Congresso Brasileiro de Saúde Mental inicia nesta quarta-feira

03/12/2008 08:16

A mesa-redonda ´Sociedade, Estado e Políticas de Saúde Mental` abre nesta quarta-feira, às 9h, o I Congresso Brasileiro de Saúde Mental. O encontro será realizado até sexta-feira (5/12), no Centro de Cultura e Eventos da UFSC. Encontro pode ser acompanhado pela internet no site http://www.eventos.ufsc.br, link ´Eventos ao vivo`

´Divergências e aproximações` é o tema da primeira edição do congresso que pela primeira vez reúne profissionais de áreas como medicina, psicologia, enfermagem, terapia ocupacional, fisioterapeutas e assistentes sociais. Quase 2.500 pessoas estão inscritas no encontro que tem cerca de 60 palestrantes nacionais, três internacionais e apresentação de 1.460 trabalhos científicos. Os trabalhos foram iniciados nesta terça-feira, com uma série de minicursos.

Entre os palestrantes, o congresso receberá a visita de três pesquisadores estrangeiros: Gregorio Kazi, diretor da Universidad Popular de las Madres de Plaza de Mayo, em Buenos Aires; o cubano Raul Gil Sanches, da Universidad de Havana; e Angel Martinez Hernaes, da Universitat Rovira i Virgili, na Cataluña (Espanha).

Nova visão sobre a loucura

Segundo Walter Ferrreira, presidente do congresso e professor do Departamento de Saúde Pública da UFSC, o campo da saúde mental vem enfrentando uma variedade de desafios, entre eles necessidade de definição, integração e operacionalização dos novos serviços substituindo o modelo assistencial tradicional. Levando em conta esse desafio, o evento foge do entendimento tradicional da loucura. “O encontro traz a visão da saúde mental como de todos nós. A grande mensagem é que saúde mental não é coisa de louco, extravasa para várias situações de nossas famílias”, destaca o professor.

Segundo Walter, o Brasil passa por momentos de transição do modelo centrado nos hospitais e institutos psiquiátricos e a expectativa é de que redes de atenção se formem para que pacientes e famílias recebam apoio mais integral.

“Precisamos mudar a lógica de atenção”, defende o professor, lembrando que o congresso será também uma oportunidade de aproximação entre profissionais e ex-usuários do sistema de saúde. Exemplos são as apresentações do grupo de Hip Hop Black Confusion, formado por usuários do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), de Porto Alegre, e da banda Harmonia Enlouquece, criada no Centro Psiquiátrico Rio de Janeiro.

Primeira edição

Esta é a primeira edição do Congresso Brasileiro de Saúde Mental, realizado pela Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme). Criada em 2007 e presidida por Walter, a entidade pretende integrar diferentes áreas, além de incentivar o diálogo entre a comunidade técnica e os serviços de saúde. Segundo o professor, Florianópolis tem se destacado porque “tem um movimento criativo dos usuários, além de profissionais militantes”.

O congresso tem o apoio de diversas instituições públicas, desde a Prefeitura Municipal de Florianópolis até o Ministério da Saúde e o Ministério Público Estadual. Na UFSC, colaboram para o evento o Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) e o Centro de Ciências da Educação (CED), o Hospital Universitário, as pró-reitorias de Assuntos Estudantis (PRAE) e Pós-Graduação (PRPG), o Gabinete do Reitor e os departamentos de Saúde Pública e Enfermagem, ambos do Centro de Ciências da Saúde (CCS), da UFSC.

Mais informações:

Site do evento: www.congressodesaudemental.ufsc.br/

Presidente da comissão organizadora: professor Walter Ferreira, fone (48) 9608 5271

Pré-Vestibular da UFSC promove aulão solidário

02/12/2008 16:59

Estão abertas as inscrições para o VI Aulão Solidário do Pré-Vestibular da UFSC. Este ano as revisões serão realizadas nos dias 7 e 8 de dezembro, das 8h às 12h, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC. Serão 800 vagas para a comunidade. As inscrições devem ser feitas no site http://www.cursinho.ufsc.br. O aluno deverá doar 1kg de alimento mais R$ 3,00 para cada dia do Aulão. Os alimentos e recursos arrecadados serão encaminhados às vitimas da enchente em Santa Catarina.

O Aulão terá a participação de 25 professores, que abordarão as disciplinas de matemática, física, química, biologia, geografia, história, gramática, literatura, inglês e espanhol.

O Pré-Vestibular Popular faz parte do Projeto de Inclusão da UFSC. Nos vestibulares públicos de 2008 o cursinho aprovou 125, alcançando índice de 25% de aprovações ― um aumento de 70% em relação a 2006. Além de oferecer aulas, o programa possui um trabalho de acompanhamento dos estudantes durante sua trajetória na universidade, dando suporte e incentivando a permanência na instituição.

“Muitos desses alunos não teriam condições econômicas para pagar um cursinho pré-vestibular para concorrer em condições de igualdade com os demais candidatos”, avalia o coordenador do projeto, Otavio Augusto Auler Rodrigues.

Segundo a Pró-Reitora de Ensino e Graduação, Yara Maria Rauh Muller, o número crescente de alunos do Pré-Vestibular da UFSC aprovados nos últimos três anos pressupõe melhorias constantes nos processos pedagógicos e administrativos do Programa de Inclusão da universidade.

Mais informações: 3721-8319

e-mail: cursinho@cursinho.ufsc.br

Site: http://www.cursinho.ufsc.br

UFSC realiza Vestibular 2009 nos dias 7, 8 e 9 de dezembro

02/12/2008 16:54

Ponderando uma série de questões relacionadas à situação de Santa Catarina e verificando a operacionalidade dos locais em que serão realizadas as provas do Vestibular 2009, a UFSC mantém nos dias 7, 8 e 9 de dezembro seu concurso. As provas serão realizadas entre 15h e 19h, em 10 cidades catarinenses: Florianópolis, Blumenau, Camboriú, Chapecó, Criciúma, Itajaí, Joaçaba, Joinville, Lages e Tubarão. Este ano a UFSC oferece 4.571 vagas em 70 cursos, incluindo as habilitações. Estão inscritos 30.870 candidatos.

Mesmo com a situação de emergência, os acessos aos locais de provas em Itajaí e Blumenau estão liberados e as instalações encontram-se em perfeitas condições, conforme constatação feita in loco pela Coperve. A Reitoria e os responsáveis pela organização do concurso têm recebido orientação e apoio da Defesa Civil Estadual e dos municípios envolvidos. A UFSC conta também com a parceria das Prefeituras e universidades da região.

A Comissão Permanente do Vestibular (Coperve) recomenda que os inscritos cheguem com pelo menos 30 minutos de antecedência, para localizar com tranqüilidade os setores em que farão o vestibular. Lembra também que os portões de acesso aos locais de prova serão fechados às 14h45min. O campus universitário da Trindade, em Florianópolis, concentra a maior parte dos candidatos de outras cidades e estados, e a Comissão orienta que os estudantes verifiquem nos dias anteriores seu local de prova, já que a universidade é bastante extensa.

Os candidatos devem também ficar atentos aos documentos que precisam ser apresentados: original do documento de Identidade, cujo número foi informado no Requerimento de Inscrição, e a Confirmação de Inscrição, com foto 5×7 datada do ano de 2008.

Proibição do uso de eletrônicos

A Coperve chama atenção para a proibição do uso de eletrônicos. Durante as provas o candidato não pode usar relógio, boné, óculos escuros, calculadora, telefone celular, MP3, MP4, MP5-player, ipod ou qualquer tipo de aparelho do gênero. No caso de optar por levar algum destes itens ao local de prova, o estudante deverá deixá-los à frente na sala, conforme orientações dos fiscais.

A prova deverá ser feita com caneta esferográfica de tinta preta ou azul, preferencialmente fabricada em material transparente. O candidato poderá levar uma caneta reserva, água e um pequeno lanche, evitando produtos com embalagens plásticas barulhentas.

Gabaritos e abstenções

O índice de abstenções será divulgado diariamente pela Coperve, a partir de 20h, no auditório da Fapeu. Assim como aconteceu no ano passado, o gabarito de todas as provas será divulgado apenas no dia seguinte à finalização do concurso – portanto, na quarta-feira, dia 10/12, a partir de 9h. As respostas serão disponibilizadas no site www.vestibular2009.ufsc.br

Mais informações no site http://www.vestibular2009.ufsc.br e também junto à Comissão Permanente do Vestibular (Coperve), pelo fone (48) 3721-9200.

Saiba Mais

Mudança nos critérios de aprovação

Uma das alterações deste ano é a elevação do ponto de corte – a pontuação mínima que o candidato deve atingir.

Foram elevadas as notas de Redação (de 3 para 4) e da prova de Língua Portuguesa (também de 3 para 4). Além disso, os candidatos deverão completar 24 pontos (ao invés de 20) no conjunto das demais disciplinas.

Cursos mais concorridos

Com 42,96 candidatos por vaga, o Curso de Medicina continua liderando o ranking de inscrições no vestibular da UFSC. Complementam a lista dos 10 cursos mais procurados Arquitetura e Urbanismo (14,31 candidatos por vaga), Direito diurno (13,42), Jornalismo (11,75), Engenharia Civil (11,61), Engenharia Química (11,06), Engenharia Mecânica (10,71), Direito noturno (10,47), Oceanografia (9,90) e Relações Internacionais (9,85). Este último é um curso novo, que entra pela primeira vez no vestibular, enquanto Oceanografia foi uma das novidades do Vestibular 2008.

