Paraplégicos ganham esperança com estudo da UFSC
Uma pesquisa iniciada há menos de um ano já está dando resultados promissores para a recuperação de portadores de trauma raquimedular (paraplégicos). Ela prevê a injeção, na medula espinhal, de medicamentos capazes de recuperar a capacidade de
urinar. O estudo é financiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc).
Os medicamentos vêm sendo testados em ratos criados em laboratório, cujas bexigas pararam de funcionar adequadamente em virtude da fratura na coluna. O experimento foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de Santa Catarina e
emprega animais do Biotério da instituição. 
“Os resultados com as bexigas isoladas são promissores”, diz a pesquisadora Janice Koepp. “Além de recuperar a capacidade
normal de urinar,  a proposta é tentar restaurar a atividade locomotora dos animais através da fabricação de uma interface neuronal (chip)”, acrescenta Koepp, que também é coordenadora de Pós-Graduação e Pesquisa no Instituto Heliópolis, um campus
avançado da École de Mines de Saint Etiènne.
Visitas a laboratórios da França e do Canadá alavancaram o estudo, que atualmente mobiliza 12 pessoas, sendo uma na Universidade de Montreal, no Canadá , nove na Universidade Federal de Santa Catarina e duas no Centro de Microeletrônica de
Provence George Charpak, na França. Juntamente com a UFSC, o centro francês pretende desenvolver um chip que fará “a ponte” entre o tecido neuronal sadio e o lesado pelo trauma da coluna vertebral.
A parceria rendeu a apresentação de resumos em congressos internacionais e a criação de um Núcleo de Pesquisas que estuda a lesão medular traumática e bioeletrônica, envolvendo alunos e professores dos departamentos de Farmacologia e Engenharia
Química da UFSC. A equipe ganhará o reforço das Engenharias em breve.
“Nós somos os únicos no Estado a trabalhar com o trauma em animais, mas para chegar aos testes com portadores de trauma raquimedular falta bastante”, afirma Koepp.
Enquanto isso, o grupo pleiteia novos recursos, além dos R$ 24 mil liberados pela Fapesc por meio de Chamada Pública do Programa Jovens Pesquisadores. O dinheiro foi usado para comprar material de consumo, equipamentos e viabilizar o intercâmbio necessário ao sucesso do estudo.
Mais informações: Janice Koepp / Fone: (48) 3237-6007
Por Heloisa Dallanhol/Fapesc
 
        


































 
 
 
 
 
 
