Seminário de Enfermagem debate teoria e prática e divulga trabalhos científicos

01/04/2009 14:12

Inicia nesta quinta-feira, 2/4, no auditório do Centro de Ciências da Saúde, o primeiro Seminário de Ensino, Pesquisa e Extensão em Enfermagem. O evento prossegue até sexta-feira com o objetivo de promover a divulgação dos trabalhos científicos realizados pelos acadêmicos nos grupos de pesquisa e extensão em Enfermagem.

O encontro também vai possibilitar a divulgação dos trabalhos desenvolvidos ao longo do curso, assim como o debate sobre o universo da pesquisa e a ligação entre a prática (assistência) e a teoria. Exercitar apresentações orais; proporcionar entrosamento entre os alunos de diferentes fases do curso e estimular elaboração, articulação, planejamento e executar um evento científico são outras metas do seminário.

O evento tem o apoio do Centro de Ciências da Saúde da UFSC, do Departamento de Enfermagem e do Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde). A realização é do Centro Acadêmico Livre de Enfermagem (CALEnf).

Informações com Cláudia Carraro, 8826 6418, e-mail: sepeenf@yahoo.com.br

Grupo folclórico do arquipélago dos Açores se apresenta na UFSC

01/04/2009 13:31

Grupo visita litoral de Santa Catarina

Grupo visita litoral de Santa Catarina

A UFSC recebe nesta quinta-fera, 2 de abril, o Grupo Folclórico da Casa do Povo de São João, da Ilha do Pico, Arquipélago dos Açores. A apresentação será realizada às 12h30min, na Concha Acústica. O grupo fará também uma visita à sede do Núcleo de Estudos Açorianos (NEA) da UFSC. A equipe está em Santa Catarina em uma viagem de intercâmbio e permanece até o dia 12 de abril.

O intercâmbio é uma retribuição à visita que o Grupo Folclórico Mixtura, da cidade de Bombinhas, fez ao arquipélago no ano de 2007. A cidade de Bombinhas tem um protocolo de geminação com a cidade das Lajes do Pico/Açores/Portugal, que torna as cidades irmãs. Esta ação foi conduzida pelo Núcleo de Estudos Açorianos (NEA) da UFSC, com o objetivo de aproximar cada vez mais a população dos Açores com o litoral de Santa Catarina.

Atualmente várias cidades no litoral catarinense possuem este protocolo de cooperação, atuando em diversas áreas (cultura, folclore, comercial e tecnológico). Outros municípios estão em fase de concretização desta parceria.

O Grupo Folclórico da Casa do Povo de São João é composto de 50 pessoas, entre tocadores e dançarinos, e está acompanhado do Diretor de Cultura da cidade das Lajes do Pico/Portugal. “A visita ao litoral catarinense dará oportunidade de que várias pessoas assistam a um espetáculo belíssimo do folclore açoriano”, destaca o diretor do NEA, Joi Cletison. Segundo ele, a agenda prevê também a realização de um workshop de dança com grupos do litoral de Santa Catarina.

A visita é organizada por meio de uma parceria com diferentes instituições: Associação Folclórica Mixtura, Prefeitura de Bombinhas através da Fundação Municipal de Cultura e Secretaria de Turismo, Instituto Boimamão/Bombinhas/SC e Núcleo de Estudos Açorianos/UFSC.

Mais informações: (47) 3369-1361 / (47) 9602-4349 / afolmix@hotmail.com

O grupo

O Grupo Folclórico da Casa do Povo de São João atuou em público pela primeira vez em 7 de agosto de 1993. É composto atualmente por 38 elementos: oito tocadores, 24 bailarinos e seis vozes, sendo essencialmente os bailarinos, jovens com idades compreendidas entre os oito e 23 anos. Os tocadores e vozes são, na sua maioria, de idade mais adulta.

Em 2007 lançou o seu 1º CD, por ocasião do 24º Aniversário da Casa do Povo de São João. Já atuou em todas as Freguesias da Ilha do Pico. Participou de diversos festivais, já se apresentou em sete das nove Ilhas dos Açores, faltando o Corvo e Santa Maria. Atuou também na Ilha da Madeira, Continente Português e Espanha. Tem repertório variado, sendo que algumas danças também são executados por outros Grupos da Ilha.