Provas

Primeira prova (7/12)

– Língua Portuguesa e Literatura Brasileira (10 questões de proposições múltiplas e/ou abertas);

– Língua Estrangeira (10 questões de proposições múltiplas e/ou abertas).

– Redação;

– Uma questão discursiva interdisciplinar envolvendo o programa de duas ou mais disciplinas do vestibular, exceto Língua Estrangeira e Redação.

Segunda prova (8/12)

– Biologia (10 questões de proposições múltiplas e/ou abertas);

– Geografia (10 questões de proposições múltiplas e/ou abertas);

– Matemática (10 questões de proposições múltiplas e/ou abertas);

– Uma questão discursiva interdisciplinar envolvendo o programa de duas ou mais disciplinas do vestibular, exceto Língua Estrangeira e Redação.

Terceira prova (9/12)

– Física (10 questões de proposições múltiplas e/ou abertas);

– História (10 questões de proposições múltiplas e/ou abertas);

– Química (10 questões de proposições múltiplas e/ou abertas);

– Uma questão discursiva interdisciplinar envolvendo o programa de duas ou mais disciplinas do vestibular, exceto Língua Estrangeira e Redação.

Por Arley Reis (Jornalista da Agecom) e Tifany Ródio (Bolsista de Jornalismo na Agecom)

Centro de Desportos da UFSC publica monografias produzidas por acadêmicos de Educação Física

02/12/2008 16:53

A segunda e terceira edições do livro “Produções Científica em Educação Física” serão lançadas nesta quarta, 3 de dezembro, no Auditório do Centro de Desportos (CDS) da UFSC, às 17h30min.

Na ocasião, as publicações também serão lançadas no formato online, e poderão ser acessadas livremente na página www.cds.ufsc.br.

Os dois volumes reúnem 600 resumos das monografias produzidas por acadêmicos do Curso de Licenciatura em Educação Física, realizadas no período do segundo semestre de 2000 a 2004 e de 2005 a 2008.

Os trabalhos reunidos na coletânea seguem varias linhas de pesquisa utilizando metodologias e campos de trabalho bastante diversificados, mas de grande relevância para a área da Educação Física.

No volume I, editado em 2001, foram levantados os trabalhos realizados de 1992 até o primeiro semestre do ano 2000.

As publicações foram organizadas por Maria Fermínia Luchtemberg De Bem, (Professora do CDS); Joaquim Felipe de Jesus (Professor do CDS); Osni Jacó da Silva (Professor do CDS) e Elusa Santina Antunes de Oliveira (doutoranda do programa de pós-graduação CDS).

A professora Maria Fermínia do CDS destaca a importância desse tipo de publicação: “A divulgação dos resultados das pesquisas não se apresenta apenas como uma das características do trabalho científico, mas como uma de suas necessidades. Esperamos que os resumos aqui apresentados acentuem o interesse do leitor sobre as produções do CDS/UFSC e que ao mesmo tempo sirvam de estímulo para o desenvolvimento de futuros estudos cumprindo cada vez mais a sua dupla função: avançar no conhecimento cientifico e proporcionar melhores condições de vida da sociedade.”

Mais informações com Maria Fermínia, pelo e-mail ferminiaufsc@hotmail.com

Por Tifany Rodio / bolsista de Jornalismo da Agecom

Congresso Brasileiro de Saúde Mental terá shows de bandas formadas por usuários de Centros de Atenção Psicossocial

02/12/2008 15:53

Banda Harmonia Enlouquece

Banda Harmonia Enlouquece

O I Congresso Brasileiro de Saúde Mental contará com a apresentação das bandas ‘Harmonia Enlouquece’ e ‘Black Confusion’ em sua cerimônia de abertura, às 20h desta quarta-feira, 3/12, no auditório Garapuvu.

Em sintonia com o tema do evento, os grupos musicais foram formados por usuários de Centros de Atenção Psicossocial.

O grupo carioca Harmonia Enlouquece foi criado no ano 2000 por usuários e profissionais do projeto “Convivendo com a música”, desenvolvido no Centro Psiquiátrico do Rio de Janeiro. A banda já lançou dois discos, com repertório que inclui mpb, rock, funk, soul, rap e xote. Além disso tem músicas incluídas na triha sonora da próxima novela da Globo,de Glória Perez.

O Harmonia Enlouquece participou de diversas edições do “Loucos por Música”, um projeto criado em 2005 que luta pela inclusão de portadores de distúrbios mentais, abrindo shows como os de Ivete Sangalo, Zélia Duncan, Elba Ramalho e Cidade Negra.

As músicas são compostas em conjunto pelos integrantes do grupo e suas letras falam das vivências, preocupações, interesses, esperanças e objetivos de pessoas que, entre outras coisas, convivem com o transtorno mental.

Banda Black Confusion

Banda Black Confusion

Black Confusion é uma banda de rap gaúcha, criada em 2004. O grupo foi formado depois de uma Oficina de Rap, por jovens participantes dos programas de saúde mental da prefeitura de Porto Alegre.

‘O Hip Hop na saúde mental’, como costumam apresentar seu trabalho, trata de temas como a reforma do sistema psiquiátrico, a violência, a opressão, a exclusão, a importância da consciência crítica e da participação política, abordando ainda a questão racial.

O show não é aberto ao público, será realizado como parte da programação e integração dos congressistas.

Por Tifany Rodio / bolsista de Jornalismo da Agecom

Projeto 12:30 encerra o ano com a banda Balanço Bruxólico

02/12/2008 15:12

O Projeto 12:30 encerra suas atividades no ano de 2008 com o show da banda Balanço Bruxólico. O evento acontece nesta quarta-feira, dia 3 de dezembro, na Concha Acústica da UFSC, tem início às 12h30min e é gratuito e aberto à comunidade.

O quarteto, formado por Gabriel Jacomel (voz), Henrique Meyer (guitarra), Tuco Parizotto (contrabaixo) e Paulo Pabis (bateria), executa um som pulsante de bumbo dançante, baixo percussivo, guitarras embebidas em cry babys e vocais embebidos em café preto, sem açúcar.

As composições trazem a fusão do funk, em sua essência de origem,e do rock alternativo, evidenciando influências de bandas como Black Rio, Parliament/Funkadelic, James Brown, Led Zeppelin, Beastie Boys, Mutantes, Smashing Pumpkins, Chico Science & Nação Zumbi, Mundo Livre, Red Hot Chili Peppers, Jane`s Addiction, Pixies, Rage Against The Machine, Faith No More, Jamiroquai, Tim Maia, The Clash, entre muitas outras.

Banda Balanço Bruxólico

Banda Balanço Bruxólico

Mais informações: www.myspace.com/balancobruxolico

O Projeto 12:30

Realizado pelo Departamento Artístico Cultural (DAC), vinculado à Secretaria de Cultura e Arte da UFSC, o projeto apresenta atrações de cunho cultural de música, dança e teatro. As apresentações acontecem todas as quartas-feiras, ao ar livre, na Concha Acústica, e, quinzenalmente, às quintas-feiras, no Projeto 12:30 Acústico, no Teatro da UFSC. Artistas interessados em se apresentar no Projeto 12:30 devem entrar em¬ contato com o DAC através dos telefones (48) 3721-9348 e (48) 3721-9447 ou pelo e-mail projeto1230@dac.ufsc.br

SERVIÇO:

O QUÊ: Apresentação da banda Balanço Bruxólico, no Projeto 12:30

ONDE: Concha Acústica da UFSC

QUANDO: 3 de dezembro de 2008, quarta-feira, às 12h30min

QUANTO: Gratuito e aberto ao público

CONTATO: DAC (48) 3721-9348 e 3721-9447 – Visite www.dac.ufsc.br

Fonte: Luís Knihs – Acadêmico de Jornalismo, Assessoria de Imprensa do Projeto 12:30 – DAC – SECARTE – UFSC

Salim Miguel é o convidado do último Círculo de Leitura de 2008

02/12/2008 12:09

Desde que começou a dominar a língua, por volta dos oito anos de idade, Salim Miguel é um leitor contumaz, um devorador de livros, que depois passou a fazer dos outros, por meio de seus contos e romances, leitores de sua própria produção literária. A ironia é que agora, aos 84 anos, seus olhos já não o deixam ler mais nada – mas aí o prazer do contato diário com a literatura é assegurado pelas leituras feitas em voz alta pela companheira Eglê Malheiros e por um neto que ajuda a manter em dia sua rotina de apego aos livros, seus contatos, sua correspondência e, naturalmente, suas leituras.

Por isso, nada mais justo que o projeto Círculo de Leitura, coordenado pelo poeta Alcides Buss, feche o ano de 2008 com Salim Miguel no centro das atenções. Ele estará na livraria Saraiva do Shopping Iguatemi, às 17h desta quinta-feira, dia 4, para falar de leituras, do que está lendo agora, dos autores que admira e da fantástica convivência com os livros ao longo da vida. Nascido no Líbano, ele chegou ao Brasil aos três anos e, após morar em São Pedro de Alcântara e Antônio Carlos, em Santa Catarina, sua família fixou residência em Biguaçu, onde se estabeleceu com um pequeno comércio.

