Odontologia da UFSC promove seminário para mudar currículo

26/03/2009 13:47

Para Efigênia, formação precisa ser mais generalista

Para Efigênia, formação precisa ser mais generalista

Professores, representantes dos estudantes de graduação e alunos da pós-graduação, além de profissionais da área, participam hoje (26), a partir das 8h, no auditório do CCS, do seminário “A integralidade de odontologia: organização das clínicas”, promovido pelo Departamento de Odontologia da UFSC. O curso pretende buscar subsídios para modificar o currículo da graduação, atendendo às novas diretrizes curriculares nacionais, que apontam para a necessidade de novas metodologias de ensino-aprendizagem, de uma matriz curricular capaz de garantir uma formação de profissionais generalista e com visão crítica, postura ética e sensibilidade social.

A abertura do evento foi feita pelo pró-reitor de Assuntos Estudantis, Cláudio José Amante, que salientou a importância das mudanças que poderão acontecer a partir do seminário. Já a palestra principal foi dada pela professora Efigênia Ferreira e Ferreira, do Departamento de Odontologia Preventiva e do curso de pós-graduação em Odontologia, da Universidade Federal de Minas Gerais. Ferreira salientou a necessidade de se estar motivado para as mudanças que vão ser feitas.

E essa motivação, acrescentou Ferreira, precisa ser estimulada nos alunos, de forma que eles se tornem profissionais inseridos no contexto da nova abordagem da odontologia no país e no mundo. Segundo Efigênia, as escolas devem ampliar seus currículos para um atendimento generalista dos pacientes, observando a odontologia como parte de um sistema mais complexo de saúde.

Na opinião da professora, 80% dos pacientes atendidos nas clínicas das faculdades são vinculados ao Sistema Único de Saúde, SUS. “Eles serão os pacientes dos futuros profissionais nos consultórios particulares. Essa é a oportunidade de irem formando clientela e exercitando uma nova forma de abordagem nos tratamentos da saúde bucal”, salientou. O modelo de atendimento generalista está centrado na filosofia que rege o SUS, um sistema que ela considera bom, mas que peca pela falta de formação de recursos humanos.

Já o professor Mauro Caldeira de Andrade, chefe do Departamento de Estomatologia, observou que para os professores é um desafio a ser enfrentado. “Todas as mudanças encontram resistências, e o seminário pretende exatamente estimular a discussão e motivar os professores para as alterações que devem ser feitas, pois a visão mais ampla da odontologia atende às necessidades internacionais, uma vez que estamos vivendo numa sociedade globalizada”, lembrou Andrade.

Mais informações pelos fones (48) 3721-9520 e 3721-9532, com o professor Mauro ou Daniela Lemos.

Texto e foto: José Antônio de Souza