UFSC e RBS assinam protocolo de ações da campanha Crack nem pensar

Fotos Paulo Noronha/Agecom
Estavam presentes à assinatura, o Diretor Geral da RBS em Santa Catarina, Marcos Barboza, o diretor geral de produto Cyro Martins, diretor de marketing Juliano Lissoni e assessor de comunicação Rafael Martini. Da parte da UFSC além do Reitor Alvaro Prata, participaram a Pró-reitora de ensino de graduação Yara Maria Rauh Müller, o professor Otávio Augusto Auler Rodrigues, coordenador do pré-vestibular UFSC e a assistente social Corina Espíndola, assessora de inclusão.
Marcos Barboza explicou que anualmente a RBS escolhe uma bandeira editorial, de cunho social. Este ano o tema escolhido foi a violência, mas por ser muito amplo, decidiu-se centrar no consumo e tráfico de drogas e, após pesquisas, o foco escolhido foi o crack, considerado o “câncer” das drogas, por ser tão agressiva. Duas a três vezes de consumo já são suficientes para viciar. Seu custo inicial é baixo: uma pedra custa R$5, também é fácil seu acesso. Mas a porcentagem de recuperação é de somente 5%, isto é: tem fácil porta de entrada e difícil saída. Um viciado consome de cinco a 10 pedras por dia e acaba cometendo pequenos delitos para manutenção do vício. Estes pequenos delitos se iniciam em casa. A pessoa definha rapidamente e fica com aparência cadavérica. O crack é resíduo da sobra do refino da cocaína e contem altíssima porcentagem de soda cáustica, uma das causas de o seu efeito ser avassalador. Portanto há que atuar na prevenção, sendo a parceria com a UFSC, através de ações concretas no pré-vestibular um grande avanço para a campanha.
A universidade integrará a campanha através de seis ações a serem desenvolvidas no curso pré-vestibular UFSC, relatou à Agecom, o professor Otávio, coordenador do pré-vestibular: divulgação da campanha; palestras que serão feitas por especialistas na área, talk-shows com apresentadores do Grupo RBS e professores do pré-vestibular debatendo o assunto; capacitação de alunos para serem multiplicadores na prevenção nos locais em que habitam, divulgação de material: impresso – através de apostilas, camisetas, e, também, no site e montagem de aulões com o objetivo de conscientização.
Para o Reitor da UFSC esta é uma oportunidade de trabalhar em ações de cunho social com o Grupo RBS, sinônimo de qualidade. Barboza finalizou a reunião dizendo que comunicação e educação têm missões próximas: fortalecer a cidadania e ações conjuntas.
Pré-vestibular da UFSC
O Pré-vestibular da UFSC existe desde 2003. A média de seus alunos tem de 17 a 30 anos. No segundo semestre estará presente em 20 cidades catarinenses, com 26 novas turmas e mais de 2 mil vagas.
Em 2008, o curso atingiu a importante marca de 35% de aprovação nos processos seletivos da UFSC e UDESC, transformando o pré-vestibular no maior projeto de inclusão social público do Estado.
A desistência entre os que ingressam na UFSC , oriundos do pré-vestibular está em torno de 10%. Também foi criado um apoio pedagógico que acompanha esses alunos nas três fases iniciais da universidade, para proporcionar além do ingresso, condições de permanência.
Por Alita Diana/jornalista da Agecom