Desde cedo, Salim lia tudo o que lhe caía nas mãos, dos folhetins de Michael Zevaco a Eça de Queiroz, passando por Arthur Schopenhauer (As dores do mundo) e Machado de Assis. Na venda do pai, conheceu figuras que mais tarde viraram personagens de seus romances, e na livraria de João Mendes, poeta cego de Biguaçu, passava horas lendo em voz alta para manter o livreiro ligado ao mundo da literatura.

De lá para cá, a vida foi uma sucessão de eventos que acabaram por tornar Salim Miguel o decano das letras catarinenses. Ele foi um dos líderes do movimento conhecido como Grupo Sul, que agitou a vida cultural de Florianópolis de 1947 e 1958. Entre 1957 e 1958, ajudou a escrever o argumento e o roteiro do primeiro longa-metragem catarinense, O preço da ilusão. Em 1964, foi preso (“para averiguações”) pelos militares e retido no quartel da Polícia Militar por 48 dias. Libertado, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou na Agência Nacional, nas revistas Fatos e Fotos e Tendências e na adaptação de livros para roteiros de cinema (casos de A cartomante, de Machado, e Fogo morto, de José Lins do Rego), ambos com Eglê Malheiros e Marcos Farias.

Ainda no Rio, Salim editou, ao lado de Eglê, Cícero Sandroni, Fausto Cunha e Laura Sandroni, a revista Ficções, que se tornou referência no jornalismo literário brasileiro. De volta a Santa Catarina, em 1980, ajudou a organizar, para o governo do Estado, o Prêmio Nacional Cruz e Souza, o mais importante do País à época. De 1983 a 1991, dirigiu a Editora da UFSC, e em 1996 assumiu a superintendência da Fundação Franklin Cascaes, onde lutou para criar uma política cultural no município de Florianópolis.

Durante todo esse período, Salim Miguel intercalou uma atividade intensa como animador cultural e escritor. Estreou com Velhice e outros contos, em 1951, e até o próximo livro, o romance Jornada com Rupert, foram mais 23 títulos. Um deles, Nur na escuridão, lançado originalmente pela Topbooks, do Rio de Janeiro, teve a quinta edição revista e lançada há pouco pela Record, com distribuição nacional.

No momento, Salim está lendo Almanaque Machado de Assis, de Luiz Antônio Aguiar, e o Dicionário de Machado de Assis, de Ubiratan Machado, edição da Academia Brasileira de Letras que reúne mais de 2 mil verbetes, quase 500 fotos, alguns episódios inéditos e itens não assinalados na bibliografia do bruxo carioca. Há pouco tempo, ele também leu Os irmãos Karamabloch, de Arnaldo Bloch, sobre a trajetória da família Bloch (Editora Bloch, revista Manchete e TV Manchete).

O CÍRCULO

O Círculo de Leitura é um projeto que permite ao convidado e aos presentes discutirem informalmente sobre os livros que estejam lendo, as leituras do passado e as influências de outros autores sobre o seu trabalho. Escritores e jornalistas como Oldemar Olsen Jr., Fábio Bruggemann, Inês Mafra, Mário Pereira, Maicon Tenfen, Cleber Teixeira, Dennis Radünz, Rubens da Cunha, Renato Tapado, Raimundo Caruso, Nei Duclós, Mário Prata e Zahide Muzart foram alguns dos participantes das etapas anteriores do projeto.

OBRAS DO AUTOR

Velhice e outros contos, Ed. Sul, Florianópolis, 1951

Alguma gente, histórias, Ed. Sul, Florianópolis, 1953

Rede, romance, Ed. Sul, Florianópolis, 1955

O primeiro gosto, contos, ed. Movimento, Porto Alegre, 1973

A morte do tenente e outras mortes, contos, Ed. Antares, RJ, 1979

A voz submersa, romance, Ed. Global, SP, 1984

Dez contos escolhidos, Ed. Horizonte, Brasília, 1985

O castelo de Frankenstein, anotações sobre autores e livros, Ed. Lunardelli/UFSC, Florianópolis, 1986

A vida breve de Sezefredo das Neves, poeta, romance, Ed. Tchê, Porto Alegre, 1987

As areias do tempo, contos, Ed. Global, SP, 1988

O castelo de Frankenstein, volume II, Ed. Lunardelli/UFSC, 1990

As várias faces, novela, Ed. Movimento, Porto Alegre, 1994

Primeiro de abril, narrativas da cadeia, Ed. José Olympio, RJ, 1994

As desquitadas de Florianópolis, contos Ed. Rio Fundo, RJ, 1995

Onze de Biguaçu mais um, contos, Ed. Insular, Florianópolis, 1997

Variações sobre o livro, ensaios, EDUFSCar, São Carlos (SP), 1997

As confissões prematuras, novela, Ed. Letras Contemporâneas, Florianópolis, 1998

Nur na escuridão, romance, Ed. Topbooks, RJ, 1999

Apontamentos sobre meu escrever, Ed. Museu/Arquivo da Poesia Manuscrita, Florianópolis, 2000

Eu e as curruíras, narrativas, Insular, Florianópolis

Mare Nostrum, romance, Record, SP, 2004

As cartas d’África e alguma poesia, Topbooks, RJ, 2005

O sabor da fome, contos, Record, SP, 2007

Minhas memórias dos outros, anotações sobre autores e livros, Unisul, Florianópolis, 2008

Jornada com Rupert, romance, Record, SP, 2008

Contatos com Salim Miguel podem ser feitos pelo telefone (48) 3233-1599.

Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista na Agecom

Teatro da UFSC recebe estréia da peça ´Rosas Tristes`

02/12/2008 11:48

Pequeno Príncipe inspirou a peça

Pequeno Príncipe inspirou a peça

Rosas Tristes é a frutificação do projeto de pesquisa ´O teatro pós-dramático e seu ensaio para a pedagogia`, desenvolvido entre os artistas Cleístenes Grött, Felipe Queriquelli e as crianças da ONG Casa da Criança do Morro da Penitenciária.

A partir da obra “O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry, o espetáculo toca em questões relacionadas ao universo infantil e seus desdobramentos através do olhar sugerido pela estética do teatro pós-dramático.

A partir da estética do pós-dramático, a obra “O Pequeno Príncipe” é desdobrada e reinventada, por assim dizer, pelos diretores e atores a partir de suas próprias vivências. O espetáculo não segue um enredo linear, mas sugere uma atmosfera onírica.

O espetáculo é resultado do trabalho desenvolvido neste ano na ONG Casa da Criança do Morro da Penitenciária, em Florianópolis.

Cleístenes Grött é graduando em Artes Cênicas na UDESC, e como ator desenvolveu trabalhos com o grupo Teatro em Trâmite. Como diretor dirigiu a peça teatral “A” que tocava em questões sobre o universo feminino. Recentemente trabalhou como pedagogo e diretor de teatro na ONG Casa da Criança do Morro da Penitenciária.

Felipe Queriquelli é graduado em Artes Cênicas pela UDESC. Desenvolveu trabalhos como diretor e ator pelo grupo teatral ZorraBizarra de Florianópolis. Trabalhou como ator junto ao grupo teatral Teatro Sim…Porque Não?, com o espetáculo teatral “E o céu uniu dois corações…”, direção de Neyde Veneziano. Há pouco mais de 7 meses ingressou à ONG Casa da Criança do Morro da Penitenciária para trabalhar como professor e diretor de teatro.

O Teatro da UFSC faz parte do Departamento Artístico Cultural – DAAC, vinculado à Secretaria de Cultura e Arte da UFSC.

Serviço:

O QUE: Espetáculo “Rosas Tristes” inspirado na obra “O Pequeno Príncipe”. Duração: 45 minutos

QUANDO: 2ª e 3ª feira (01/12 e 02/12) às 19h

ONDE: Teatro da Igrejinha (Ufsc)

QUANTO: Entrada gratuita.

CONTATO: (48) 8828-7088 e 8427-2777

Fonte: [CW] DAC: SECARTE: UFSC, com material do grupo.

Imagem disponível no site tormentaritmica.files.wordpress.com/2008/02

“Todas as grandes personagens começaram por serem crianças, mas poucas se recordam disso.” (Antoine de Saint-Exupéry)

Professor da Universidade de Pádova, Itália, visita a UFSC

02/12/2008 11:36

O professor Giorgio Franceshetti, da Universidade de Padova, Itália, visita a UFSC nos dias 4 e 5 de dezembro. Ele é do Departamento de Territorio e Sistemi Agro-Forestali, sendo o delegado do reitor para a Cooperazione Interuniversitaria com a América Latina.

Entre outras atividades, o professor fará uma exposição do potencial da Universidade de Pádova e do sistema italiano de intercâmbios. Além disso, se dispõe a aprofundar a discussão sobre o potencial de acordos científicos entre a UFSC e a UniPD (Università degli studi di Padova).

A Secretaria de Relações Institucionais e Internacionais da UFSC solicita a todos os interessados que tenham projetos com a Itália, ou que gostariam de iniciar um programa de cooperação acadêmica com a Universidade de Pádova, que reservem um espaço na sua agenda no dia 5 de dezembro, das 9h às 11h. A apresentação e os esclarecimentos serão realizados no anfiteatro do Centro de Educação (CED).