Na indumentária usa algumas peças típicas da Freguesia de São João, como alparcas ou (Albarcas) em sola, meias de lã de Ovelha e Chapéu de palha. Os trajes dos elementos masculinos e femininos representam a roupa do pastor e pastora de São João.

Serviço:

Apresentação na UFSC: 02/04/2009 às 12h30min

Local: Concha Acústica da UFSC

Informações: NEA/UFSC 48 3721-8605 ou 9982-8938.

Outras apresentações:

1/4 Bombinhas (afolmix@hotmail.com,cultura@bombinhas.sc.gov.br, boimamão@bombinhas.sc.gov.br) (47) 9602 4349 / 9968 7899 / 9923 0835

2/4 Florianópolis (joi@nea.ufsc.br) (48)9982-8938

3 e 5/4 Bombinhas (afolmix@hotmail.com, cultura@bombinhas.sc.gov.br, boimamão@bombinhas.sc.gov.br) (47) 9602-4349 / 9968 7899 / 9923 0835

6/4 Garopaba (wilfredocultura@ibest.com) (48) 3354-1777

6/4 Sombrio (clairfermiano@hotmail.com) (48) 3533-1409

7/4 Tijucas (cultura@tijucas.sc.gov.br) (48) 9626-8007

8/4 Itajaí (acyr@itajai.sc.gov.br) (48) 9101-1669

9/4 Gov. Celso Ramos (48)3262-0434 e (48) 8813-2224

10/4 Porto Belo (47) 3369-5638

fonte: Núcleo de Estudos Açorianos (NEA)

VESTIBULAR 2009: UFSC divulga a sétima chamada

01/04/2009 12:03

O Departamento Escolar da UFSC (DAE) divulgou a sétima chamada do processo seletivo 2009. Os seis candidatos convocados devem efetivar matrícula junto ao Departamento Escolar de 1º a 7 de abril.

Todos estão convocados para o segundo semestre.

ENGENHARIA CIVIL

JOãO RICARDO PROCHMANN

ENGENHARIA DE PRODUC CIVIL

MAURíCIO CONTRI LAM

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ELÉTRICA

DANIEL MENDES AYOUB

ENGENHARIA QUÍMICA

GEORGE TAVEIRA LOPES

ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO

DAVI APONUS MULLER

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO (noturno)

EDUARDO FERREIRA MOCELIM

Outras informações pelos telefones (48) 3721-6553, 3721-6533, 3721-6547 e 3721-9331.

Por Alita Diana/jornalista da Agecom

A universidade e o futuro do pré-sal em discussão na UFSC

01/04/2009 11:30

Nesta quinta, 2 de abril, às 18h, no auditório Teixeirão (CTC), o Diretório Central dos Estudatnes (DCE) inicia seu Ciclo de Palestras e Debates. Fernando Siqueira, presidente da Associação de Engenheiros da Petrobras falará sobre ´A universidae e o futuro do pré-sal`.

Será abordada a atualidade da questão energética brasileira, com ênfase às possibilidades que se abrem com a descoberta do pré-sal e o papel da universidade nesse tema. Crítico do atual sistema de concessões da exploração do petróleo no país, o engenheiro defende a recuperação da Petrobras para o estado brasileiro e o controle nacional sobre a exploração dos campos. A entrada é gratuita

Organização: Diretório Central dos Estudantes Luís Travassos, gestão “Boas Novas” 2008 – 2009

Para acompanhar ao vivo: mms://tvled.egc.ufsc.br/aovivo.

Mais informações: camila.collato@gmail.com

UFSC oferece curso gratuito sobre ´Condição Humana na Modernidade do Século XXI`

01/04/2009 11:17

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão da UFSC oferece a partir deste semestre cursos de extensão gratuitos em Estudos Interdisciplinares. O primeiro módulo terá como tema ´Condição Humana na Modernidade do Século XXI`. As inscrições devem ser feitas até o dia 9 de abril, na secretaria da PRPE, localizada no segundo andar do prédio da Reitoria. O candidato deve ter curso superior completo ou estar cursando ao menos a sexta fase de qualquer graduação oferecida pela UFSC.

