Conferência discute gestão por competências e avaliação de desempenho
O último painel da etapa regional sul da Conferência Nacional de Recursos Humanos da Administração Pública trouxe quatro palestrantes para discutir o tema Sistemas e Processos em Gestão de Pessoas. Diogo Joel Demarco e Simone Velasco, representantes do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, apresentaram o panorama da Gestão de Pessoas e Avaliação de Desempenho nos órgãos do governo. Demarco destacou a gestão por competências, que visa ao desenvolvimento do conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes requeridas dos servidores para os objetivos das instituições.
Segundo Diogo Joel Velasco, coordenador geral de desenvolvimento de pessoas da Secretaria de Recursos Humanos, o país ainda está na fase inicial de implantação da gestão por competências. “Não temos ninguém recrutando por competências ou fazendo a mobilidade de servidores por competências”, afirmou Velasco.
A gestão de pessoas e a avaliação de desempenho são medidas previstas na Lei 11.784, de 22 de setembro de 2008, que tem como objetivos promover a melhoria da qualificação dos serviços públicos e subsidiar a política de gestão de pessoas, principalmente quanto à capacitação, desenvolvimento no cargo ou na carreira, remuneração e movimentação de pessoal.
Simone Velasco, assessora do Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão, explicou como funciona a avaliação de desempenho proposta pela lei. O ciclo de avaliação consta de sete etapas e começa com a publicação das metas globais e estabelecimento de compromissos de desempenho.
Paulo Henrique Rodrigues dos Santos, representante da Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras), avaliou a relação do Estado com os servidores como conservadora. Segundo ele, a metodologia da avaliação de desempenho proposta pelo governo é a mesma do setor privado e tem caráter punitivo. O representante da federação afirma que a mudança na gestão de pessoas é um processo demorado e não é alterado apenas com decretos.
Suzana Tolfo, professora adjunta do Departamento de Psicologia da UFSC, afirmou que a principal crítica aos Recursos Humanos refere-se à falta de estratégia, mas isso pode ser mudado com a gestão por competências. Assim como Paulo Henrique, ela concorda que é um desafio mudar as culturas organizacionais burocráticas.
O painel “Sistemas e processos em gestão de pessoas” foi o último apresentado na conferência. Hoje (27/03), grupos temáticos de discussão se reúnem durante a manhã e apresentam seus trabalhos em uma plenária às 14h30. O encerramento da conferência será às 18h.
Por Andréia Lubini / Bolsista de Jornalismo na Agecom
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