Conferência de Recursos Humanos defende avaliação e negociação coletiva

Após discurso de Duvanier, Maria Gabriela aponta avanços
O evento, organizado de forma conjunta pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e pela Pró-Reitoria de Desenvolvimento Humano e Social da UFSC, teve início ontem (25), às 18 horas, no auditório do Centro de Cultura e Eventos. Reunindo mais de 200 participantes, entre dirigentes e representantes dos trabalhadores, a Etapa Sul da Conferência prossegue até sexta-feira com mais quatro painéis, grupos de trabalho e elaboração de documentos que subsidiarão a Conferência Nacional marcada para Brasília, de 6 a 9 de julho.
As boas-vindas em nome da UFSC foram dadas pela pró-reitora de Pós-Graduação e reitora em exercício, professora Maria Lúcia de Barros Camargo. Integrou também a mesa o pró-reitor de Desenvolvimento Humano e Social, Luiz Henrique Vieira Silva. O secretário de Recursos Humanos do Ministério, Duvanier Paiva Ferreira, aproveitou para lançar um novo olhar sobre o serviço público. Além da avaliação e da auto-avaliação, devem ser levadas em conta o meio ambiente e as condições de trabalho. “Igualmente a equipe precisa avaliar as chefias e a sociedade o desempenho do serviço público”, sublinhou. Ele entende que o servidor ineficiente “deve ser excluído do serviço público”.
O primeiro painel, coordenado por Diogo de Marco, colocou frente a frente a assessora de Recursos Humanos do Ministério, Maria Gabriela Moyas Gannuny el Bayeh, e o coordenador da Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras), Paulo Henrique Rodrigues Santos. Maria Gabriela apontou avanços e conquistas obtidas no atual governo. “O governo fala e o governo escuta. Essa é a proposta, essa é a diferença”. Ela destacou a negociação coletiva como o caminho para resolução dos conflitos entre o Executivo e os servidores. A prova da melhoria no relacionamento, segundo ela, é o crescimento dos acordos com a categoria. “A greve tem que deixar de ser o primeiro recurso”, alertou, defendendo o diálogo como ponto de partida para a negociação.

Paulo Henrique: mudança cultural é necessária
Maria Gabriela definiu como essencial à melhoria do serviço público a democratização das relações de trabalho. Para ela, a saída é a consolidação de um sistema de negociação permanente entre o Poder Executivo e as entidades sindicais representativas dos servidores públicos. “A negociação é um instrumento estratégico de gestão pública e a negociação coletiva é uma exigência político-constitucional”, afirmou. “O impacto da greve no serviço público e na sociedade é severo. O caminho é o diálogo e o conceito é a negociação coletiva”, concluiu.
O secretário do Ministério, Duvanier Paiva Ferreira, frisou que a Conferência tem o papel de construir políticas públicas para a área. “Neste sentido, estamos dando passos estratégicos de forma participativa e coletiva”, avisou.
Outras informações podem ser obtidas no seguinte endereço: www.planejamento.gov.br/conferencia.Os conteúdos serão disponibilizados no portal do Sistema de Pessoal Civil (Sipec) : https://portalsipec.planejamento.gov.br
Fotos: Ivan Abreu