As aulas iniciam no dia 17 e serão realizadas sempre às sextas-feiras, entre 19 e 22h, na sala 103 do Centro Socioeconômico. A relação de selecionados será divulgada no dia 14 de abril.

O coordenador do primeiro módulo é o professor Héctor Ricardo Leis, docente associado do Departamento de Sociologia e Ciência Política, membro dos Programas de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas e em Sociologia Política da UFSC. Segundo ele, o curso tem como alvo um público amplo de profissionais, graduados e alunos das últimas fases que desejam aprofundar e reciclar seus conhecimentos.

Um dos objetivos é buscar uma reflexão sobre os principais temas, problemas e desafios do homem e da sociedade neste início de século XXI. A capacitação vai também discutir a crise ambiental, os desafios da globalização e das relações internacionais, assim como os principais desafios econômicos, sociais e políticos do país. “Trata-se de um curso de aprofundamento e atualização de conhecimentos e vivencias, aproveitando-se tanto da reflexão de autores contemporâneos como de autores clássicos das ciências sociais e humanas, assim como da filosofia e da teologia”, descreve o coordenador no programa do primeiro módulo.

Serão 50 vagas, sendo 50% para alunos da UFSC e 50% para a comunidade. O curso será desenvolvido em 12 encontros semanais, de três horas.

Mais informações: 3721-8305 / monica@cca.ufsc.br

Saiba Mais:

Próximos cursos a serem oferecidos, ainda com data a ser confirmada:

– Liderança e Gestão no Estado e na Sociedade do Século XXI

Prof. Gregório Jean Varvakis Rados (CTC)

– Ciência e Técnica no Século XXI

Prof. Irlan von Linsingen (CTC)

– Relações Internacionais no Mundo Globalizado do Século XXI

Prof. Arno Dal Ri Júnior (CCJ)

– Vida e Natureza no Século XXI

Profa. Natalia Hanazaki (CCB)

Curso de Jornalismo da UFSC completa 30 anos

01/04/2009 10:48

Fotos: Paulo Noronha/ Agecom

Fotos: Paulo Noronha/ Agecom

Aula magna, realizada no dia 30/03, no auditório do Centro de Comunicação e Expressão, relembrou fatos relacionados à criação do curso. Exigência da formação superior em Jornalismo está na pauta da sessão de hoje do Supremo Tribunal Federal

O quadro, em 1978, era de censura, de jornalistas e manifestantes calados em nome da Lei de Segurança Nacional. Na lembrança estava a morte do jornalista Vladimir Herzog, que foi torturado para explicar a sua ligação com o Partido Comunista Brasileiro e que morreu, supostamente ao se enforcar com um cinto. Era ditadura.

Jornalistas de fora de Santa Catarina e interessados em fundar o primeiro curso de jornalismo no estado travavam lutas desde 1973, para a sua criação. Paulo Brito era um deles. “Quando o curso começou, já havia televisão na cidade, os jornais eram impressos em rotativas e publicavam fotos dos jogadores do Avaí e Figueirense. Havia um mercado para jornalistas”.

Mas foi somente em 8 de março de 1979 que nasceu Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina. O primeiro coordenador, o jornalista Moacir Pereira, lembra que um nome tem que ser homenageado neste aniversário de 30 anos. “Foi preciso que uma pessoa – Caspar Erich Stemmer, o reitor da UFSC na época – com formação fora da área de comunicação, tivesse a sensibilidade para perceber que Santa Catarina precisava criar um curso de Jornalismo”. Moacir relata também que em Florianópolis havia um movimento contrário a sua criação. Empresários, jornalistas e a própria imprensa diziam que o mercado já estava saturado, que não havia professores, e que o “jornalista já nasce feito”. O único jornal catarinense que apoiava o curso era o Jornal de Santa Catarina.