Após a apresentação, o professor ficará à disposição dos interessados até 12h. “Julgamos ser uma ótima oportunidade para fortalecer as bases para oportunizar intercâmbios aos nossos docentes e discentes”, ressalta o professor Enio Luiz Pedrotti, secretário de Relações Institucionais e Internacionais da UFSC

Mais informações: pedrotti@reitoria.ufsc.br / (48) 3721 8223

Coincidências marcam conclusões do Seminário de Planejamento Estratégico na UFSC

02/12/2008 10:37

Nagib, Lopes, Gileno e Alziro:coincidências

Nagib, Lopes, Gileno e Alziro:coincidências

1A participação dos estudantes no planejamento estratégico, a valorização dos servidores técnico-administrativos e dos professores, a manutenção das fundações de apoio à pesquisa e a flexibilização dos currículos dos cursos foram algumas das questões que unificaram o pensamento dos integrantes da mesa-redonda do Seminário de Planejamento e Gestão Estratégicos na UFSC. O evento, conduzido pelo reitor Alvaro Prata e organizado pela equipe do Pró-Reitor de Planejamento, Luiz Alberton, reuniu ontem (1º de dezembro), no hotel Maria do Mar, em Florianópolis, mais de cem dirigentes da UFSC. Da mesa-redonda, mediada pelo reitor da UFSC, participaram Gileno Marcelino (UnB), Alziro Rodrigues (PUC-RS), Milton da Costa Lopes Filho (Unicamp) e José Nagib Cotrim Árabe (UFMG). Todos eles proferiram palestras e, no final do evento, participaram de debate respondendo perguntas do público lidas pelo reitor Alvaro Prata.

As repostas às perguntas mantiveram uma certa coerência. O conteúdo, independentemente do vocabulário do palestrante, coincidiu na essência. Para eles, a participação no planejamento estratégico de toda a comunidade universidade é fundamental; as fundações de apoio à pesquisa continuam sendo indispensáveis aos funcionamento das universidades; os currículos precisam ser aperfeiçoados para que deixem de assustar os alunos; é necessário o envolvimento direto do reitor para o planejamento andar e atender às expectativas criadas eventualmente. “O planejamento estratégico não faz mágica, mas pode catalizar o processo de gestão de uma administração”, pensam os palestrantes.

O palestrante da UFMG informou que, no momento, a sua universidade não desenvolve um processo de planejamento estratégico. Contudo, lembrou que, quando houve, três motivos levaram ao fracasso: “não foi suficientemente participativo; não houve envolvimento direto do reitor; e o pró-reitor da área deixou o cargo e o assunto saiu de pauta”. José Nagib explica que o sucesso da UFMG deve-se à coesão institucional. “Nunca houve ruptura administrativa. Os reitores não têm o costume de desmanchar o que está funcionando”.

Ele é favorável ao envolvimento das fundações de apoio à pesquisa no planejamento estratégico e na concretização das metas do REUNI. A UFSC, por exemplo, contrata as obras através das fundações, economizando, segundo Nagib, tempo e dinheiro. “Independentemente do entendimento do TCU e da Controladoria Geral da União(CGU), as fundações continuam indispensáveis ao funcionamento das universidades”, concluiu.

Gileno Marcelino, da UnB, considerou vital a participação dos servidores, professores e alunos nos processos de planejamento estratégico. “Acho que, inclusive, depois da invasão ocorrids na reitoria o nível de envolvimento discente vai crescer”, previu. Frisou que o planejamento ampliou a participação dos servidores no processo decisório da instituição. Simultaneamente, a exemplo do vem acontecendo na UFSC, deflagrou-se uma política de capacitação e atualização funcional.

Alziro Rodrigues, da PUC-RS, salienta que é fundamental a universidade ouvir os alunos. “Temos que melhorar essa relação, saber quem são, o que pensam e o que querem para dar rumo correto à Instituição”. Ele conclui que, só assim, é possível diminuir a evasão ou enfrentar os dilemas que cercam a grade curricular e a carga horária. “Temos que implementar um processo pedagógico atualizar e atuar de maneira convergente, conciliando os anseios da sociedade com as expectativas oferecidas pelo mercado”, pondera.

Ainda de acordo com Alziro, o planejamento estratégico precisa catalizar o processo de gestão de uma administração. “Não é possível prever o futuro, mas devemos nos preparar para ele, ou seja, arrumar um tempo para ver o que se pode ou se deve fazer daqui por diante”, enfatizou. Alziro acrescentou que o planejamento não determina o futuro das organizações: “esse papel é nosso”.

Por Moacir Loth/jornalista na Agecom

Foto:Paulo Roberto Noronha

Oportunidades e desafios do REUNI no planejamento estratégico da UFSC

02/12/2008 10:34

Nagib:assistência aos mais pobres

Nagib:assistência aos mais pobres

O REUNI – Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais -, apesar da resistência ideológica, dos protestos e do estresse, acabou se revelando uma excelente oportunidade para o fortalecimento da universidade pública. A constatação foi ressaltada pelo pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), José Nagib Cotrim Árabe, na conferência proferida ontem à tarde (1º de dezembro), em Florianópolis, durante o Seminário de Planejamento e Gestão Estratégica na UFSC, conduzido e coordenado pelo reitor Alvaro Prata e pelo pró-reitor de Planejamento da UFSC, Luiz Alberton.

José Nagib lembrou que as universidades ficaram assustadas inicialmente pelo nível de exigências do Governo Federal. “Quando o REUNI passou a levar em consideração a pós-graduação, as universidades viram no REUNI uma oportunidade e, gradativamente, todas aderiram”. As prioridades, os modelos de implantação, conforme assinalou o palestrante, ficaram a cargo de cada instituição. A UFMG optou em aplicar os recursos numa estratégia de expansão integrada e equilibrada entre a graduação e a pós-graduação.

Neste sentido, a Universidade decidiu pela ampliação do número de bolsas para pós-graduação, adoção de novas metodologias de ensino, formação de equipes integradas (professores, alunos de pós, pós-doutorandos, professores visitantes e monitores de graduação) e utilização de tecnologias de ensino a distância. Jose Nagib advertiu que isso não significa colocar o aluno de pós-graduação no lugar do professor nem relegar a um plano secundário a aula presencial.

Assim como planeja a UFSC, a universidade mineira prevê para os novos cursos currículos arrojados, consistentes, enxutos, buscando a multidisciplinaridade. Os novos cursos, adianta o pró-reitor, “devem contemplar a inovação e trajetórias formativas inéditas com o objetivo de formar profissionais efetivamente demandados pela sociedade”. Coincide, em tese, com a filosofia que move a UFSC na implantação dos Campi de Curitibanos, Joinville e Araranguá. “Essas idéias têm aproximado as IFES”, reconheceu José Nagib.

O palestrante destacou que, paralelamente ao REUNI, as IFES estão desafiadas ao aprimoramento do processo de ingresso, à redução da seletividade social e à definição de políticas de permanência dos mais pobres. “Isso passa pela assistência aos mais pobres”. resumiu. A evasão, em síntese, só poderá ser contida com transporte, alimentação, moradia e trabalho (bolsas).

Prata: mediação

Prata: mediação

O pró-reitor da UFMG acha que o REUNI vai mudar a educação superior pública do País. O êxito depende, evidentemente, de vários fatores e do atendimento das demandas de cada instituição. São necessários concursos públicos para professores e servidores técnico-administrativos. O palestrante vai muito além: os desafios da REUNI incluem o aproveitamento das vagas ociosas, o enfrentamento da resistência política a mudanças e ao próprio programa, o controle da evasão e da retenção e o déficit de recursos humanos para projetos e orçamentos.

O palestrante está preocupado igualmente com outros problemas que atingem o conjunto das universidades. Entre os mais preocupantes, destaca o modelo de contratação das obras públicas, a via crucis das licenças ambientais, o déficit de recursos humanos para projetos e orçamentos, a falta de operacionalidade dos setores jurídicos e de compras e a ignorância generalizada instalada nos chamados órgãos de controle.

No campo específico do ensino, o palestrante critica os currículos disciplinares e inflexíveis e defende alterações nos processos seletivos iniciais. Ele acha que um novo paradigma pedagógico terá lugar nos novos cursos provocados pelo REUNI.

Por Moacir Loth/jornalista na Agecom

Fotos:Paulo Roberto Noronha

Qualidade de vida ganha espaço no planejamento estratégico

02/12/2008 10:28

Lopes: qualidade de vida é prioridade

Lopes: qualidade de vida é prioridade

Entre os objetivos do planejamento estratégico mostrado pelo professor Milton da Costa Lopes Filho, pelo menos um pode considerado diferenciado: a busca da qualidade de vida. O assessor da Coordenação Geral da Unicamp proferiu palestra ontem à tarde (1º de dezembro) no Hotel Maria do Mar, em Florianópolis, dentro da programação do Seminário de Planejamento e Gestão Estratégica na UFSC, que, além de reunir cerca de cem dirigentes da universidade, trouxe palestrantes da PUC-RS, da UnB e da UFMG. O reitor Alvaro Prata coordenou os trabalhos.

