Conferência Nacional debate a necessidade de transformar recursos humanos em gestão de pessoas
Integrando os painéis da Conferência Nacional de Recursos Humanos da Administração Pública, regional sul, realizada no auditório da Reitoria da UFSC, na tarde de quinta-feira, dia 26, foi apresentado de 14h às 16h: Sistemas e processos em gestão de pessoas, tendo como painelistas Maria do Socorro Mendes Gomes e Cláudio Cavalcanti.
Maria do Socorro focou sua fala na necessidade de mudança de nomenclatura e de visão de “recursos humanos” para “gestão de pessoas”. Lembrou que as organizações privadas consideram que a inteligência, competência e habilidades das pessoas é que as definem. Mudanças recentes de denominação já aconteceram nestas organizações, sugerindo que as pessoas, mais que recursos humanos, são valor agregado, ou não, às instituições.
“No serviço público a alteração do conceito é mais delicada que na iniciativa privada. Parte dos que são terceirizados são tratados do ponto de vista da gestão de contratos e os servidores com contrato temporário também são tratados de forma diferente”, ressaltou.
A área de recursos humanos deve ser considerada estratégica na organização, pelo que administra e pelo papel de motivar, entre outras atribuições. Não deve se constituir em uma área específica: cada servidor público que coordena uma equipe de trabalho está fazendo gestão de pessoas. É necessário ter uma rede na instituição que trabalhe com estes conceitos, se não as ações serão esquizofrênicas.
Mendes Gomes enfatizou que as chefias devem ser capacitadas para a gestão de conflitos, desenvolvimento de potencialidades, entre outras tarefas ligadas ao conceito de gestão de pessoas. “Essas mudanças de atitude se refletem na política de avaliação de desempenho, vinculado às metas estratégicas da instituição.
No momento em que se pensa no conceito de gestão de pessoas é necessário que as áreas de recursos humanos tenham que cada vez menos lidar com a folha de pagamento”.
O grande desafio, concluiu, é motivar servidores que têm uma garantia de estabilidade, decorre, portanto, que o perfil do chefe deve ser mudado nas instituições.
Cláudio Cavalcante falou que as inovações tecnológicas não substituem as inovações gerenciais. Citou os dois grandes marcos da Tecnologia da Informação (TI) do governo federal:
Sistema de Administração de Recursos de Informação e Informática ( SISP) e o Comitê Executivo do Governo Eletrônico (CEGE), ligados ao Ministério do Planejamento. Lamentou que a terceirização tivesse sido feita sem controle e salientou a necessidade de locar pessoas permanentemente para trabalhar em gestão da TI.
Por Alita Diana/jornalista da Agecom
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