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Considerado um dos destaques da Série Didática da Editora da UFSC (EdUFSC), a terceira edição do livro Inteligência Artificial – Ferramentas e teorias (R$35,00; 371p.), do professor e pesquisador Guilherme Bittencourt, falecido recentemente, vítima de câncer, ganhou um projeto gráfico moderno e uma nova capa. Inteligência Artificial é a área da ciência que “tenta abordar o problema usando um tratamento simbólico”.

Bittencourt, que iniciou na UFSC como professor do Departamento de Engenharia Elétrica e que também já integrou a equipe de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE – São José dos Campos, SP), prioriza a abordagem simbólica do problema da inteligência, sem, no entanto, deixar de se aventurar em outros campos da matéria. Além de aprofundar os aspectos técnicos, sublinha na apresentação a pesquisadora Sandra Sandri, do INPE, o texto também disseca questões históricas e filosóficas. “O livro é uma ferramenta didática exemplar”, pois consegue ser “conciso e ao mesmo tempo abrangente”, acrescenta Sandri.

De acordo com as explicações didáticas constante na obra, “o que hoje chamamos de inteligência artificial (IA) é um ramo da ciência da computação ao mesmo tempo recente (oficialmente a IA nasceu em 1956) e muito antigo, pois a IA foi construída a partir de idéias filosóficas, científicas e tecnológicas herdadas de outras ciências, algumas tão antigas como a lógica, com seus 23 séculos”.

A pesquisa oferece um panorama sobre a evolução das idéias filosóficas ocidentais sobre a natureza da matéria e da mente, descrevendo igualmente as controvérsias que marcaram a busca de fundamentos filosóficos e teóricos para a matemática e os problemas de computabilidade e coerência das teorias matemáticas. Ainda no primeiro capítulo, o pesquisador recupera a história dos mecanismos artificiais construídos para simular o comportamento humano, dimensionando a evolução da Inteligência Artificial ao longo do tempo.

A aplicação da Inteligência Artificial é cada vez mais intensa diante das exigências da evolução tecnológica, sobretudo no comércio, na indústria, na própria pesquisa e nos setores estratégicos, já que hoje a área está integrada, cooperando e contribuindo com a ciência e a tecnologia dos vários campos de conhecimento.

A Inteligência Artificial apresenta-se, em síntese, como uma ferramenta imprescindível para superar os desafios científicos, tecnológicos sociais e econômicos que atormentam a humanidade cotidianamente.

Informações sobre o livro na Editora da UFSC pelo fone 3721-9408.

Por Moacir Loth/jornalista na Agecom