Estudantes de Engenharia Ambiental da UFSC protestam contra o novo código ambiental
Estudantes do curso de Engenharia Ambiental da UFSC realizaram hoje (5) pela manhã protesto em frente à Reitoria da UFSC contra os artigos do novo código ambiental, aprovado recentemente na assembleia legislativa catarinense. Segundo os organizadores, o código foi elaborado por uma equipe de profissionais da área, mas sofreu alterações durante as discussões nos órgãos do governo que vão comprometer o meio ambiente.
De acordo com os manifestantes, os artigos que tratam das áreas de nascentes e a falta de política de exploração sustentável da mata empurram o código para ilegalidade, uma vez que entra em choque com a constituição de 88. Eles acreditam que os pequenos agricultores foram usados como massa de manobra para a aprovação do novo código, que favorece principalmente empresários, agricultores que não respeitam a lei federal, ao invés de realmente investir em alternativas sustentáveis e duradouras aos pequenos proprietários de terra.
Um dos coordenadores do movimento, Guilherme Gomes, estudante do curso de graduação em Engenharia Ambiental, salientou que a lei tem muitos aspectos considerados avançados. Por outro lado, acha que deveria haver uma intervenção maior da universidade no sentido de tornar práticos projetos ambientais, possibilitando a transferência de resultados de pesquisas aos agricultores.
Com o novo código, observou Gomes, a Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (FATMA) tem dois meses para analisar a viabilidade dos empreendimentos apresentados. Caso isso não aconteça, automaticamente são considerados aprovados e iniciados. Como exemplo, ele citou a possibilidade da instalação de uma empresa no município de Itaiópolis para exploração do fosfato, com tecnologia que causa grande impacto no meio ambiente. O estudante disse que o código precisa ser modificado para que essas distorções sejam reparadas.
Outras informações podem ser obtidas nos sites www.scsustentavel.ufsc.br
ou fone 9977.1282, com Guilherme Gomes.
Por José Antônio de Souza/jornalista na Agecom