“Ouço a frase ‘não é o diploma que faz o jornalista’ desde que comecei a dizer, na redação de O Estado, em 1972, que pretendia fazer o curso de Jornalismo. Aquela lenda urbana, segundo a qual jornalismo se aprende fazendo, não se sustenta. Primeiro, porque as redações estão tão ‘enxutas’ que ninguém tem tempo de conversar trivialidades, quanto mais de fazer transmissão de tecnologia e vivências. Depois, porque há cada vez menos jornalistas experientes nas redações”, diz o jornalista César Valente, um dos fundadores do curso.

A graduação era, em sua essência e prática, democrática. Exemplo disso é o regime paritário que dava igualdade de direitos de decisão aos alunos, professores e servidores. Segundo o professor Moacir Pereira, o lema era “liberdade, consciência crítica e responsabilidade”. Os primeiros anos foram de intensa participação na vida política do Estado.

O professor Eduardo Meditsch conta que foi dos corredores do Jornalismo que saiu o movimento das Diretas Já em SC. O ex-aluno e atual Presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo de Andrade, ressalta a importância que o curso teve no cenário político. “Esse curso sempre esteve na liderança de grandes lutas. Muito do que a gente viu, vê e considera uma conquista, é criação dos alunos e professores do curso de Jornalismo”.

Mas quando a primeira turma se formou, em 1982, foram observadas deficiências do ponto de vista técnico e científico. O curso funcionava com espaço físico reduzido, tinha poucos equipamentos e quase nenhuma estrutura laboratorial. Esta era uma das razões para que os alunos protestassem, lembra o Diretor do Centro de Comunicação e Expressão, Prof. Felício Wesslign Margotti. “Lembro-me de quando os alunos colocaram as máquinas de escrever dentro de um carrinho de supermercado e foram protestar na Reitoria”. O ex-secretário do curso, Dalton Barreto, conta que “os estudantes iam à Reitoria para terem aulas lá. Era uma forma de protesto pelo pouco espaço no curso”.

Uma imagem desses primeiros anos do Jornalismo da UFSC apareceu publicada no Coojornal de Porto Alegre, em 1982, apresentada como “A Faculdade Alternativa” num tempo em que “alternativo” significava estar do lado certo, na luta contra a ditadura e o bloco de forças conservadoras que a sustentavam no poder.

No entanto, em 1984, constatou-se a inviabilidade de se levar adiante um projeto estritamente político e muitos professores deixaram a universidade. A reconstrução começou em 1988, sem que a formação política fosse descartada, mas com cuidado para que não se sobrepujasse às outras. Era necessária a adaptação às realidades do mercado.

A década de 1990 marcou a consolidação do projeto que visava à formação profissional de jornalistas. Exemplo disso foi o programa diário de rádio “Universidade Aberta”, produzido por alunos. Em 1996, o projeto se ampliou para a TV, em 1997, para a mídia impressa e em 1998 criou o primeiro site jornalístico de SC, antecipando-se às empresas de comunicação.

Em 2006, o curso recebeu conceito máximo (nota 5) no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade).

Quanto à estrutura, pode-se dizer que melhorou bastante em relação ao seu princípio. São laboratórios de infografia, fotografia, televisão, novas mídias, rádio e redação. No corpo docente estão 21 professores efetivos e cinco substitutos. Nos projetos, há desde a mídia impressa, o Jornal Laboratório Impresso Zero, até os mais recentes estudos sobre TV digital, no Núcleo de TV Digital Interativa. Por semestre são aprovados 30 estudantes no vestibular.

O curso é o único no Brasil a dedicar formação exclusivamente para o jornalismo. O coordenador e ex-aluno, Áureo Mafra de Moraes, informa que o MEC está discutindo novas diretrizes curriculares nos cursos de comunicação e que a tendência é adotar o modelo praticado pela faculdade da UFSC.

