Instituto de Estudos de Gênero da UFSC cria comunidade para discussão de temas como a legalização do aborto

13/03/2009 13:05

Criada há apenas cinco dias, a comunidade virtual na Internet “Queremos ser excomungadas” já conta com o apoio de mais de 300 pessoas. O grupo formado pelo Instituto de Estudos de Gênero (IEG) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) repercute o caso da menina de nove anos que realizou aborto após ser abusada pelo padrasto, abrindo espaço para discussões de assuntos como legalização do aborto, e manifestando-se contra a decisão de excomunhão tomada pelo arcebispo dom José Cardoso Sobrinho. “Nosso objetivo não é causar arruaça e sim conscientizar. A comunidade é uma forma virtualmente política de disseminar nossa ideia”, afirma Jair Zandoná, doutorando integrante do Instituto.

Criado em dezembro de 2004 por professoras de diferentes departamentos da universidade, o IEG busca dar visibilidade às pesquisas e atividades acadêmicas ligadas aos direitos das mulheres e à igualdade de gênero. O Instituto também realiza o Seminário Internacional “Fazendo Gênero”, encontro bi-anual que promove debates sobre as questões de gêneros. “O evento começou com um pequeno encontro no Centro de Comunicação e Expressão e na última edição, em 2008, contamos com a presença de mais de três mil pessoas”, diz Mara Coelho de Souza Lago, professora do departamento de Psicologia da UFSC e uma das coordenadoras do Instituto.

Mais informações (48) 3721-8211

Por Paulo Rocha Azevedo/ Bolsista de Jornalismo na Agecom