O professor da Unicamp detalhou a organização, a metodologia e os resultados obtidos pela implantação do planejamento estratégico na universidade paulista. O processo, que começou a ser introduzido a partir de 2002, contribuiu para a elaboração de um “orçamento cada vez mais qualificado e coerente com os objetivos maiores da universidade”. Essa meta, na opinião de Milton da Costa, é o sentido principal para a implementação do planejamento estratégico numa universidade pública.

Mais de cem dirigentes participaram

Mais de cem dirigentes participaram

Além da qualidade de vida, os outros objetivos priorizados pelo planejamento estratégico da Unicamp contemplam o ensino, a pesquisa, a extensão e a administração. O planejamento, explica o professor, é executado através de projetos estratégico elaborados pelas Pró-Reitorias. Um Grupo de Trabalho coordena todo o processo, respeitando os planos locais, a diversidade, a cultura, os ritmos e a liberdade dos setores.

Na Unicamp, por exemplo, o planejamento estratégico elegeu como prioridade número 1 a qualificação e expansão da graduação que abrange, entre outras metas, a melhoria da infra-estrutura e a reestruturação curricular. Destacou ainda três valores capitais que precisam ser levados em conta numa instituição: o humano, o organizacional e o da informação.

Milton da costa esclareceu que planejamento estratégico e avaliação institucional estão muito próximos. “São duas faces da mesma moeda”, alertou.

Por Moacir Loth/jornalista na Agecom

Fotos:Paulo Roberto Noronha

UFSC e universidade britânica promovem videoconferências sobre Ecotoxicologia

02/12/2008 08:51

Em parceria com a University of Plymouth, do Reino Unido, a UFSC promove no dia 11 de dezembro duas videoconferências na área de Ecotoxicologia. A convidada é a professora Manuela M. Schuwerack, que em sua universidade profere duas palestras. As videoconferências poderão ser acompanhadas no site mms://tvled.egc.ufsc.br/aovivo e também no Lab 1 do Laboratório de Ensino a Distância (LED). As palestras serão ministradas em inglês.

A primeira conferência acontecerá às 10h, e terá como tema ´Os manguezais como proteção natural contra furacões e tsunamis. Estudo de caso: Ilhas Caiman, B.W.I.`

A segunda conferência será às 11h, e discutirá ´Uma abordagem multidisciplinar em toxicologia aquática. Respostas integradas do caranguejo de água doce da África do Sul Potamonautes warreni Calman ao cádmio e a infestação microbiana nas brânquias.`

Manuela Schuwerack é professora adjunta em Ciências Marinhas, da Escola da Terra, Oceano e Ciências do Ambiente (SEOES) da University of Plymouth, no Reino Unido. A escola integra, em nível de graduação, as áreas de Ciências Ambientais, Química, Geociências, Ciências Marinhas, Ciências de Esportes Marinhos e Estudos Marinhos. Com 85 acadêmicos e técnicos, cerca de 50 agentes de investigação e 1.100 estudantes, é uma das maiores instituições acadêmicas em ciências marinhas e ambientais na Europa.

As palestras são resultado de uma parceria entre o Departamento de Ciências Fisiológicas da UFSC e a University of Plymouth. As duas instituições estão buscando estabelecer convênios na área de Ecotoxicologia e biologia do estresse, para que possam intercambiar seus alunos de pós-graduação.

Mais informações com Alcir Luiz Dafre, professor do Departamento de Ciências Fisiológicas, pelo e-mail aldafre@ccb.ufsc.br, 3721-9444, ramal 211 ou com o Paulo Antunes Horta, professor do Departamento de Botânica, pelo email pahorta@ccb.ufsc.br, 3721-8537

Por Tifany Ródio / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Nova lei de estágios traz mudanças para quem realiza atividades durante a universidade

02/12/2008 07:45

A nova lei de estágios, sancionada pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva em setembro, gerou grandes mudanças na hora de pedir e conceder estágios no Brasil. De acordo com a professora Maria de Lourdes Pereira Dias, diretora do Departamento de Estágios da UFSC, é importante que os alunos que pretendem começar estágios conheçam a lei, para saber o que cumprir e exigir na hora de conseguir um estágio.

A lei é válida para estágios iniciados a partir da sua aprovação, e os anteriores permanecem com as regras antigas. A lei limitou o número de estagiários que a empresa ou órgão concedente pode ter, que não pode passar de 20% do quadro de pessoal, e criou regras que proporcionam direitos aos estudantes e garantem que o estágio tenha um aspecto de aprendizado.

Algumas das principais mudanças acontecem para estágios não-obrigatórios, que agora devem pagar bolsa ou outra forma de contraprestação. “O estudante não pode ficar por nada, deve negociar”, explica Maria de Lourdes. É possível exigir auxílio moradia, alimentação, saúde ou pedagógico (para livros e materiais), por exemplo. O auxílio transporte é obrigatório e em órgãos federais deve ser pago em dinheiro, no mês anterior, no valor de R$ 6 por dia trabalhado.

Os estágios obrigatórios podem ou não ser remunerados, mas todos devem oferecer seguro contra acidentes. Para alunos do ensino superior, a carga horária deve ser de 30 horas semanais, podendo chegar a 40 em cursos que integrem teoria e prática. Os estágios não podem passar de dois anos, com exceção de vagas oferecidas a portadores de deficiência (que devem somar 10% das vagas). Para contratos de mais de um ano, o concedente deve garantir férias remuneradas de 30 dias durante as férias escolares.

Cada estagiário deve ter um orientador no seu curso acadêmico, que deve fazer visitas ao local de estágio para avaliar as condições de trabalho. E as empresas devem disponibilizar um funcionário para exercer a função de supervisor local e acompanhar o trabalho do estagiário. As instituições de ensino vão exigir relatórios semestrais, algo que a UFSC já faz.

Neste sentido, a nova lei se mostrou positiva para a UFSC, por aumentar a competitividade entre as instituições de ensino. Maria de Lourdes explica que a universidade sempre foi mais rígida na hora de exigir regras para empresas, ONGS e órgãos concedentes de estágio. “A lei foi uma medida benéfica porque uniformizou as exigências das instituições de ensino”, explica a professora.

Por exemplo, a lei obriga que os estágios sejam realizados dentro da área de estudo dos alunos, coisa que a UFSC sempre fez – o contrato só é firmado se o coordenador de estágio aprovar a vaga. A universidade também faz parte do Fórum Catarinense de Estágios, um fórum permanente que reúne representantes de todas as instituições de ensino superior do estado. “Santa Catarina é uma liderança nacional em estágios, muito tempo antes da lei nós já estávamos trabalhando nela”, conta.

Maria de Lourdes explica que o Departamento de Estágios está trabalhando para se adaptar às mudanças exigidas. Os formulários do Siare, sistema de registro de estágios, já estão sendo adaptados para exigir, por exemplo, o nome do orientador. Além disso, uma solução está sendo pensada para os estágios não-obrigatórios e sem bolsa oferecidos pela universidade. Já que a UFSC não teria condição de remunerar todos os bolsistas, estuda-se a criação de um programa de atividade de ensino complementar, que transformaria essas atividades relacionadas à sua área em atividade de ensino.

Outra mudança proporcionada pela lei acontece com atividades de extensão, de iniciação científica e monitoria. A lei permite que elas se caracterizem como estágio e sejam validadas como disciplina optativa. Cabe aos cursos definirem, de acordo com o projeto pedagógico. “A mudança é geral”, comenta a professora. “Os cursos terão que refletir e rever regras.”

A UFSC possui hoje cerca de 2.900 estágios em andamento, em nove estados brasileiros. A universidade tem convênios com mais de 4.750 empresas, ONGS ou órgãos concedentes.

Mais informações:

Lei de estágio: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11788.htm

Departamento de estágios: http://www.reitoria.ufsc.br/estagio/

Telefone: 3721-9273

Por Letícia Arcoverde / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Evento divulga nova ferramenta de busca da produção científica da UFSC

02/12/2008 07:37

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão da UFSC promove nesta terça-feira, 2/12, um workshop para divulgar a nova ferramenta de busca da UFSC. O evento será realizado a partir de 9h, no Auditório da Reitoria.

A ferramenta é um filtro de busca da produção bibliográfica dos tipos: científica, técnica, artística e orientações, que já foi feita pelos professores e servidores técnico-administrativos da UFSC. O sistema, desenvolvido por Márcio Clemes, diretor do Núcleo de Processamento de Dados (NPD), pode recuperar produções desde o ano 1900.

Fornecendo o ano da publicação, o novo sistema mostra as produções feitas na UFSC no ano solicitado, divididas por cada centro, departamento, e por professores e servidores que produziram os materiais. As informações são extraídas do Curriculo Lattes.

A ferramenta pode ser acessada por toda a comunidade, através do site http://www.propesquisa.ufsc.br/, no link ‘Produção Científica, Técnica e Artística’ ou diretamente pela página http://150.162.9.98:8080/lattesufsc/action/form

O objetivo do evento, além de apresentar o software, é estimular a produção bibliográfica de qualidade dentro da Universidade e orientar os professores a fazerem uma boa publicação, em veículos que tenham impacto e relevância para a comunidade acadêmica.

O workshop será apresentado Débora Peres Menezes, Pró-Reitora de Pesquisa e Extensão; Ricardo Rüther, coordenador de apoio administrativo à pesquisa e extensão; Márcio Clemes, diretor do NPD, com o apoio de Roberto Orofino, da Divisão de Apoio à Pesquisa e Extensão.

