Governo, setor produtivo e universidades discutem política catarinense para a ciência e tecnologia
Casa cheia hoje (24) na Fapesc – Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica – para a reunião do Conselho Superior da Fapesc, composto pelas universidades, setor produtivo, entidades e o próprio governo que discutiram, entre outros assuntos, a proposta básica para definição da política catarinense de ciência, tecnologia e inovação. O documento consiste no direcionamento estratégico de governo, instituições educacionais e agentes econômicos e sociais para o avanço do conhecimento, o desenvolvimento de novas tecnologias, a concepção e incorporação de inovações que contribuam para a melhoria da qualidade de vida de todos os habitantes de Santa Catarina, de forma sustentável. A UFSC esteve representada no evento.
O encontro de hoje serviu especialmente para a análise e o aperfeiçoamento da versão que ainda vai passar pelo crivo do governador Luiz Henrique e pela primeira reunião do Conciti – Conselho de Ciência, Tecnologia e Inovação – a ser realizada em setembro. Segundo o presidente da Fapesc, Antônio Diomário de Queiroz, desde a década de 1980 o Estado começou a se firmar na área de ciência, tecnologia e inovação, acrescentando que as transformações mais importantes aconteceram de 2003 para cá com a participação da academia, do setor empresarial e do próprio governo. Citou como avanços os marcos regulatórios, destacando-se aí a Lei Catarinense de Inovação, e a estruturação do sistema pela atuação da Fapesc. “Essa política vai marcar a primeira reunião do Conciti, que também coincidirá com a inauguração do auditório Renato Archer, uma homenagem ao ex-ministro de Ciência e Tecnologia”, observou Queiroz.
Diomário de Queiroz lembra que a política catarinense de ciência, tecnologia e inovação, composta, além do Estado e da academia, pelos setores sistêmicos da economia (indústria, comércio e agropecuária), está baseada em alguns pressupostos como, por exemplo, o uso da pesquisa como forma de contribuir para a preservação e a valorização do meio ambiente e o compromisso com Santa Catarina de solidificar o processo de descentralização. E reforça o desenvolvimento regionalizado e a política de desconcentração científica. “Ela também abre perspectivas para o efetivo cumprimento da Constituição Estadual, que prevê a aplicação anual de 2% das receitas correntes do Estado em ciência, tecnologia e inovação, recursos repartidos entre a Fapesc e a Epagri”, conclui.
Mais informações com Antônio Diomário de Queiroz pelos fones 3215-1210 e 9963-2200.