Extinguir a regulamentação profissional não abrirá mercado de trabalho, não abrirá novos canais de expressão, não aliviará em nada a vida daqueles que acham que não têm voz. Mas, é claro, será uma maravilha para as empresas, que ficarão livres dessa legislação ‘fascista’ que tanto as incomoda”César Valente

E depois de 30 anos, alguns dos fundadores, Moacir Pereira, César Valente, Paulo Brito e Maria Elena Hermosilla foram dar uma aula inaugural assistida por um auditório lotado de alunos, ex-alunos, professores, além do Reitor Álvaro Prata, do Presidente da Fenaj, Sérgio Murillo, e do Presidente do Sindicato dos Jornalistas (SJSC), Rubens Lunge. O tema era a visão sobre a formação do curso superior e do mercado de trabalho. “Quem faz o mercado são vocês”, segundo Paulo Brito.

Mas o assunto mais debatido foi a obrigatoriedade do diploma para exercer a profissão de jornalista. “Mesmo com a legislação atual, qualquer pessoa pode escrever, remuneradamente ou não, nos jornais.

Extinguir a regulamentação profissional não abrirá mercado de trabalho, não abrirá novos canais de expressão, não aliviará em nada a vida daqueles que acham que não têm voz. Mas, é claro, será uma maravilha para as empresas, que ficarão livres dessa legislação ‘fascista’ que tanto as incomoda”, analisa o jornalista César Valente.

A Fenaj defende que são pertinentes a exigência de registro e a formação acadêmica, pois a atuação nesta área não prescinde de conhecimentos técnicos específicos e, sobretudo, de preceitos éticos.

No local, só foram encontradas pessoas favoráveis à obrigatoriedade do diploma. O presidente da Fenaj ainda ressalta que “a não-obrigatoriedade do diploma é um golpe, sim, para a categoria, mas é um golpe maior para a sociedade. Nós estamos do lado da verdade”.

Assim, encontra redigido o art. 4º do Decreto-lei nº 972/69: “O exercício da profissão de jornalista requer prévio registro no órgão regional competente do Ministério do Trabalho e Previdência Social que se fará mediante a apresentação de (…) diploma de curso superior de jornalismo, oficial ou reconhecido, registrado no Ministério da Educação e Cultura ou em instituição por este credenciada”.

O Supremo Tribunal Federal pretende dar fim, neste dia 1° de abril, à exigência da formação superior em jornalismo.

Entrevista

Moacir Pereira, primeiro coordenador do curso

O que levou vocês a criarem o curso de jornalismo na UFSC?

O exercício do jornalismo, pelo Decreto-Lei 972, de 1969, exigia formação universitária. Segundo, a convicção pessoal sobre a importância da formação acadêmica. Terceiro, a constatação de que no Brasil inteiro os Estados tinham cursos superiores de Jornalismo. Finalmente, o convencimento de que só a Universidade poderia garantir consciência crítica, conhecimentos universais, postura ética e habilitação técnica.

Quais foram as maiores dificuldades que os fundadores encontram para a formação deste novo curso?

Começava com a contestação de vários jornalistas, alguns colunistas famosos, que se opunham ostensivamente à idéia. “Jornalista nasce feito, traz o sangue nas veias”, alegavam. Os precedentes também não ajudavam. Um grupo de trabalho concluiu pela não instalação do Curso em 1973. Não fora a visão do reitor Caspar Erich Stemmer, o curso não teria sido criado. Ele foi determinante e determinado. Procurou agilizar tudo no Conselho Federal de Educação e no MEC. E ofereceu as condições mínimas – ainda que precárias – para instalação da Coordenação do Curso no prédio da Imprensa Universitária. Havia, ainda, a má vontade dos empresários, contrários ao curso superior. Alegavam que não havia mercado de trabalho. O cenário geral era recheado de obstáculos a superar.

Qual a importância da formação acadêmica para o profissional jornalista?

Não consigo vislumbrar o exercício do jornalismo sem a formação acadêmica. É preciso muito mais, como leitura, atualização constante, domínio das novas tecnologias, aprimoramento ético e outras condições humanas e profissionais. Mas uma boa universidade sempre fará o diferencial. Jornalismo é atividade muito séria, de múltiplas responsabilidades, para ser exercido por quem não tem habilitação. No geral, os bons jornalistas saem das universidades.