Segundo dados coletados em 25 de novembro deste ano, o maior número de artigos publicados entre 1998 e 2008 foi 678, no ano de 2007. Esses e outros dados referentes às publicações da UFSC serão mostrados através de gráficos no workshop.

Por Tifany Ródio / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Fundo Padrão é a última exposição da Galeria de Arte da UFSC em 2008

01/12/2008 18:00

Michal Kirschbaum e trabalho com serigrafia em azulejo

Michal Kirschbaum e trabalho com serigrafia em azulejo

A última realização da Galeria de Arte da UFSC em 2008 traz a exposição “Fundo Padrão”, da jovem artista israelense naturalizada brasileira Michal Kirschbaum. A mostra procura apresentar as possibilidades de ressignificação da relação homem-espaço, através de pinturas, esculturas e fotografias. “Fundo Padrão” terá sua abertura no dia 2 de dezembro, com a presença da artista, ficando em cartaz até o dia 18/12. Com o recesso escolar, reabre no dia 9 de fevereiro, e permanece aberta para visitação até o dia 20 do mesmo mês. A entrada é gratuita e aberta à comunidade. O horário de visitação é de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h30min.

A artista e as obras

Michal Kirschbaum é artista visual. Nasceu em Jerusalém no ano de 1978, e iniciou seus estudos na área ao cursar dois anos (1998 e 1999) de Artes Plásticas na Escola Nacional de Belas Artes Prilidiano Pueyrredon, do Instituto Universitário Nacional del Arte (IUNA) e Desenho Gráfico na Universidade de Buenos Aires (UBA), ambas na capital argentina. Obteve bacharelado em 2006, já no Brasil, em Artes Visuais (com ênfase em Desenho) pelo Instituto de Artes da UFRGS, Porto Alegre. Atualmente, cursa Artes Plásticas (licenciatura) na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), e trabalha com fotografia, serigrafia, desenho e pintura.

Michal Kirschbaum já participou de 13 mostras coletivas, a maioria em Porto Alegre e Buenos Aires, e foi uma das vencedoras do concurso de fotografia da UDESC/ 2008 além de ter obtido uma menção honrosa. Em 2007 teve uma exposição coletiva da qual participou indicada ao Prêmio Açorianos de Artes Visuais com a mostra fotográfica SobreImagem, realizada em Porto Alegre. “Fundo Padrão” é a primeira exposição individual da artista.

Ulcerações 4, obra de Michal Kirschbaum

Ulcerações 4, obra de Michal Kirschbaum

A seleção de obras para a exposição procura abordar e ressignificar elementos cotidianos, através de pinturas em acrílico, serigrafias e fotografias, como em obras onde reinventa a percepção sobre os objetos, através de colagens, recortes, aproximações e inserções de outros elementos. As obras, produzidas entre 2005 e 2008, remetem ao indivíduo e suas relações com o espaço e os objetos, aproximando-o do íntimo, do subjetivo, em contraste com estes objetos que pertencem a um padrão cultural, estabelece assim relações entre o que é íntimo, próprio do corpo, e sua relação com suportes que são objetos convencionais. Para isso a artista se utiliza de peças de jogos infantis até fios de ortodontia, blocos de jornais e fios de cabelo.

Na exposição, o público poderá manipular os trabalhos Contém/Contido/Contém, feitos pela artista com serigrafias em azulejo.

A Galeria de Arte da UFSC faz parte do Departamento Artístico Cultural – DAC, vinculado à Secretaria de Cultura e Arte da UFSC.

Serviço:

O QUE: Exposição “Fundo Padrão”, de Michal Kirschbaum, com Encontro com o Artista.

ONDE: Galeria de Arte da UFSC, prédio do Centro de Convivência

QUANDO: Abertura, com a presença da artista, no dia 2 de dezembro de 2008, terça-feira, às 18h30. Visitação: até 18 de dezembro. Reabre dia 9 de fevereiro de 2009 e fica em cartaz até o 20/02. De segunda a sexta-feira, das 10 às 18h30.

QUANTO: Gratuito e aberto à comunidade

CONTATO: http://www.dac.ufsc.br – Galeria: (48) 3721-9683 ou galeriadearte@dac.ufsc.br

Fonte: Gustavo Bonfiglioli, Acadêmico de Jornalismo, Assessoria de Imprensa DAC: SECARTE: UFSC.

Congresso de saúde mental abre espaço para discussão de desastres naturais e conseqüências para a qualidade de vida

01/12/2008 15:58

Saúde mental e trabalho; políticas da saúde; desinstitucionalização da saúde mental; desafios e propostas das organizações dos usuários e familiares no Brasil; crianças e adolescentes em situação de rua; financiamento da reforma psiquiátrica e serviços substitutos de saúde mental estão entre os temas que serão abordados no I Congresso de Saúde Mental, que inicia nesta terça-feira na UFSC. Os organizadores chegaram a avaliar a possibilidade de transferência do evento, mas mantiveram sua realização levando em conta que o encontro é fruto de um desdobramento histórico dos movimentos em defesa da reforma psiquiátrica e dos movimentos de luta antimanicomial.

“Há cerca de três décadas estes setores vêm denunciando a violência institucional na assistência psiquiátrica e ajudando a construir um novo cenário social e assistencial em saúde mental”, considera o presidente da comissão organizadora do congresso e professor do Departamento de Saúde Pública da UFSC, Walter Ferreira.

Mas, levando em conta a situação dramática de Santa Catarina, a comissão organizadora abriu espaço para o tema. Na quarta-feira, a partir de 12h30min, na Sala Petúnia, Centro de Cultura e Eventos, será realizada palestra com a professora Maria Lúcia Herrmann, do Grupo de Estudos de Desastres Naturais da UFSC, abordando o tema ´Desastres ambientais: reflexões sobre seu desencadeamento e conseqüências para a qualidade de vida`.

Na sexta-feira, o professor Lino Peres, representante da UFSC no Núcleo Gestor do Plano Diretor Participativo de Florianópolis, coordenará um debate sobre `O planejamento da vida nas cidades através dos planos diretores: para onde estamos indo e que qualidade de vida nos espera?`. O debate será realizado a partir de 15h30min, na Sala Girassol do Centro de Cultura e Eventos. A atividade será aberta a interessados na situação atual de desastres ambientais e no Plano Diretor Participativo.

o presidente da comissão organizadora do congresso alerta que o evento foge do entendimento tradicional da loucura. “O encontro traz a visão da saúde mental como de todos nós. A grande mensagem é que saúde mental não é coisa de louco, extravasa para várias situações de nossas famílias”, informa o professor.

Ele também contextualiza a importância do encontro lembrando que o Brasil passa por momentos de transição nesse campo, com necessidade de definição, integração e operacionalização de novos serviços para substituição do modelo assistencial de tratamento da saúde mental, hoje centrado nos hospitais e institutos psiquiátricos. Segundo ele, a expectativa atual é de que redes de atenção se formem e que pacientes e famílias recebam apoio mais integral.

“Precisamos mudar a lógica de atenção”, defende o professor, lembrando que o congresso será também uma oportunidade de aproximação entre profissionais e ex-usuários do sistema de saúde. Exemplos são as apresentações do grupo de Hip Hop Black Confusion, formado por usuários do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), de Porto Alegre, e da banda Harmonia Enlouquece, criada no Centro Psiquiátrico Rio de Janeiro.

Mais informações:

Site do evento: www.congressodesaudemental.ufsc.br/ /

Presidente da comissão organizadora: professor Walter Ferreira, fone (48) 9608 5271 / (48) 3721 9388 / e-mail: walter@ccs.ufsc.br

Programação diversa marca o I Congresso Brasileiro de Saúde mental

01/12/2008 15:12

A programação do I Congresso Brasileiro de Saúde Mental, que acontece de 3 a 5 de dezembro no Centro de Cultural e Eventos da UFSC, não tem apenas palestras e mesas-redondas. Os interessados em música podem conferir a apresentação do grupo carioca Harmonia Enlouquece na abertura do evento, às 20h do dia 3, no auditório Garapuvu. A banda de MPB, formada por usuários e profissionais do Centro Psiquiátrico Rio de Janeiro, já lançou dois discos e abriu shows de artistas como Zélia Duncan e Cidade Negra. Também na solenidade, os gaúchos do Black Confusion, formado por usuários do Centro de Atenção Psicossocial de Porto Alegre, apresentarão um Hip Hop que trata de temas como a reforma do sistema psiquiátrico.

E para quem quer participar das discussões do evento, abertas à comunidade, há uma grande variedade de temas. Sobre a desinstitucionalização do sistema psiquiátrico, pode ser conferida a oficina do Grupo de Pesquisa em Políticas da Saúde/Saúde Mental da UFSC, às 11h do dia 3, na sala Goiabeira. Já a reforma psiquiátrica é tema do simpósio `Análise e Perspectivas de 30 Anos da Reforma Psiquiátrica, às 15h30min do mesmo dia, e da conferência `Reforma Psiquiátrica do Brasil`, às 10h30min do dia 4. Ambos acontecerão no auditório Garapuvu e contarão com a presença de professores de diferentes universidades.

