Incubadoras empresariais promovem desenvolvimento sustentável

09/09/2009 09:16

Chocadeiras de renda e emprego

Moacir Loth – jornalista

Santa Catarina comporta hoje 40 incubadoras empresariais tecnológicas. Incentivadas e agasalhadas pela Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado (Fapesc), e inúmeros parceiros públicos e privados (CNPq, Finep, Sebrae etc), as chocadeiras encontram-se espalhadas e disseminadas por todo Estado, promovendo renda, emprego e desenvolvimento sustentável nos locais onde a população vive. Essa semente foi plantada no início da década de 1980 pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Segundo o ex-reitor da UFSC e presidente da Fapesc, Antônio Diomário de Queiroz, as incubadoras robustecem o processo de descentralização e contribuem para a desconcentração científica e tecnológica. Ou seja, a ciência, tecnologia e inovação, consolidadas no litoral, também conquistam espaço no interior do Estado, ancoradas e comprometidas com a preservação e bom uso dos recursos naturais e renováveis.

“Eram dez em 2002. Hoje, ao somarem 40, as incubadoras indicam um crescimento de quase 300%”, lembra Gerson Bortoluzzi, coordenador de Projetos da Fapesc. “E o que é mais importante, a maioria delas funciona muito bem”, comemora.

A implantação dessas unidades, enriquecida pelo processo atual de interiorização e de instalação de novos Campi da Universidade Federal (Joinville, Curitibanos e Araranguá), corrobora com uma efetiva aproximação entre município, Governo, universidade e setor produtivo, reforçando ao mesmo tempo os parques tecnológicos e de inovação existentes e em implantação, como é o caso do Sapiens Parque na Capital do Estado, liderado pela Fundação Certi (Centro de Referência em Tecnologias Inovadoras, sediado no Campus da UFSC).

A recente regulamentação pelo governador Luiz Henrique da Silveira da Lei Catarinense da Inovação promete coroar esse bom momento que foge às intempéries da crise econômica global e escapa das catástrofes naturais que costumam assolar nossas comunidades.

Um novo alento às “chocadeiras” será a apresentação, dia 11, sexta-feira, da Política Catarinense de Ciência, Tecnologia e Inovação. O acontecimento marcará a primeira reunião do Conselho de Ciência, Tecnologia e Inovação de SC (Conciti) e inaugurará, no prédio da Fapesc, o Centreventos Renato Archer, em homenagem ao ex-ministro da Ciência e Tecnologia (MCT). SC parece preparar o cenário para o comprimento da Constituição: aplicar 2% da arrecadação de impostos em CT&I. Parece mentira, mas sonhar não dói!