“Traços da Cultura Açoriana em Santa Catarina” será inaugurada dia 28

Cultura açoriana no cotidiano e imaginário
A exposição fica aberta ao público até 12 de junho, com visitação entre 9h e 12h, no período da manhã, e de 12h às 17h. O Núcleo de Estudos Açorianos fica no campus da Trindade.
Elias Andrade, ou Índio, como é mais conhecido, nasceu em Sambaqui, na Ilha de Santa Catarina, no dia 23 de janeiro de 1956. Artista plástico autodidata, tem suas obras expostas em vários países da Europa e das Américas.
Índio passa o tempo pescando, desenhando na areia, ou “proseando” com seus vizinhos da Ponta do Sambaqui, na Ilha de Santa Catarina, local onde seus antepassados vieram morar em meados do século 19 e onde vive até hoje com a família. Sua arte forte retrata essa vivência, o contato com a natureza e com os costumes, tradições e folclore do povo de herança açoriana, expressando o que há de mais autêntico na alma dos “manezinhos da ilha”, tanto em seu cotidiano, como em seu imaginário.
Seus temas mais frequentes mostram pescadores, arrastão, sereias, folguedos e festas populares e a herança que os Açorianos deixaram aqui no litoral do nosso Estado.
Contato com o artista pelos telefones (48) 3335-0035 e 9986-4988.
Fotos para ilustrar a matéria poderão ser retiradas no endereço: www.eliasAndrade.com
indioeliasandrade@hotmail.com
Mais informações: NEA/UFSC, fone 48 3721-8605
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Texto de apresentação da exposição:
“A verdadeira cultura nasce sempre de uma integração com a natureza, da qual viemos e para onde voltaremos, quer queiramos ou não admitir este fato. Elias Andrade, melhor que ninguém, personifica o artista perfeitamente integrado ao seu meio ambiente, do qual, aliás, é um dos mais ardorosos defensores.
Vivendo em meio ao ambiente paradisíaco da Ponta do Sambaqui, pescando no braço do Rio Ratones, o artista vivencia esta plenitude, retirando dali a fonte de inspiração para uma arte visceralmente ligada à essas vivências ecológicas. Ao contrário dos ingênuos que fabricam lembranças para os turistas, Elias é um artista que não faz concessões, pinta e cria para atender às suas necessidades expressivas, e o faz de uma forma bastante coerente com suas propostas.
Desenvolvendo desde o início de sua carreira o desenho, é hoje dono de um traço solto e seguro, que entrelaça-se a pinceladas gestuais de cores fortes e sensuais. Sua pintura não relata nem narra. Os temas, sereias, marinhas, festas populares, são apenas um ponto de partida. O artista com a mais plena desenvoltura liberta-se deles e cria uma pintura autônoma, cheia de vivacidade e energia…”
Texto escrito por João Otávio Neves Filho (Janga) – Membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte e da Associação Internacional de Críticos de Arte.