As políticas do Ministério da Saúde para o combate às drogas serão discutidas às 16h30min do dia 3, na sala Calêndula, com a presença de Giovana Quaglia, funcionária da área de saúde mental do ministério. Já na manhã do dia seguinte, às 11h, professores e funcionários de diferentes centros de atenção psicossocial (CAPS) compõem o simpósio `Avanços e Desafios a Usuários de Álcool e outras Drogas`, no mesmo local.

E não é só a realidade brasileira que será debatida. O médico cubano Raul Gil Sánchez, do Centro Comunitário de Salud Mental de Regla, e o pesquisador Angel Hernáes, da Universitat Rovira i Virgili, na Cataluña (Espanha), vão abordar os sistemas de saúde mental dos seus países, às 14h do dia 3, no auditório Garapuvu, no simpósio intitulado `Sistemas de Salud Mental, Una Perspectiva Internacional: Cuba y España`. O simpósio será coordenado pelo ex-reitor da UFSC, professor Lúcio José Botelho. Além deles, o argentino Gregorio Kasi, da Universidad Popular de las Madres de Plaza de Mayo, em Buenos Aires, estará presente na roda de conversa `Desafios da Saúde Mental na América Latina`, que acontece às 15h30min do dia 5, na sala Calêndula.

A Associação Brasileira de Saúde Mental realiza uma assembléia geral às 16h30min do dia 4, no auditório Garapuvu, para escolha da nova diretoria da entidade. E em seguida, às 21h, os participantes poderão se descontrair na `Festa das Máscaras`, que acontece no Hi-Fi Bar e Lounge, próximo à UFSC. Para os que não tiverem máscara, usuários do Centro de Atenção Psicossocial de Florianópolis vão confeccionar e vender algumas unidades.

Mais informações

Programação completa do I CBSM: http://www.congressodesaudemental.ufsc.br

Presidente da comissão organizadora: professor Walter Ferreira, fone (48) 9608 5271

Por Júlio Ettore Suriano / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Florianópolis discute saúde mental

01/12/2008 14:46

´Divergências e aproximações` é o tema do I Congresso Brasileiro de Saúde Mental, que acontece de 3 a 5 de dezembro no Centro de Cultura e Eventos da UFSC. O evento pretende congregar, pela primeira vez em um mesmo espaço, profissionais de diversas áreas como saúde pública, psicologia, serviço social e antropologia. Além de palestras e minicursos, estão confirmadas apresentações musicais, oficinas e rodas de conversa. Quase 2.500 pessoas estão inscritas no encontro que terá a apresentação de 1.460 trabalhos científicos.

Entre os palestrantes, o congresso receberá a visita de três pesquisadores estrangeiros: Gregorio Kazi, diretor da Universidad Popular de las Madres de Plaza de Mayo, em Buenos Aires; o cubano Raul Gil Sanches, da Universidad de Havana; e Angel Martinez Hernaes, da Universitat Rovira i Virgili, na Cataluña (Espanha). Outros 58 nomes nacionais de destaque na saúde mental estarão presentes. Entre eles, o médico Adalberto Barreto, que há quase 20 anos trabalha com a Terapia Comunitária, que se propõe cuidar da saúde comunitária em espaços públicos e valoriza a prevenção da saúde mental.

Nova visão sobre a loucura

Segundo Walter Ferrreira, presidente do congresso e professor do Departamento de Saúde Pública da UFSC, o evento pretende aproximar o usuário dos profissionais do sistema de saúde mental no Brasil, trazê-lo para “um espaço de diálogo com quem fala dele”.

Walter alerta que o evento foge do entendimento tradicional da loucura. “O encontro traz a visão da saúde mental como de todos nós. A grande mensagem é que saúde mental não é coisa de louco, extravasa para várias situações de nossas famílias”, informa o professor.

Ele também contextualiza a importância do encontro lembrando que o Brasil passa por momentos de transição nesse campo, com necessidade de definição, integração e operacionalização de novos serviços para substituição do modelo assistencial de tratamento da saúde mental, hoje centrado nos hospitais e institutos psiquiátricos. Segundo ele, a expectativa atual é de que redes de atenção se formem e que pacientes e famílias recebam apoio mais integral.

“Precisamos mudar a lógica de atenção”, defende o professor, lembrando que o congresso será também uma oportunidade de aproximação entre profissionais e ex-usuários do sistema de saúde. Exemplos são as apresentações do grupo de Hip Hop Black Confusion, formado por usuários do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), de Porto Alegre, e da banda Harmonia Enlouquece, criada no Centro Psiquiátrico Rio de Janeiro.

Primeira edição

Esta é a primeira edição do Congresso Brasileiro de Saúde Mental, realizado pela Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme). Criada em 2007 e presidida por Walter, a entidade pretende integrar diferentes áreas, além de incentivar o diálogo entre a comunidade técnica e os serviços de saúde. Segundo o professor, Florianópolis tem se destacado porque “tem um movimento criativo dos usuários, além de profissionais militantes”.

O congresso tem o apoio de diversas instituições públicas, desde a Prefeitura Municipal de Florianópolis até o Ministério da Saúde e o Ministério Público Estadual. Na UFSC, colaboram para o evento o Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) e o Centro de Ciências da Educação (CED), o Hospital Universitário, as pró-reitorias de Assuntos Estudantis (PRAE) e Pós-Graduação (PRPG), o Gabinete do Reitor e os departamentos de Saúde Pública e Enfermagem, ambos do Centro de Ciências da Saúde (CCS), da UFSC.

Mais informações:

Site do evento: www.congressodesaudemental.ufsc.br/

Presidente da comissão organizadora: professor Walter Ferreira, fone (48) 9608 5271

Por Júlio Ettore Suriano (Bolsista de Jornalismo na Agecom) e Arley Reis (Jornalista da Agecom)

Minicurso sobre grupos de auto-ajuda é uma das atividades de pré-lançamento do I Congresso Brasileiro de Saúde Mental

01/12/2008 14:45

Nesta terça-feira, 2 de dezembro, será realizado no Centro de Cultura e Eventos da UFSC o pré-lançamento do I Congresso Brasileiro de Saúde Mental. Entre as atividades previstas está a oferta do minicurso ´Grupos de Auto-Ajuda: a Fênix vencendo distâncias`.

Com coordenação da professora Sonia Pereira, do Departamento de Saúde Pública da UFSC, o minicurso será ministrado no Laboratório de Ensino a Distância – LED, das 8h30min às 17h30min. Além da forma presencial serão usados recursos de videoconferência, com a perspectiva de atingir cerca de 100 pessoas, 45 na forma presencial, e as demais participações em modo virtual, em Foz do Iguaçu e Curitiba, no Paraná, em São Paulo/SP e, ainda, em nível internacional, em Portugal, Espanha e Estados Unidos.

Os trabalhos serão abertos às 8h30min, por Olenka de Sousa Franco, psicóloga e atual presidente da Fênix Associação Pró-Saúde Mental. Às 9h, Géder Grohs, médico psiquiatra e mestre em Ciências médicas da UFSC, fala sobre a Saúde Mental em grupos. Olenka Franco apresenta os princípios fundamentais na história da Fênix às 9h30min. O tópico ´As conquistas e desafios na saúde mental` entra em pauta às 10h30min, apresentado por Marco Antonio Marcolin, médico psiquiatra da USP.

A Psicoeducação a distância é o assunto a partir das 13h30min, através de dois tópicos: o ambiente virtual para capacitar a distância, com abordagem de Ricardo Azambuja Silveira, professor do Departamento de Informática e Estatística (INE) da UFSC; e a metodologia para o curso Fênix virtual, com Sonia Maria Pereira, psicóloga e professora do Departamento de Saúde Pública da UFSC. A partir das 14h45min, as informações serão centralizadas nos grupos envolvidos com problemas de transtorno mental: portadores, familiares e os grupos novos e seus papéis.

A participação virtual no minicurso pode ser feita a partir do site mms://tvled.egc.ufsc.br/fenix. Este endereço funcionará no dia 1 de dezembro em forma de teste. Para ver, ouvir e participar basta que o computador tenha o MEDIA PLAYER 9 (ou superior), muito comum no Windows. Se o interessado não conseguir o acesso neste dia deve entrar em contato com o Laboratório de Educação a Distância da UFSC (tecnica@led.ufsc.br; apinho@led.ufsc.br), para garantir sua participação no dia 2.

Durante o período do curso a interação com os ministrantes poderá acontecer de qualquer lugar, por endereço eletrônico congresso@fenix.org.br.

Outras informações com a professora Sonia Maria Pereira, fone: 9131 7312 / e-mail: sonia@sonia.com.br.

Saiba mais

A Fênix – Associação Pró Saúde Mental é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, criada em 1997 para dar apoio a grupos de auto-ajuda de portadores de transtornos mentais e seus familiares. É um trabalho pioneiro, em âmbito nacional e conta com o apoio de dezenas de grupos que realizam reuniões semanais sem custo para os participantes.

É também a única instituição brasileira que utiliza a metodologia dos “anônimos”, para esse perfil de participantes, tendo se inspirado em grupos internacionais. Hoje existem numerosos portadores recuperados, que conseguiram bom nível de re-socialização, e que voltaram a produzir ou estudar.

