Curso de Relações Internacionais da UFSC promove eventos inaugurais

25/03/2009 10:19

Evento inaugural - Curso de Relações Internacionais

Evento inaugural - Curso de Relações Internacionais

Uma série de eventos marca o início do novo Curso de Relações Internacionais da UFSC. A aula magna será realizada nesta quarta, dia 25, tendo como palestrante o professor Sebastião Velasco e Cruz (Unicamp), que falará sobre o campo das relações internacionais no Brasil.

O professor Enio Pedrotti, secretário de Relações Institucionais e Internacionais (SINTER) conversou com os calouros dia 17 de março, no miniauditório da Economia, no evento inaugural do curso.

Pedrotti saudou os alunos dizendo que estavam iniciando um curso novo numa universidade também jovem, comparada às universidades centenárias da Europa. Segundo o palestrante, o curso de Relações Internacionais, especificamente, necessita de mobilidade acadêmica.

Os alunos devem conhecer outras realidades, outras culturas, sejam as da América Latina, ou as de outros continentes. Aprender como as

sociedades se comportam, ter diferentes vivências. Destacou, também, a importância de estabelecer parcerias e que é necessário trabalhar com pessoas com as quais se tenha conexão.

O intercâmbio vem aumentando, na universidade, nos últimos anos: programas como Erasmus e Santander-Portugal recebem e enviam alunos. Pedrotti citou, ainda, o Programa de Mobilidade Acadêmica da Associação de Universidades – Grupo Montevideo (AUGM), que permite passar um semestre numa universidade da Argentina, Chile, Uruguai ou Paraguai. A UFSC paga a passagem de seus alunos e a alimentação e hospedagem ficam por conta do país que acolhe.

Pedrotti confessou-se um apaixonado pela América Latina, para ele, um dos grandes desafios para os estudantes. O secretário está confiante na atuação da Universidade Latino-Americana (UNILA) que tem como ponto fundamental a integração do continente. Está previsto que tenha 10 mil alunos, sendo 50% brasileiros e 50% de outros países da América Latina, com currículo bilíngüe e professores também na mesma proporção dos alunos. A Itaipu Binacional doou 40 hectares para a construção da universidade. Ele também citou a Universidade da Fronteira Sul ( UFFS), sendo a UFSC a tutora, abrangendo os três estados da Região Sul.

Para o professor, a universidade que se esforça para colocar seus alunos em contato com outros se torna grande. Este contato tem que se desenvolver sob os eixos da interdisciplinaridade, parceria, sustentabilidade, multidisciplinaridade e mobilidade.

Fotos Paulo Noronha - Agecom

Fotos Paulo Noronha - Agecom

A mobilidade fertiliza a instituição

Para o palestrante a mobilidade cria condições para o entendimento sociocultural e internacional. Chamou atenção para o momento especial para intercâmbio na Europa: há vagas nas salas de aula das universidades européias, em decorrência da diminuição das taxas de natalidade.

Do ponto de vista da diplomacia, a mobilidade é olhada como um passo para a paz. As instituições devem estimular a mobilidade em todos os níveis. Ela facilita o desenvolvimento de competências técnicas, científicas e pedagógicas; amplia a consciência sobre a vida, a educação e o trabalho, fomenta e reforça a coesão dentro da América Latina, em especial.

“O país deve atrair pesquisadores estrangeiros”, foi a filosofia implantada pelos países mais ricos do mundo. As universidades dos Estados Unidos têm muitos chineses trabalhando em suas bancadas.

É necessário, cada vez mais, desenvolver tecnologia. Na América Latina deve ser um tema permanente para as instituições: trazer os melhores cérebros. A mobilidade vem desde o tempo dos portugueses e a questão persiste: – Qual é o caminho?

Dúvida que permanece ad eternum.

A cooperação latino-americana precisa ser um forte compromisso entre as universidades participantes, tem que ser vista como prioridade estratégica institucional e tem que ter garantia da efetividade do custo-benefício dos programas. A interdependência que vivemos no século 21 obriga uma aproximação entre as instituições pelo incentivo ao intercâmbio universitário

Pedrotti contou ainda da recente experiência da SINTER de receber 22 estudantes de Moçambique e Angola que passaram dois meses em laboratórios da UFSC fazendo iniciação científica.

A imagem final da palestra foi uma ponte parisiense. Para o palestrante o intercâmbio constrói pontes, liga pessoas, neurônios e culturas.

Os calouros, que lotaram o auditório, fizeram várias perguntas sobre como participar de intercâmbios acadêmicos e como poderiam se organizar para fomentar o intercâmbio no Curso de Relações Internacionais.

Por Alita Diana/Jornalista da Agecom

Mais informações:

Coordenadoria Relações Internacionais

(48) 3721-9384 / coordri@cse.ufsc.br