Programas de intercâmbio dão formação mais sólida a alunos da UFSC

Divulgação
Um desses convênios reúne três instituições norte-americanas e duas brasileiras, além da UFSC. O programa Interidisciplinaridade em Letras e Cinema: UFSC, UFMG, UNEB, WSU, NYU e UCLA selecionou três alunos do curso de Letras – Inglês para aperfeiçoarem os estudos entre os meses de setembro e dezembro de 2009. Um deles é Diogo Brüggemann, aluno da sétima fase que vai, pela primeira vez, a um país de língua inglesa. “Estarei estudando em uma universidade norte-americana (New York University – NYU), o que vai contribuir imensamente para minha vida acadêmica”, pondera. Além dele, Leonardo Silva vai para a Wayne State University (WSU) e Fabrício Coelho para a University of California (UCLA).
Os escolhidos receberão ainda uma bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que viabiliza o convênio através de um acordo com o Fund for the Improvement of Postsecondary Education (Fipse), do governo norte-americano. Serão financiados o transporte, as taxas das universidades, uma parte do seguro de saúde obrigatório e o auxílio moradia. Outros gastos ficam por conta do aluno. “Meus pais estão me apoiando e ofereceram ajudar com parte das despesas, porém a maior parte será arcada com o dinheiro que venho economizando nos últimos anos”, conta Diogo.
Coordenadora do programa na UFSC e professora do Departamento de Língua e Literatura Estrangeiras, Anelise Corseuil informa que o convênio já possibilitou o intercâmbio de 26 alunos da UFSC, em sete anos de existência. “Também trouxemos oito professores norte-americanos para ministrarem cursos no Programa de Pós-Graduação em Inglês (PPGI)”, conta. Mas não são apenas os brasileiros que se beneficiam. Além de professores do PPGI também participarem de seminários e palestras nos Estados Unidos, outros 16 alunos de lá vieram para a UFSC desde o início do programa.
Ashton Kramer é norte-americana e também estuda a língua inglesa, na WSU, em Detroit. Ela veio ao Brasil através do convênio, no semestre passado, e garante que foi uma experiência única. “Conhecer pessoas não só do Brasil, mas de todo o mundo, mudou completamente a minha visão sobre meu próprio país”, avalia. Ashton, que recebeu bolsa integral da Fipse, conta ainda que nunca teria aprendido português se não tivesse que falar todos os dias. Mas ela revela: “Sinto falta do Brasil e dos amigos que fiz com freqüência. O único problema do meu intercâmbio é que ele acabou muito cedo”.
Para quem já foi, sobram histórias e dicas. Silvia Biehl formou-se no Curso de Letras – Inglês em 2007 e esteve na WSU em 2004. Aos futuros bolsistas, ela diz que é importante pesquisar sobre a cidade antes do embarque, para estar preparado. “Aconselho também a irem com bastante energia, já que as disciplinas exigem muita leitura e estudo diário”, alerta. Silvia conta ainda que sentiu saudades da família no começo do intercâmbio, mas com o tempo acabou se acostumando. “A única coisa realmente difícil foi a comida do refeitório da moradia estudantil, bem diferente da comida brasileira”.
Mais informações:
Site do programa CAPES-FIPSE na UFSC: www.capes-fipse.ufsc.br
Profa. Anelise Corseuil – Coordenadora do projeto CAPES-FIPSE na UFSC: hcorseuil@terra.com.br
Secretaria de Relações Institucionais e Internacionais da UFSC – Sinter: (48) 3721-8739 – www.sinter.ufsc.br
Por Júlio Ettore Suriano / Bolsista de Jornalismo na Agecom