Na Mídia: Primeiros contornos da UFSC Norte

25/09/2009 09:33

A pé ou de bicicleta é que os alunos do curso de engenharia de mobilidade se deslocarão dentro do campus da UFSC em Joinville. Uma prévia do projeto foi apresentado pela primeira vez ontem pela universidade, com destaque para ausência de carros, ao menos na área principal.

A previsão é começar a obra em 2009, mas vai depender da agilidade da terraplenagem, que ainda não tem empresa definida.

O coração do campus será uma grande e redonda praça, com grama, bancos, e espaço para convivência. Ao redor, serão erguidos a biblioteca, o restaurante universitário, o prédio administrativo e as primeiras salas de aula. Essa etapa, de cerca de 5 mil m2 de área aproveitada, precisa ficar pronta até março de 2011. É quando os primeiros 800 alunos do novo campus chegarão. Até lá, vão estudar em salas da Univille.

Em agosto de 2011, a segunda etapa de implantação deverá estar finalizada, com mais salas de aula e alguns laboratórios.

Um ano depois, em agosto de 2012, o projeto do campus inicial estará praticamente pronto. Os laboratórios mais complexos serão construídos atrás das salas de aula. Parte dessa estrutura ficará no terreno do Sinuelo, área plana de 100 mil m2, às margens da BR-101.

Em 2014, ano da Copa no Brasil, a Federal espera poder finalmente dizer: “Terminamos”. Nesta fase, moradias estudantis e hotéis de passagem, para professores e pesquisadores precisam estar finalizadas.

Haverá muito espaço para a natureza. A ala Norte, de cerca de 300 mil m2, será um parque. Os lagos previstos devem ajudar na absorção da chuva. Verdes também serão os limites de todo o campus. Faixas com árvores serão mantidas ou reforçadas para aumentar a barreira do som – o barulho vem especialmente da BR-101.

Para iniciar a construção ainda este ano, é preciso fazer a terraplenagem, orçada em R$ 2 milhões. A licitação para esta etapa tem de sair até 4 de novembro. Na obra inicial, será preciso reordenar 15 mil m3 de terra. Até agora, nenhum caminhão de barro foi movido. O campus pioneiro tem pela frente toneladas de dificuldades. As mais básicas são o fornecimento de energia, água durante e depois da obra.

Ontem, representantes da Celesc, Águas de Joinville, Prefeitura e governo do Estado reiteraram o apoio para essas necessidades. É preciso ainda pensar questões como tratamento de esgoto.

Há problemas complexos e até conhecidos, como a enrolada compra do terreno do Sinuelo. E a mudança de lugar de torres de alta tensão da Eletrosul, que cortam o campus bem no meio. “Estamos otimistas, há verba, e percebemos um grande esforço de vários setores para viabilizar esse campus”, disse Acires Dias, diretor-geral do campus Norte.

Tudo, inclusive a terraplenagem, depende de duas ações: a finalização do Eixo de Acesso-sul, que será a porta principal da universidade, e a área do Sinuelo, essencial para a entrada de maquinários para a construção.

rodrigo.stupp@an.com.br

Fonte: Jornal A Notícia / 24/9/2009