Por Maria Luíza Gil/ Bolsista de Jornalismo na Agecom

UFSC busca relação transparente com auditores

01/04/2009 10:22

Prata (centro) coordena reunião com auditores...

Prata (centro) coordena reunião com auditores...

Na Sala dos Conselhos, onde pela manhã de ontem (31 de março) o Conselho Universitário aprovou o Relatório de Gestão de 2008, aconteceu à tarde uma reunião inédita no Serviço Público: uma conversa franca e aberta entre uma equipe de auditores da Controladoria Geral da União (CGU) e os pró-reitores, diretores de Centros, diretores administrativos e o reitor Alvaro Toubes Prata. A iniciativa foi elogiada pelos próprios auditores e considerada positiva pelos dirigentes, inclusive pelo representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE) presente à reunião. Atuando de forma integrada com a Auditoria Interna da UFSC, a CGU permanecerá, de mala e cuia, durante dois meses na Instituição. (A auditoria hoje na universidade é permanente, quando não presencial, desenvolve-se a distância).

O reitor pensa que, com o diálogo, favoreceu a consciência da Administração em relação ao trabalho da CGU e permitiu, de quebra, que os auditores conhecessem melhor as especificidades da estrutura de funcionamento da Universidade. Os dois lados aproveitaram para dirimir dúvidas e concluíram que não se encontram em lados opostos. Tanto a UFSC como a Controladoria manifestaram-se comprometidas com o aperfeiçoamento do serviço prestado à sociedade. (Ou seja, a UFSC não é vilã nem a CGU é bicho-papão!).

Os auditores enalteceram a preocupação da UFSC com a ética e a transparência. Sublinharam que a iniciativa de conversar abertamente deveria ser uma prática a ser adotada por todos os órgãos públicos. A Auditoria da CGU promete trabalhar nesses dois meses de portas abertas. Lembra, contudo, que as informações precisam ser prestadas, que existem prazos e que, assim como a universidade, também presta contas ao Tribunal de Contas da União (TCU). A equipe sublinha que não basta ser honesto: “é preciso demonstrar claramente isso à sociedade”.

Diretores e pró-reitores, além de esclarecimentos, teceram algumas críticas a exageros e redundâncias inerentes às auditorias. A equipe reconheceu que “os auditores não são infalíveis” e interpretou as críticas como sendo construtivas. Os exemplos mostram-se ricos dos dois lados. Tudo num clima bastante descontraído pelo bom humor do reitor!.

...que solicitaram maior envolvimento de todos os diretores

...que solicitaram maior envolvimento de todos os diretores

A Controladoria Geral da União, segundo seus representantes, é a favor do exercício pleno da autonomia universitária. Para os auditores, a transparência tem o poder de incrementar respaldo à autonomia. Eles solicitaram, neste sentido, respaldo às ações desenvolvidas pela Auditoria Interna da UFSC. Essa, entendem, é uma forma preventiva de atuar em defesa do conceito e do bom nome da Instituição.

Os pró-reitores, assimilando os recados dos auditores, solicitaram um maior envolvimento de todos os diretores. “É necessário descentralizar e dividir as responsabilidades”,lembrou, por exemplo, o pró-reitor de Desenvolvimento Humano e Social, Luiz Henrique Vieira Silva. Já o auditor interno da UFSC, Audi Luiz Vieira, realçou os benefícios de cortar possíveis irregularidades na raiz. A CGU prega uma auditoria interna forte e bem equipada. “Atuante e preparada poderá auxiliar os setores e ser, efetivamente, nosso braço direito no Campus”.

O reitor Alvaro Prata recomendou interagir com a Controladoria Geral da União para haver uma melhor compreensão da dinâmica própria de uma universidade pública federal. “A conquista da credibilidade e da legitimidade junto à população ajudam nmo entendimento da CGU sobre a importância da UFSC para o conjunto da sociedade”, concluiu Prata.

Fotos: Paulo Roberto Noronha