções oferecido pela agroindústria.
A mandioca é assunto de duas dissertações apresentadas no estande. Com o título ‘Integração do curso de ciência e tecnologia agroalimentar com a pós-graduação determinando o rendimento em amido de dez diferentes cultivares de mandioca do estado de Santa Catarina.’, Helayne Maieves avaliou o rendimento em amido em diferentes cultivares de mandioca do Estado.
Daiana Cardoso de Oliveira, comparou o consumo de água e a eliminação de resíduos sólidos na extração do amido de dez cultivares de mandioca, produtos de melhoramento genético cultivado pela EPGARI, em trabalho com título ‘Avaliação do consumo de água e produção de resíduos sólidos do amido de diferentes cultivares de mandioca’.
Além dos trabalhos acadêmicos, o público pode conhecer um pouco mais sobre o Curso de Ciência e Tecnologia Agroalimentar, instituído pela UFSC em 2008, tendo sua primeira turma ingressa em março de 2009. O Curso de Graduação possui disciplinas ligadas às ciências exatas, biológicas, agrárias e de tecnologia de alimentos. A área de atuação desses profissionais é ampla: podem trabalhar em indústrias de alimentos e bebidas, laboratórios de análises, institutos de pesquisa, universidades, consultorias, órgãos de fiscalização e vigilância sanitária.
Para finalizar, banners falam sobre o Laboratório de Análises (LABCAL), do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos. Os serviços prestados incluem a área de alimentos, com ensaios analíticos em alimentos, matéria-prima, ingredientes, bebidas, embalagens, utensílios e outros; e também a área ambiental, pelo controle microbiológico e físico-químico de águas de mananciais, cultivo, de tratamento industrial e ensaio microbiológico de avaliação do ar interior.
O LABCAL é credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e habilitado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e possui um Sistema de Gestão da Qualidade conforme a BR ISO/IEC 17025, que estabelece requisitos gerenciais e técnicos para que o laboratório possa fornecer resultados válidos de ensaio e calibração.
Saiba mais em: www.labcal-cca.ufsc.br
Por Tifany Ródio / Bolsista de Jornalismo na Agecom