Os profissionais após encaminhar seus pacientes aos grupos percebem que eles se tornam mais conscientes, com melhor adesão ao tratamento, tornando-se pró-ativos, prevenindo recaídas e enfrentando os estigmas. Os grupos de auto-ajuda em saúde mental da Fênix são gratuitos, anônimos, sigilosos e não se vinculam a qualquer religião ou partido político. O único requisito para filiar-se ao grupo é o desejo de recuperar-se das conseqüências de um transtorno mental. Há grupos para portadores e grupos para familiares de portadores.

Na UFSC há um grupo que se reúne todas as segundas-feiras, às 19h, no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), nas salas 219 e 220.

Seminário discute planejamento estratégico da UFSC

01/12/2008 13:39

Fotos: Paulo Noronha/Agecom

Fotos: Paulo Noronha/Agecom

Uma universidade com visão de futuro, afinada com a modernidade e que se consolide sempre mais entre as principais instituições de ensino superior do País. É com esta perspectiva que a UFSC está realizando no hotel Maria do Mar, em Florianópolis, o Seminário de Planejamento e Gestão de Estratégicos, onde especialistas de importantes universidades brasileiras mostram como se prepararam para as novas demandas da educação superior.

A abertura do seminário foi feita na manhã desta segunda-feira (01/12) pelo reitor Alvaro Toubes Prata, que destacou a importância da incorporação da cultura da visão estratégica, para que “a Universidade se torne cada vez mais uma instituição eficiente e com boas práticas”. Ele fez um histórico dos principais momentos da história da UFSC, que completa 48 neste mês de dezembro, e disse que o desafio é “construir um diagnóstico da situação presente” para, a partir daí, “conceber e sistematizar estratégias para o futuro”.

Há sete meses à frente da UFSC, o reitor ressalta que a Universidade precisa se planejar para ampliar sua presença no mapa do ensino superior no Estado. “No Brasil, apenas 11% dos jovens entre 18 e 24 anos estão dentro das universidades, contra 30% na Argentina e quase 90% nos países asiáticos de ponta”, afirmou ele. Com planejamento, será possível reduzir essa defasagem, “poupando energia e ganhando em eficiência”. Ele citou a implantação dos campi de Araranguá, Curitibanos e Joinville como demonstração de que a Universidade está se planejando para crescer e se estadualizar.

Novos paradigmas – A primeira palestra da manhã foi realizada pelo professor Gileno Marcelino, da UnB, que é especializado em administração universitária. Para ele, os paradigmas desta área no século XXI serão a busca de novos modelos de gestão, orientação para resultados e foco no ambiente competitivo. Ao contrário do que vigorou até agora, com conceitos centrados na organização interna e na estabilidade, o novo século requer o foco na qualidade total, na alta confiabilidade organizacional e na credibilidade institucional.

“Nas universidades, o objetivo do planejamento estratégico é a busca da sustentabilidade institucional”, reforça o professor da Universidade de Brasília. O planejamento deve ser um processo contínuo, que priorize programas e projetos, ou seja, a execução do que foi planejado. Como ocorreu na própria UnB e na Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), cujo planejamento estratégico ajudou a implantar, é preciso aqui também partir para um “redesenho organizacional”, que “busque a eficiência, a eficácia e a efetividade”.

Programa da tarde – A programação da manhã foi encerrada com uma exposição sobre planejamento e gestão estratégicos na PUC do Rio Grande do Sul, a cargo do professor Alziro Rodrigues, assessor de planejamento e marketing da instituição. À tarde, o professor Milton da Costa Lopes Filho falará sobre a implantação de um programa de organização, metodologia e resultados na Unicamp e o pró-reitor de planejamento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), José Nagib Cotrim Árabe, vai fazer palestra sobre os impactos do projeto Reuni nas instituições federais de ensino superior.

Após o intervalo, às 15h30, terá início uma mesa-redonda sobre os desafios para a implementação de processos de planejamento e gestão estratégicos nas IFES, mediada pelo reitor Alvaro Prata. O encerramento do seminário será às 17h30.

Por Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista na Agecom

UFSC comemora os 100 anos de Lévi-Strauss

01/12/2008 09:58

Claude Lévi-Strauss

Claude Lévi-Strauss

O Departamento de Antropologia e o Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFSC promovem neste início do mês de dezembro no auditório e mini-auditório do Centro e Filosofia e Ciências Humanas um conjunto de atividades em comemoração aos 100 anos de nascimento de Claude Lévi-Strauss, o mais influente antropólogo vivo.

A programação do evento, intitulado “Lévi-Strauss faz cem anos”, inclui uma mesa-redonda, exibição de filme, exposição e uma conferência proferida pelo professor Patrick Menget, da École Pratique de Hautes Études (Paris, França), ex-aluno de Lévi-Strauss e um grande especialista em sua obra.

Menget proferirá a conferência de abertura na quinta-feira, dia 5 de dezembro, a partir das 18 horas, mostrando a influência de Lévi-Strauss em todos os campos das ciências humanas. Além da conferência, Patrick Menget também vai exibir e comentar o filme sobre Lévi-Strauss que ajudou a produzir e reunir-se com colegas, alunos e pesquisadores da UFSC para discutir idéias, debater sobre o estado da arte da antropologia e das ciências humanas e sociais, ouvir e comentar sobre aquilo que está se fazendo nessas áreas do conhecimento na UFSC e no Brasil.

Segundo os organizadores, a contribuição de Lévi-Strauss, originando-se a partir de suas experiências com os índios brasileiros, espalhou-se pelas ciências humanas, pela filosofia, alcançando as humanidades, a literatura, a crítica literária, as artes e a música. Ao lado de tudo disso, a influência de Lévi-Strauss para as ciências sociais brasileiras é ainda mais marcante.

Programação

4/12 – 5ª feira

Conferência de abertura: Patrick Menget (EPHE/França)

Local: Auditório CFH

Horário: 18h às 22h

5/12 – 6ª feira

Mesa-redonda:

1 – Márnio Teixeira-Pinto: “Lévi-Strauss e as Luzes (ou sobre as trevas e a moralidade selvagem)”.

2 – Oscar Calavia: “Claude Lévi-Strauss, pelo sim, pelo não”.

3 – Rafael Bastos: “Claude Lévi-Strauss, o Mito Ameríndio e a Música Ocidental (com uma coda sobre Lévi-Strauss, a Música Ameríndia e a História Ocidental)”.

Local: Miniauditório CFH

Horário: 9h às 12h

10/12 – 4ª feira

Exposição: Lévi-Strauss faz cem anos (abertura)

Filme: À propos de Tristes tropiques. Um filme de Jean Pierre Beaurenaut, Jorge Bodansky e Patrick Menget. (53 min)

Local: Miniauditório CFH

Horário: 18 às 21 horas

11/12 – 5ª feira

Reunião: Patrick Menget, alunos e professoras do PPGAS

Local: Miniauditório CFH

Horário: 15 às 17 horas

12/12 – 6ª feira

Reunião Patrick Menget, alun@s e professor@s PPGAS

Local: Miniauditório CFH

Horário: 10 às 12 horas

Mais informações pelo fone (48) 3721-9714-ramal 31, mhartung@terra.com.br

Saiba mais sobre Lévi-Strauss

Lévi-Strauss faz 100 anos nesta sexta 28 de novembro

Laicidade e secularização na contemporaneidade em discussão na UFSC

01/12/2008 09:50

Roberto Blancarte, sociólogo mexicano,coordenador da *Rede Ibero-Americana pelas Liberdades Laicas*, proferirá, quinta-feira, 4 de dezembro, às 9h, palestra sobre laicidade e secularização na contemporaneidade. O evento será realizado na sala 10 do Departamento de História do CFH.

Roberto Blancarte

É um dos principais sociólogos das religiões latino-americanas e virá à UFSC, no quadro de visitas a três universidades brasileiras (UFSC, UERJ e UFRGS), em que apresentará importantes reflexões sobre a relação entre Estado ereligião na contemporaneidade – tema que ocupa hoje importante lugar no debate internacional.

É doutor pela École des Hautes Études en Sciences Sociales (Paris) e

professor, pesquisador e atual diretor do Centro de Estudos Sociológicos do Colégio de México. Também é diretor da Red Iberoamericana por las Libertades Laicas. Possui diversos artigos publicados relativos à temática da laicidade, tais como sobre liberdade religiosa, religião e vida privada, respeito às igrejas, anticoncepção de emergência, aborto e uso de preservativo. Destaca-se, ainda, a publicação do livro “Entre la fe y el poder: política y religión en México”, que traz uma análise sobre a laicidade no contexto mexicano.

Red Iberoamericana por las Libertades Laicas

Organização que surgiu a partir da sociedade civil, interessada na promoção das liberdades civis e dos direitos sexuais e reprodutivos, no marco do Estado laico. Pauta-se no objetivo de criação de

uma rede de especialistas e ativistas que difunda, informe e defenda os direitos e liberdades próprios do marco legal de um Estado laico,

independentemente do regime legal relativo às igrejas e agrupações

religiosas. O objetivo consiste na difusão desses direitos, além da criação de uma infra-estrutura sólida que mantenha laços e vínculos entre os diferentes atores envolvidos.

Rede Ibero-Americana pelas Liberdades Laica

http://www.libertadeslaicas.org.mx

Realização:

Universidade Federal de Santa Catarina ; Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas; Instituto de Estudos de Gênero e Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades.

Fonte: Felipe Bruno Martins Fernandes/ Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas

complex.lipe@gmail.com